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Felipe
Ao nos levantarmos para enfim sair do quarto de Henry, ouvimos o barulho da porta abrindo, e assustados nos escondemos embaixo da cama, pois era o lugar mais próximo de onde estávamos.
Ouvimos uma voz humana, que para mim foi um tanto misteriosa, mas quando vi as expressões de alívio e segurança de meu pai, pensei que certamente era alguém que ele conhecia.
Vi meu pai fazer sinal com a cabeça para que a gente saísse de onde estávamos, e ouvindo sua voz falando com tal pessoa, apenas esperei.
— Henry! Sou eu! John! Estamos escondidos debaixo da cama. Pensamos que era um robô.
Vimos os pés do Henry darem longos passos para trás, como se tivesse se assustado ao perceber que não estava sozinho.
Saímos de lá e ficamos de pé na frente dele. Henry... Finalmente o encontramos... Queria muito que ele ainda estivesse vivo, e o vendo na minha frente era sem dúvidas um alívio. Ele poderia nos ajudar muito em encontrar a Annie, eu tinha certeza disso.
— Meu radar não captou vocês... Tenho que arrumar isso... — Ele disse apreensivo.
Nos entreolhamos, olhando o nosso radar logo em seguida. Esperamos muito para enfim por as mãos nisso e, o mínimo que queríamos era que ele funcionasse.
— Que bom que estão vivos... Por onde andei são... Tantos... Tantos corpos... — Ele sussurrou cabisbaixo.
— Viemos até aqui porque descobrimos que você construiu esses radares, e... Esse era o último...
— Sim, mas... Eu enviei as mensagens para... O... — Ele dizia com tremor em sua voz.
— Robert... Está morto... Nós encontramos seu corpo no quarto... Sinto muito...
Seus olhos transbordaram de lágrimas, escorrendo pelo rosto, enquanto meu pai estendeu seu braço e deu leves tapinhas no ombro do mesmo... Era muito difícil lidar com isso, qualquer um poderia enlouquecer facilmente perdendo tantas pessoas tão rapidamente, além de todo o cenário em que estávamos inseridos.
— Precisamos acabar com tudo isso...
— O senhor tem mais alguma informação que nós não sabemos? — O perguntei tentando reunir informações.
— Houve uma falha... Os robôs que vieram com a gente para cá estavam programados para "limpar" qualquer coisa que não devesse estar aqui.
— Sabemos que esse bug veio da B207, quando meu... Quando meu pai a danificou.
— Na verdade, Felipe, essa é parte da história.
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Elisa
— Por favor, nós podemos resolver isso... Meus amigos podem encontrar alguém da CienceTeck para consertar você... Mas... Não toque em mim, por favor...
— Como nós vamos resolver isso, Elisa? No momento em que me verem vão querer me desativar! Eu não posso me apresentar assim, como estou. - Ela levantou os braços e apontou para si. — Por isso, minha querida, que você está aqui...
B207 ergueu sua mão acariciando meu rosto... Eu sabia o que ela queria fazer... E por mais que eu quisesse correr dali, ela poderia facilmente mandar outros robôs atrás de mim e... Eu seria morta...
Teria que deixar ela fazer o que ela queria? Quais outros problemas isso geraria?
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Felipe
O olhei franzindo o cenho. Como isso poderia ser parte da história? O que faltava ali? O que eu ainda não tinha entendido?
— A programação da B207 é de agir como a Annie, como o John me informou. E portanto ela teria que gostar de você, ficar ao seu lado e o proteger, certo? — Ele falava.
— Mas esses robôs... Eles não me matam! Eles não chegam perto de mim!
— Sim, porque quando seu pai danificou a B207, ela acabou transferindo sua programação para os outros robôs. Porém, os outros robôs já estavam com mal funcionamento, e essa programação "estranha" enviada a eles fez com que o bug aumentasse e com isso qualquer um que não se pareça com você deve ser "limpado" dessa nave. É por isso que os robôs estão matando a todos, menos você, Felipe.
— Então... Isso quer dizer que... Se esses robôs não tivessem esse bug, a única coisa que fariam ao receber a programação da B207 era agir todos como a Annie? Sem atacar ninguém?
— Exatamente...
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Elisa
Meu corpo estava começando a suar frio, meu coração já doía de tão forte que batia e, eu... Sentia que estava perdendo as forças...
Ela me olhava como se me analisasse, talvez fosse isso mesmo que ela fazia... Até que... Ela apertou o botão em seu pulso e levantou rapidamente sua mão para me segurar.
Ela iria me escanear, se transformar em mim e fingir ser eu, como fez com a Annie.
Por um mísero segundo achei que conseguiria fugir dela, mas não tinha certeza se sairia viva dali... Mas precisava me agarrar a ideia de que eu tinha que tentar. Eu tinha o poder de escolher, então eu...
1 - Vou tentar correr e escapar das mãos da B207.
2 - Vou ficar aqui e não me arriscar a morrer.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸B207 conseguirá virar a Lis agora?
Até o próximo capítulo pessoal! Não se esqueçam de votar!
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Um Caminho
Ciencia FicciónUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...