Capítulo 43 - Ela conseguiu.

30 5 2
                                    

Vim aqui no começo pra avisar que estamos caminhando para o final desse livro, e preciso de um tempinho especial pra escreve-lo o melhor possível.

Então o próximo capítulo vai sair no próximo domingo, dia 27, ok?

Agora boa leitura! Kkkk amo vocês

🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸

Felipe

— Tem mais uma coisa. — Henry pausou olhando para mim. — Tudo isso provavelmente não estaria mais acontecendo se a B207 estivesse desativada.

— Não, mas espera aí! Ela foi atingida por um robô! Eu lembro disso! Quando eu fui proteger meu pai, ela se colocou na frente e foi atingida! — Disse em voz um pouco elevada.

Vi meu pai concordar comigo. Não fazia sentido ela... Eu... Ah...
Não sabia direito o que pensar. Queria me sentar e tentar respirar, mas tudo parecia cada vez mais sufocante.

— Eu... Imagino que ela esteja ainda "funcionando"... Em algum lugar... — Henry disse revezando seu olhar entre meu pai e eu.

Sentia que minha cabeça poderia explodir a qualquer momento. As palavras de Henry me fazendo enxergar a verdade eram assustadoras, cada vez as notícias se complicavam ainda mais.

Agora nós sabíamos que essa robô estava viva em algum canto, e provavelmente teríamos que ir atrás dela para desativá-la. Será que esse seria o fim?

— Temos que sair daqui, nada mais é seguro. Temos que procurar a B207. Já que vocês têm um radar, vamos usá-lo para procurar robôs, assim acharemos ela.

— Teremos que nos separar então? — Meu pai perguntou olhando firme para ele.

— Seria mais rápido, acredito eu... E por favor, se a encontrarem, me informem. Não façam nada, apenas a sigam caso ela estiver vagando por aí e não deixem ela ver vocês.

Confirmamos com a cabeça. Precisávamos fazer isso primeiro, mas não descartava a certeza de que eu tinha que tentar uma comunicação com a terra em busca da Annie.

Quando estávamos prestes a sair da sala, encontramos com alguém que levou um susto ao nos ver. Não esperava por isso, talvez nem ele, mas com certeza nossos corações bateram mais aliviados.

— Felipe...

— Lucas! — Disse ao escutar sua voz.

Não era uma alucinação, era real, eu o via! Eu finalmente o via! Ele estava bem, vivo e ali. Estávamos juntos, e logo todos estaríamos bem.

Fui até ele dando um abraço apertado seguido de tapas leves nas costas, o olhando bem em seguida. Ah como era bom vê-lo... Ele também estava alegre em me ver, principalmente por seus olhos aguados... Me fizeram lembrar de quando dei a notícia do fim do nosso mundo. Eu tinha a solução, e parecia tão boa... Agora já não sei se não era melhor ter ficado na terra.

— Estou tão feliz que te encontrei, já estava ficando exausto fisicamente e psicologicamente... — Ele disse piscando os olhos algumas vezes.

— Não consigo imaginar pelo que você tenha passado...

— Esses infelizes gostaram de me perseguir... Mas enfim te encontrei. Você e... — Ele encarou os outros dois que me acompanhavam.

— É, meu pai está comigo. Está tudo bem, já nos acertamos. E esse é o Henry, ele irá nos ajudar a acabar com isso. Ele fabricou esse...

— Radar... Eu sei... Tentei pegá-lo mas esqueci a senha... — Ele me interrompeu. — E a Lis? Tem alguma notícia dela?

Engoli em seco. Esperava que ele me dissesse sobre ela, isso quer dizer que nossa amiga está perdida...

Balancei a cabeça negativamente abaixando o olhar. Queria mesmo saber de alguma coisa... Mas não posso me abalar, sinto que estamos perto de colocar um fim nessa coisa toda, e com isso tenho fé que a encontraremos.

Meu amigo deixou uma lágrima lhe escapar dos olhos, limpando-a logo em seguida com sua mão. Ele gostava dela, isso estava claro, e eu o entendia perfeitamente. Essa impotência doía muito... Mas não podíamos perder a esperança de que as encontraríamos.

🔸

Elisa

Ela me olhava como se me analisasse, talvez fosse isso mesmo que ela fazia... Até que... Ela apertou o botão em seu pulso e levantou rapidamente sua mão para me segurar.

Ela iria me escanear, se transformar em mim e fingir ser eu, como fez com a Annie.

Por um mísero segundo achei que conseguiria fugir dela, mas não tinha certeza se sairia viva dali... Mas precisava me agarrar a ideia de que eu tinha que tentar. Eu tinha o poder de escolher, e foi isso que fiz.

Tomando coragem, a empurrei para trás tirando sua mão de mim e comecei a correr o mais rápido que conseguia. A ouvi tentar correr, mas depois parou. Eu não sei bem porque, só espero que ela não tenha mandado de alguma maneira outros robôs atrás de mim.

Minhas pernas bambeavam um pouco, eu me sentia em um pesadelo onde tentamos correr e o corredor só aumentava, era terrível...

O silêncio era perturbador, apenas o barulho dos meus pés correndo, minha respiração acelerada e... O meu medo... Afinal, eu consegui? Ela não estava vindo atrás de mim... Isso era bom, não?

🔸

???

Maldita...

Quando a vi fugir de minhas mãos, senti algo ruim... Como se aquilo não fosse bom. Eu tinha conhecimento do bom e do ruim, e tinha essas sensações diferentes, como um humano. Ainda não sei direito se isso acontece por conta da programação que está em mim ou se eu realmente possuo isso.

Se estou lutando pela minha sobrevivência, devo acreditar que sou um ser vivo, e que...

Eu... Sinto... Tudo...

Tudo bem... Ela correu... Mas me deixou um presentinho...

O seu lindo rosto.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸


Ela conseguiu...

E agora?

Finalmente parte do grupo se encontrou!

Não se esqueça de votar! Até o próximo capítulo!

Um CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora