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Elisa
— PROMETA PARA MIM! — Ele dizia. Parecia que ele estava falando pausadamente de propósito, para que eu seguisse sua voz...
Escutando e tendo a certeza de que era mesmo o Lucas, eu corria de volta pelo mesmo caminho. Ele devia estar perto de onde a B207 estava... Será que ela ainda estava lá?
Além disso, o que era essas frases que ele falava?
Segui o caminho daquele corredor até avistar aquilo que pelo menos um pouco eu imaginava. Ela ainda estava lá... E...
Exatamente igual a mim...
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Felipe
O comandante me olhou parecendo pensar em uma solução. Eu esperava pelo "sim, tem como voltarmos para a terra", e parecia que os segundos em que ele demorou para falar algo se tornavam horas e horas.
— Se vamos fazer isso, temos que ser rápidos. Antes precisamos fazer contato com algum robô da CienceTeck, não será difícil. Precisamos saber em que situação está realmente o planeta.
Novamente senti meu coração disparar. As coisas estavam se ajeitando e tudo estaria bem logo. É claro que não completamente, já que tantas pessoas estão sofrendo e outras já não estão mais vivas...
Frederic se virou para provavelmente começar a se comunicar com alguém, enquanto eu e meu pai olhamos um para o outro, soltando um suspiro tímido, esperançosos de que logo conseguiríamos.
Será que demoraria? Como ele faria isso? Minha mente estava dividida pensando em várias coisas, como essa, a Annie na terra e meus amigos. Será que eles acharam a Elisa? Ou a B207?
E além disso, eu não fazia ideia de quantas pessoas ainda estavam vivas, e onde estavam escondidas... Esses robôs... Esses malditos robôs... Um dia os achei tão fascinantes... Depois de mais essa falha, com certeza a CienceTeck não irá se reerguer. Depois do caos do Backtime, ainda tiveram coragem de contratá-los para fazer esses robôs...
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Lucas
Se eu estivesse certo, chamando pausadamente pela Elisa, a outra viria, e assim eu conseguiria ver qual era a verdadeira.
Não demorou muito, e ela veio, parando perto da que estava com a gente. Como era possível? Tão parecidas?
Eu olhava para ambas percebendo tamanha semelhança, parecia um espelho...
— Lucas! — A que chegou correu até a mim me abraçando, olhando nos meus olhos, como a outra fez... Como eu saberia?
— É ela! A B207! Ela me escaneou! — Disse a primeira.
Vi a segunda se afastar de mim, me olhando com estranheza. Como se não acreditasse que eu estava em dúvida... Me sentia mal com isso...
— Sou eu, Elisa, você sabe que sou eu, não é? — A segunda disse.
Olhei para o Henry como se pedisse por ajuda, e ele encarava as duas, como se estudasse suas ações.
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Felipe
Estava de braços cruzados, batucando meus dedos em mim mesmo tentando segurar minha ansiedade. Ele estava conseguindo? Eu o via fazer tanta coisa, mas não fazia ideia realmente do que era. Ele precisava de ajuda?
Não queria ficar impaciente, mas era assim que eu estava... Mas não devia me preocupar, logo ele nos diria que conseguiu... Pelo menos eu esperava isso...
Até que...
Ouvimos o radar...
Apitar...
De repente, entraram três robôs indo diretamente para o comandante, sendo um deles desviando para o meu pai.
Não... Não era isso que precisávamos agora... Deixamos a porcaria da porta aberta...
Gritei para o comandante que rapidamente largou tudo e pegou sua arma para se defender, enquanto eu fazia o mesmo, pelo meu pai.
Iríamos conseguir, eu tinha duas balas, e o comandante deveria ter mais. Não seria difícil.
— Venha atrás de mim. — Disse para meu pai, enquanto eu mirava em um dos desgraçados robóticos.
Mas... Não deu tempo...
O robô rapidamente pegou meu pai pelo braço, torcendo o mesmo. O ouvi gritar de dor, devia ter quebrado...
Com um movimento rápido o robô o pegou o segurando, enquanto outro vinha para pegá-lo também.
Eu precisava atirar, então mirei no botão do pulso de um deles apertando o gatilho.
— FELIPE! — Ouvi o comandante chamar no exato momento em que apertei.
Minha atenção foi desviada... Não conseguia olhar para ver se consegui acertá-lo ou não... Não tinha coragem...
— ESSE MALDITO NÃO MORRE! MINHA MUNIÇÃO ACABOU! — Gritou o comandante.
Isso era tudo o que eu não precisava. Como conseguiria deter todos agora?
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Lucas
— Pergunte coisas para mim, eu responderei tudo, assim você vai saber que eu sou a verdadeira. — A primeira disse confiante.
— Isso mesmo, pergunte, eu saberei tudo, porque eu sou a Elisa de verdade. Aqui, de carne e osso! — Disse a segunda dando ênfase ao "eu".
As duas pareciam assustadas, com medo... O que eu... Ah...
— É claro que as duas saberão responder, a B207 escaneou a Lis, ela sabe de tudo sobre a Elisa desde o momento em que foi escaneada. Ah... o botão no pulso da robô facilitaria se ele não se camuflasse quando está disfarçado... — Disse o Henry, com a mão na cabeça.
— Sou eu, Lucas, como você pode duvidar de mim? — Disse a primeira.
A segunda não disse nada, apenas me encarou, baixando o olhar como se estivesse decepcionada...
Aquele olhar... Não... Só podia ser ela...
Me lembrando do que pensei antes de encontrá-las, me preparei para falar tudo o que meu coração guardava a muito tempo. Esse seria o jeito de contar sobre mim e, quem sabe fazê-la sentir algo que só humanos são capazes, emoções e com isso, chorar.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸O que você espera para os próximos capítulos?
O que está achando da história?
Nos vemos na terça e prepare seu coração para emoções e escolhas! Bjoss!
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Um Caminho
Ficção CientíficaUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...