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LucasEm todas as vezes que passamos pelos corredores, sentia o medo de o Felipe não der o sinal. Como ocorreu agora. Seu olhar voltou para nós, assim como seu corpo, levando o dedo indicador até a frente dos lábios para que ficássemos calmos e calados.
Meu olhar desceu para a Lis, que notavelmente estava assustada, prendendo até a respiração. Desci ainda mais meus olhos até sua mão que tremia, tomando coragem para segurá-la. Seu rosto logo virou até nossas mãos, se tranquilizando um pouco, enquanto encostava a cabeça no meu ombro fechando os olhos.
Me atrevi a puxá-la para meu peito, querendo ao máximo fazê-la se sentir protegida, enquanto o Felipe dava mais uma espiada.
- escutem, precisamos ir até aquela escada, e nos escondermos nela até eles passarem para frente de novo, e quando isso acontecer, desceremos as escadas para o andar de baixo. Ok? - ele sussurrou cuidadosamente.
Balançamos a cabeça positivamente, vendo ele de novo espiar os robôs, tendo a certeza de que eles iriam se virar e ir até o outro lado do corredor aberto.
Engolindo em seco, o vi dar uma última olhada para nós dois, nos chamando para ir com ele. O seguindo, fomos em passos rápidos até a parte do corrimão da escada, no qual era toda fechada, nos escorando ali e soltando uma respiração pesada e apavorada. Lis ainda segurava minha mão, não parecendo querer soltar por nada. Era notório que ela me enxergava agora como seu porto seguro, e isso era o que eu mais queria.
O silêncio era aterrorizante, mas não conseguia decidir se o barulho dos robôs se movimentando era maior do que isso. Pelo menos sabíamos que estavam caminhando, mas saber que eles podiam nos ver era realmente algo que me fazia lembrar dos meus piores pesadelos.
Percebendo que o barulho parou, senti meu coração disparar e meu corpo liberar uma dor pelo medo que só havia experimentado a partir do momento em que entrei na nave. O que havia acontecido? Um deles tinha nos visto? E se for isso, o que vamos fazer agora? Iríamos morrer? Olhei para Felipe tentando manter meu rosto neutro e calmo, não querendo transpassar meu nervosismo para a Lis, que já estava nervosa.
Quase tivemos um infarto pelo susto que levamos ao ouvir um daqueles miseráveis falar alguma coisa, que inicialmente não parecia algo muito importante, mas quando damos a devida atenção, percebemos que aquilo poderia ser algo muito importante nas nossas investigações."Felipe. Felipe. Proteger Felipe e exterminar a todos. B207. Felipe. Felipe. Proteger Felipe e exterminar a todos."
Os olhos do Felipe se abriram olhando confusos para nós dois, levantando até a altura do rosto suas mãos como se quisesse implorar para nós que não tinha nada a ver com isso.
Tive de estender minha mão e abaixar as dele, para que entendesse que estávamos do seu lado, sabíamos que ele não era culpado de nada disso. Estava tão transtornado que sentia a necessidade de mostrar para qualquer um que ele não sabia o porquê de aqueles robôs de repente estarem passando aquela mensagem e a executando.Vendo seus corpos metálicos se dirigirem para frente, movi meu olho para os dois em silêncio ao meu lado, com a mesma expressão de tensão e medo extremo naquele momento.
A mão do Felipe nos mostrou o caminho novamente, seguindo ele descendo aquela escada, cuidando ao máximo o barulho dos nossos pés ao pisar em cada degrau.
Observando o novo corredor por onde iriamos prosseguir, Felipe nos guiou até ver uma porta aberta. Aquela nave era gigante, nunca tinha andado por ela, então não fazia ideia de onde estávamos ou onde aquela porta aberta iria dar. A Elisa deveria se sentir do mesmo jeito, e talvez isso tornava tudo ainda pior para nós dois.
É notório que o Felipe se intitulou não intencionalmente o líder dessa trajetória, e eu não conseguia imaginar como ele deveria estar se sentindo com toda essa pressão, depois de tudo o que aconteceu com ele e o que descobriu.
- venham, me sigam. - ele disse mudando de parede tomando cuidado com todos os lados possíveis.
Depois de ver a sala, nos pediu para entrar e então todos estávamos lá dentro.
Fechando os olhos e se virando para mim, pudia escutar seu coração bater em meio àquele silêncio todo. Estendi minha mão a aconchegando em meu abraço, sabendo que a visão daquele homem morto jogado ali era demais para ela.
- calma... Vai ficar tudo bem... - disse passando meus dedos pelos cabelos curtos da Lis.
- aqui era a sala dele... Um dos desenvolvedores da CienceTeck. Robert Tenned.
- ah... Ele... Poderia nos ajudar...
- ainda pode... Temos a sala dele. Vamos procurar alguma pista, qualquer coisa. Temos que achar alguma coisa que nos leve em alguma luz. - Felipe disse nos olhando firmemente.
Tínhamos que começar a acabar com tudo isso, e talvez ali iríamos achar algo que nos permitisse dar início ao fim disso tudo.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸Hello! Só vim avisar aqui em baixo que quando eu terminar de escrever o livro, vou fazer uma revisão pra arrumar todos os errinhos, ok? Bjosss e boa noite!
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Um Caminho
Ficção CientíficaUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...