Capítulo 52 - Captura

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Avisos aqui no começo!

Primeiro desculpa, não consegui escrever ontem, por isso tô postando hoje.

Segundo, tem votos no meio do capítulo, não se esqueça de escolher!

Terceiro, estamos beirando muito o final do livro enfim, talvez tenha mais três ou quatro capítulos, e depois acabou pra sempre ;-;
Mas é claro que "A Volta" o livro do Backtime, dispositivo da CienceTeck logo será lançado!

E agora, boa leitura!

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Lucas

Era a minha hora. Os dois robôs estavam dentro daquele banheiro e eu sabia que não demorariam, eu precisava sair dali rápido.

Me esforçando ao máximo para não fazer barulho e sair rapidamente, me levantei enfim e dei passos atordoantes em direção ao banheiro.

Que ideia louca. Se eles saíssem agora, eu estaria perdido.

Parecia que de simples metros se tornaram quilômetros até que eu chegasse enfim à porta do banheiro. Além disso meus ouvidos ficavam atentos a qualquer barulho que pudesse, tanto de lá de dentro quanto do corredor no lado de fora.

Não queria imaginar ver outros robôs passando pelo corredor e me ver e chamar atenção dos que estavam no banheiro. Esse sem dúvidas seria meu fim.

Mas hoje não seria esse dia.

Quando cheguei lá, exatamente na mesma hora, os robôs se viraram para sair do banheiro me vendo finalmente.  Em questão de segundos, meu braço puxou a porta quando eles fizeram menção de se movimentar para vir até a mim.

Minhas mãos tremiam mais do que o previsto, mas mesmo todo desajeitado devido ao medo extremo naquele momento, consegui trancar aquela porta, ouvindo o som horripilante deles batendo nela.

Não sei se aquilo seguraria eles por algum tempo, se conseguiriam chamar outros robôs, arrebentar aquela porta ou sei lá, mas eu precisava sair dali e falar com o Felipe antes que fosse tarde demais.

Meus pés pareciam um pouco endurecidos pela dificuldade em que eu corria. Nem sabia direito onde ia, já que não conhecia ainda aquela nave. Mas pude ver que em alguns metros eu estava na área pública de alimentação. Vazia, é claro.

"Felipe! Felipe responda por favor! É o Lucas, a Lis! Ela foi pega pela B207!" — Disse com o aparelho nas mãos.

Percorria com a visão todo o local. Eu estava totalmente a vista de qualquer um já que eu estava em um local tão aberto. Haviam algumas saídas além de onde eu vim, mas não lembrava de ter passado por alguma delas quando estava me escondendo por aí. Onde eu deveria ir?

"Lucas! Sou eu! O que aconteceu? Onde você está?" — Ouvi o Felipe me responder pelo Walkie-Talkie.

"Na área de alimentação. Mas escuta, você precisa ir até a Lis! Eles estão nos quartos perto da entrada da Nave! Rápido! Por favor! Salve ela! Eles não te matam!"

"Fica calmo, eu já estou a caminho!"

Sem que eu pudesse responder, guardei o aparelho movendo minha cabeça para os lados esperando não ver ninguém nem nada.

Estava nervoso, indeciso, não sabia se me escondia ou se voltava até a sala onde a B207, Elisa e Henry foram levados para tentar salvá-los de alguma maneira.

Olhando pelos lados, encontrei um pequeno espaço onde eu poderia me esconder, mas lembrando do rosto da Elisa ao ser pega meu coração doía...

Antes que eu pudesse pensar, vi um robô perto, ele ainda não tinha me visto. Eu estava cansado de encontrar com tantos...

Porém no mesmo momento também escutei gritos de uma mulher... Ela sem dúvida estava em perigo...

Olhando rápido para meu esconderijo, vi também um bastão, e logo em seguida ouvi os passos do robô que tinha visto antes, ele vinha em minha direção...

1 - Me esconder no esconderijo do bastão, e deixar a mulher morrer.

2 - Ir ajudar a mulher, usando o bastão.

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Henry

Ali... Estava tudo ali... Minha mente viajou nas memórias de quando eu e Taylor construímos esta robô em específico... Ela era para ser nossa obra prima, pelo menos queríamos que fosse. Apenas algumas atualizações e funções a mais do que os outros já a faziam especial. Mas isso foi o que nos custou a vida...

Meu suspiro fazia meu nariz arder, mas não podia deixar meus olhos ficarem aguados por isso. Não por um robô assassino, mas pelas pessoas que ela matou.

Não foi para isso que eu tinha a criado...

Olhei de relance para a Elisa, que respirava rapidamente, suando e chorando com suas mãos amarradas.

Como poderia sacrificar sua vida? O que a B207 faria quando eu a reprogramasse? Ela tinha um plano se isso acontecesse sem dúvida...

Respirei fundo. Ela podia estar blefando...

De qualquer maneira, mesmo que tendo 1% de chance de todos sairmos vivos dessa, eu tentaria.

Peguei minhas ferramentas e abri a parte das costas da robô onde tudo estava. Era agora.

Primeiro, eu enviaria através da B207, da maneira como ela usou, uma programação que limparia todos os dados, como uma formatação dos robôs, fazendo com que eles parassem de atacar as pessoas.

Eu teria que ser rápido a partir daí. Porque assim que a B207 percebesse isso, a Elisa morreria.

Logo em seguida, paralisei os braços da robô B207, ouvindo a mesma proferir algumas palavras.

— Seu maldito... — No mesmo instante, com os braços paralisados, ela usou uma das pernas dando um chute nas da Elisa, a fazendo cair de frente para o chão.

Com as mãos amarradas, ela não pôde se defender da queda, e com certeza machucou o rosto ao cair de surpresa.

— ME OBEDEÇAM SEUS INÚTEIS! PROCUREM O FELIPE E O LUCAS, MATEM TODOS QUE SOBRARAM! — B207 gritou quando tentou dar alguns passos para frente para machucar ainda mais a Elisa, sendo impedida por mim antes disso.

— ACABOU B207! ELES NÃO TE OBEDECEM MAIS! — Gritei a segurando.

Seus olhos em mim, amolecidos como se estivessem tristes ou assustados, me fizeram lembrar novamente do passado... Fui eu quem os fez... Fui eu quem escolhi a cor... Mas...

Por Deus... Quase caí em sua armadilha. Era isso que ela queria, que eu lembrasse de tudo ao ver aqueles olhos assustados, mas logo eles se tornaram enraivecidos novamente, querendo me destruir. Ela queria que eu tivesse piedade dela, mas ela não teria de mim.

A segurando forte, a virei fechando meus olhos gritando com dor:

— Adeus, B207! Fui eu quem te criei, e serei eu que colocarei um fim em você!

Talvez ninguém entenda... Mas ela foi uma das coisas mais extraordinárias que eu já havia feito. Sua inteligência, a forma como ela tramou tudo desde o início... Ela tinha vida... Mas não era boa...

Não era boa...
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