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ElisaCom a mão no peito tentando me acalmar devido a tudo o que vem acontecendo desde que entrei no armário, tanto coisas ruins quanto coisas que aliviavam os meus pensamentos, como finalmente ter entendido tudo e, nesse momento, ter achado uma sala muito importante.
O corredor estava vazio. Algumas luzes piscavam, outras estavam apagadas, e outras acesas. Havia um pouco de sangue e marca de mãos pelas paredes... Não queria imaginar o que aconteceu antes de eu chegar...
Mudando meu foco, ergui a cabeça na direção da porta e respirei fundo dando passos para passar por ela. Não tinha conhecimento de quem poderia encontrar, mas sabia que sendo a sala das câmeras de segurança, coisas preciosas eu encontraria nos computadores.
Seu nome estampado em cima da porta era William Grade, e eu agradecia mentalmente por ter escutado o Felipe falar sobre ele em uma ligação com o pai dias antes de termos nos reunido para conversar com ele depois do nosso afastamento. O tal parecia bem amigo do pai dele, pelo que conversavam, mas algo importante que nunca esqueci, e não sei bem porquê, foi que ele sabia instalar câmeras de segurança.
Entrando na sala, prendi a respiração e senti um arrepio percorrer pelo meu corpo. Não podia haver qualquer robô ali, eu não tinha como me defender, não tinha absolutamente nada!
Dei alguns passos para frente observando cada canto onde meus olhos poderiam ir, vendo que aparentemente estava vazia... Consegui soltar um mísero suspiro de alívio relaxando um pouco o meu corpo.A mesa do William estava bem ao canto esquerdo da sala. O computador estava centralizado junto de outras duas telas uma em cada lado da principal, tinham alguns papéis, pranchetas, várias canetas dentro de um pote metálico, e uma cadeira giratória que cabia perfeitamente em baixo da mesa.
Puxando-a eu me sentei e me empurrei para perto o suficiente para poder mexer no computador. Sem muita demora o liguei e, é claro, pedia uma senha. Foi mais fácil lidar com o outro computador já que não pedia tal coisa. Como eu descobriria agora?
Coçando minha cabeça, virei meus olhos na direção daquelas folhas. Pode ser difícil que ele tenha colocado sua senha ali, mas eu precisava vasculhar em todos os cantos possíveis.
Acessando as câmeras de segurança, tinha esperanças de encontrar gravações antigas que nos mostrasse os passos da B207. Ou seja, a robô Annie...
Tanto ela quanto o John, e ver o que foi que aconteceu quando se encontraram.Minhas mãos folhavam os cadernos, as folhas soltas, até as que estavam amassadas e jogadas no lixo. Procurava nos armários, nas gavetas, em baixo de alguns itens, até que ao abrir uma das gavetas, vi um rabisco no fundo dela. Tirando a gaveta de seu lugar, enxerguei nela uma sequência de números após um sinal de adição, e um sinal de menos no final. +2586213-
Sem hesitar, corri para o computador e digitei a senha como ela estava. O que me dava esperanças foi o mesmo que me deu um tapa no rosto ao ver que aparecia "incorreto".
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Felipe
Todos corriam atrás de mim como se eu fosse a solução de seus problemas. Mas a maneira que eles queriam resolver tudo era me entregando aos robôs e, o que fariam comigo quando eu continuasse dizendo que não posso os parar? Iriam me torturar? O que eles seriam capazes de fazer diante de uma situação dessas onde estão sendo perseguidos sem descanso, e só enxergam como solução aquilo que lhes foi apresentado, sendo a única alternativa?
Tudo estava um caos desde que soubemos que nosso planeta seria destruído, e o que achavamos que seria a nossa salvação agora está virando um tormento enorme onde esses malditos robôs estão matando todo mundo...
Pelos corredores correndo o máximo que podia, finalmente enxerguei um elevador no final dele, e aumentando ainda mais a minha velocidade, bati com tudo em sua porta apertando o botão inúmeras vezes para que abrisse logo a fim de que eu entrasse. Meus olhos obrigavam minha cabeça a olhar para trás, sentindo meus batimentos cardíacos aumentarem a cada passo dado por aquelas pessoas malucas. Quando finalmente abriu, entrei naquela espécie de salvação momentânea para mim apertando no botão novamente para fechar.
Nunca vi uma porta de elevador fechar tão lentamente, e vendo os olhos sanguinários de toda aquela gente, eu me perguntava como era possível serem tão assustadores quanto os robôs...
Já de olhos fechados ao ver a proximidade que eles chegavam, ouvi a porta do elevador se fechar por completo, deixando meu corpo ficar mole parecendo que iria desmaiar a qualquer instante. Senti meus olhos lacrimejarem, mas segurei firme pensando na Annie... Como eu quero que ela ainda esteja viva de alguma maneira...
Eu não faço ideia de como a terra está agora, mas... Não vou deixar de ter esperanças de que ela está esperando por mim... Eu vou encontrá-la... Vou trazê-la realmente, e fazê-la ter a certeza de que nunca mais alguém irá nos separar...
Ah como eu queria lhe dar um abraço nesse exato momento... Como eu queria sentir o doce cheiro dos seus cabelos castanho claros... Ver seu sorriso meigo... Ouvi-la falar sobre seus animes... Livros... Qualquer coisa... Ah como eu sentia sua falta...Tinha certeza de que a partir do momento em que eu trouxesse meus amigos em segredo para esta Nave eu teria muitas missões a cumprir, mas nunca na escala que estamos presenciando agora.
Agora, o que eu tinha certeza era que eu precisava achar meus amigos, e a sala do Henry. Com o radar de movimento, tudo se tornaria mais fácil, e assim poderíamos seguir com o restante, que é ir até o comandante pelo melhor caminho possível, e tentar fazer contato com a Annie de alguma maneira.
Pensando em meus próximos passos, lembrei de alguém que conhece todos aqui... Ele poderia me ajudar, afinal, não negaria ajuda a um filho, não é? Bom, não se eu disser outro motivo...
1 - Procurar o pai e pedir ajuda omitindo a verdade.
2 - procurar o pai e pedir por ajuda falando a verdade.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸Hello!! Capítulo novo!
Nossos amiguinhos se separaram, será que vão achar mais pistas assim?
Votem na opção que vocês acham melhor, e no capítulo! Bjss e até terça!
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Um Caminho
Science-FictionUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...