Um Caminho

Capítulo 31 - Quem é a B207?

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Felipe

A partir do momento em que ouvi meu pai falando com alguém da CienceTeck sobre a nave, e descobrindo tudo acessando seu computador, minha vida virou de cabeça para baixo. Tudo estava bem, eu tinha minha casa finalmente, minhas coisas, meu carro, e por mais que não gostasse tanto, tinha meu emprego... Eu ainda estava começando na vida, e então... Então eu descubro que o mundo estava vivendo seus últimos momentos...
Tomando coragem decidi salvar a vida dos meus amigos mesmo sabendo dos riscos e... Quem diria... Tudo se tornou ainda pior...

Eu poderia achar que foi proposital os robôs terem começado a agir descontroladamente, mas ter visto alguns cientistas da empresa deles, os mais importantes mortos, me faz ficar confuso...

O que eu sabia era sobre minha decisão de procurar meu pai e ter uma conversa séria sobre tudo. Desde que a robô morreu nos meus braços, ele sumiu... Eu precisava encontrá-lo depois de sair desse elevador, além de torcer para que quando as portas se abrissem, não tivesse ninguém me esperando...

Quando olhei para cima e vi que havia chegado, engoli em seco e esperei a porta abrir... Meus olhos estavam entreabertos e me sentia tenso, não teria para onde correr se eles estivessem me esperando.
Vendo que o andar que eu estava parecia vazio, pude enfim respirar e me preparar para sair. Eu precisava carregar minha arma novamente para caso encontre robôs ou qualquer ameaça que me leve a essa alternativa, que seria a última a ser usada.

Eu estava em um andar de espaço grande, era como o centro da cidade. Foi nesse andar que estivemos quando saí com a Reiven... Não creio que meu pai estaria aqui, mas eu precisava dar pelo menos uma olhada.

Tudo estava vazio, os restaurantes, as áreas das crianças, os bancos daquela praça metálica... Todo o silêncio me dava calafrios, ainda mais vendo alguns corpos desconhecidos por ali... Eram poucos comparado a outros andares e corredores em que já estive, mas continuava sendo horrível...

Meus passos eram escutados, era inevitável, talvez até minha respiração ou meu coração acelerado. Meus olhos passavam em cada canto, indo o mais longe que pudessem ir, sem o ver por aquela área. Onde ele deveria estar?

Voltando meu caminho desta vez por um lugar diferente, decidi ir até o andar em que nossos quartos ficavam.
Enquanto caminhava rapidamente, ainda tentando ser discreto, minha mente pensava em meus amigos. Como eles estavam? Onde estavam? Será que foi uma boa ideia termos nos separado? Espero que isso não traga consequências ruins para nenhum de nós, e além disso, espero que nenhum deles tenha sido pego.

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Lucas

Sentado na mesa de escritório do Taylor, eu apertei o botão para ligá-lo, percebendo que foi diretamente para a tela inicial. Parecia que não havia sido desligado, e isso me fazia ter várias emoções, estando alegre e aliviado por não precisar ter de quebrar a cabeça para achar alguma senha, e também um pouco apreensivo por pensar que talvez o Taylor tenha dado uma pequena saída de sua sala e logo esteja aqui novamente.

Taylor Crawn era o nome da pessoa na qual o Robert Tenned conversava sobre o robô B207 quando a Lis leu as mensagens, ele faz parte da CienceTeck, talvez eu possa achar alguma coisa aqui.
Acessando as mensagens, reli as conversas de Taylor com Robert e como o esperado não havia nada além do que já vimos, então segui para o próximo.

A conversa agora era com o Henry. Era ele quem fez os radares e possivelmente teria falado com o Taylor sobre isso.

"- Taylor, Robert me disse que a B207 estava com algumas falhas. John veio procurá-lo para falar sobre isso, o que você acha?

- Ela é um dos nossos melhores modelos, me lembro quando estávamos programando ela. B207 tem um cuidado um pouco mais "especial" do que os outros robôs, foi por isso que a robô foi escolhida pelo John. Ele percebeu que B207 é... Digamos que... Um pouquinho mais avançada do que os outros.

- Você acha que é porque trabalhamos um pouco mais de tempo nela, ela possa ter sido prejudicada de alguma forma?

- Não acho que seja algo que nós dois fizemos. Além disso nós conhecemos o John. Sabemos o porquê de ele querer aquela robô.

- É claro... De qualquer modo esses robôs foram feitos para se passarem por outras pessoas, então tento não ligar muito para os motivos do John para fazer isso."

Lendo aquela conversa de alguns dias atrás, principalmente as últimas mandadas, não pude deixar de refletir sobre novamente terem falado sobre essa tal B207 e o pai do Felipe...

Ele escolheu um robô, aparentemente um dos melhores que tinha, para... Se passar por outra pessoa... Isso... Isso quer dizer que... A Annie... É claro! Foi por isso que vimos a Annie saindo do quarto do John! Por isso que o pulso dela piscou... Ela é a B207!
Mas... Por que o John faria isso? Por que ele colocaria a robô Annie para substituir a verdadeira? Além disso, por que ele fez isso só com a Annie? E por que ele teria a danificado agora?

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Elisa

Meus dedos tremiam perto daquele teclado. Depois de fazer todas aquelas pequenas contas para possivelmente ter achado a senha certa, tinha medo de errar... Engolindo em seco, olhei as teclas posicionando meus dedos pronta para digitar a nova combinação de números.

7131483-2

Direcionando meus olhos lentamente para a tecla enter, meu dedo me acompanhou e quando apertei, prendi a respiração sentindo uma dor de cabeça começar devido a todo aquele estresse. Quando meus olhos subiram a altura necessária, a tela mudou para a tela inicial, me deixando respirar novamente e me sentir muito mais aliviada e contente. Meu sorriso voltou a aparecer no rosto e, agora eu tinha total acesso a tudo que quisesse encontrar.

Tudo o que eu precisava era acessar as câmeras de segurança, e começar as minhas buscas. Não iria demorar, e eu iria encontrar a verdade.
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As coisas estão ficando boas, logo tudo se resolverá. Ou... Não?

Por favor vote! Não se esqueça disso! É muito importante pra história e pra mim!

Bjinhos e até domingo!