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ElisaCom as mãos enrolando meu próprio corpo, eu tentava manter minha respiração regular, não era um bom momento para ter crises de falta de ar. Eu ainda estava com medo, principalmente quando me lembrava de que não tinha nada para me defender, apenas meu corpo, mas com certeza não era suficiente. Eu realmente não queria dar de cara com algum robô, nem sequer sabia se estava indo na direção correta...
- Ah Felipe... Estou começando a achar que não foi uma boa ideia termos nos separado... - sussurrei para mim mesma passando meus olhos por cada canto que eu pudesse.
Ele era nosso guia aqui dentro quando estávamos procurando por respostas juntos, mas agora... Como nunca fui muito longe da nossa pequena sala, realmente não faço ideia de qual caminho tomei... Será que a sala do comandante é para este lado?
Sentia minha pele se arrepiar com frequência. Minha boca estava seca, parecia que toda umidade estava nos meus olhos que insistiam em ficar embaçados, mas eu não podia chorar agora, eu tinha que confiar em mim, confiar que eu conseguiria achar a saída desse labirinto enorme... Não tinha com quem contar... Eu estava sozinha... Ah se ao menos o Lucas estivesse comigo...
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Felipe
A porta automática foi aberta a nossa frente, e com nossos corações quase explodindo, ouvimos o suspiro um do outro quando vimos que o corredor estava vazio. Sem robôs... E aparentemente sem humanos...
Encontramos nossos olhares estendendo a mão um sobre o ombro do outro e concordamos em seguir em frente. Com a ajuda do meu pai que conhecia a nave muito bem, iríamos chegar rapidamente à sala do Henry e pegar o último radar. Além disso, eu esperava muito que ele estivesse lá, vivo... Sua ajuda seria perfeita nesse momento.
- Vamos pela direita, o quarto dele está um pouco longe mas se andarmos rápido conseguiremos chegar lá.
- Espero que o radar ainda esteja lá. - disse nervoso ajeitando a arma na minha cintura. Precisava de mais munições.
- O que você sabe sobre isso?
- Lemos as conversas de Robert, Henry e Taylor, Henry fez alguns radares de movimento, e agora só tem um no quarto dele. Também descobrimos sobre a B207, e que... Bem... Ela era a robô que o senhor programou... - tentei dizer querendo ao mesmo tempo afastar essas lembranças de mim...
Parte de mim odiava meu pai por ter feito tudo o que fez, a Annie estava na terra agora... Lutando pela vida... Pelo menos eu queria acreditar que sim... Mas outra parte de mim... Forçava a perdoá-lo... Ele estava disposto a ajudar, e... Além de ser meu pai, eu queria ver o lado bom dele florescer novamente... Eu sempre acreditei que enquanto há vida, há esperança, e com ele não era diferente.
- Como assim, "Lemos"? - Ele perguntou olhando para mim algumas vezes, ainda atento ao nosso percurso.
Ao ouvir sua voz dizendo tais palavras, me lembrei que ele ainda não sabia que Elisa e Lucas também estavam a bordo... Entretanto, de qualquer maneira isso não deveria importar mais, ele iria saber de um jeito ou de outro, e além disso isso não era uma ameaça a ninguém.
- A Lis e o Lucas... Estão na nave...
Seu rosto virou para me encarar, e com seus olhos arregalados e sua boca entreaberta, ele demonstrava estar surpreso com a notícia. Para ele, Lis e Lucas eram pessoas sem significância, que estudavam comigo, graças as bolsas que conseguiram. Mas agora, eu esperava suas próximas palavras para entender o que ele pensava sobre eles.
- Bem... Onde estão? - ele perguntou quase sussurrando, aliviando um pouco a tensão do rosto.
- Eu não sei... Nós nos separamos e agora eu não sei onde estão... Estou preocupado com eles... Não quero nem pensar na hipótese de...
- Nós vamos encontrá-los. Não se preocupe, filho. - Ele me interrompeu estendendo a mão em meu ombro, como se me pedisse para ter calma.
Ele parecia convicto do que falava, mas não via maldade alguma em seus olhos... Ele estava falando a verdade, mas... Eu ainda me sentia como se quisesse me forçar a acreditar nisso...
🔸
Lucas
Tentando ao máximo lembrar o último dígito, me sentia como se estivesse perdendo a chance de botar as mãos no precioso radar...
Levantei, dei alguns passos pelo quarto brigando comigo mesmo ao tentar lembrar a senha...
Meus dedos batucavam na cintura, enquanto eu de olhos fechados franzindo o cenho, tentava buscar o último número...
Soltando um longo suspiro, me apeguei a ideia de que eu teria outras chances de acertar, eu só precisava discar todos os números até que um combinasse.
Me abaixando novamente, respirei fundo e comecei a discar a senha, até chegar no último.
C3D2A8.
"Senha incorreta".
Sentindo meu corpo esquentar e meus olhos fecharem, eu tentava respirar fundo e não me assustar. Eu ainda poderia tentar mais uma vez.
C3D2A1.
"Senha incorreta".
Engolindo em seco, percebi que o painel mostrava que existia apenas mais uma chance de colocar a senha... Era minha última chance... Estava nervoso, com medo de errar novamente e pôr tudo a perder... Eu precisava acertar...
Me preparando para discar novamente, paralisei totalmente ao ouvir passos... Passos deles...
Sem chances agora... Eu precisava me esconder.
🔸
???
Saindo do meu esconderijo, me sentia trabalhar em uma maneira de chegar até algum daqueles malditos, mesmo sabendo que isso seria perigoso demais...
Os corredores estavam quietos, a não ser por alguns passos dados pelos robôs. Alguns deles achavam algumas pessoas escondidas e logo em seguida era escutado os gritos... Não era para ser assim... Nem mesmo eu imaginei que seria... Mas infelizmente a maneira de acabar com esse sofrimento é destruindo a causadora disso tudo, e... Eu não quero ser destruída.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸Pessoas, eu vi que os votos sobre a senha do Lucas empatou hoje, mas como eu já tava com o cap pronto com uma das opções, eu resolvi postar mesmo assim, de qualquer modo a opção da senha C3D2A8 foi escolhida e, era a senha incorreta, ¯\_(ツ)_/¯ kkkkkk
E agora? Os robôs chegaram pra incomodar um pouco mais o Lucas, o que será que vai acontecer?
E essa pessoa "???" ? Continuem com seus chutes sjskd
Até o próximo capítulo!
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Um Caminho
Ficção CientíficaUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...