Capítulo 41 - Conseguimos!

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Elisa

O que parecia o fio da esperança, o que por míseros segundos me fez querer sorrir, logo se tornou o pesadelo novamente. Não havia chances de parar com as mortes se dependesse da B207.

— Vocês querem me matar de qualquer maneira, por que eu deveria polpar vocês? Eu só estou devolvendo o que vocês nos deram! A insistência... Mas você... De você eu quero algo...

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Lucas

Já não escutava mais os passos daquele monstro... Fazia um tempo. Mas eu não conseguia me mover para fora dali, parecia que algo me prendia e eu não sabia o que era. Poderia ser o medo, a ansiedade, eu... Realmente não sabia...

Parecia que tudo estava limpo, eu poderia enfim sair, mas quando colocava meus olhos na porta, meus pés se prendiam como se tivesse super cola na sola do meu sapato me colando ali...

E no meio daquele silêncio todo, enfim ouvi o barulho da porta automática abrir, e alguém furioso entrar batendo forte na mesa do escritório.

Era ela... De novo...

— QUE INFERNO! onde aquele muleque miserável se escondeu...

O que era isso? Sem dúvidas ela falava do Felipe... Eu não entendia direito a obcessão dela de matar o Felipe, ele tentou salvar a filha dela,  Reiven... mas... Infelizmente não deu tempo... Ele não teve culpa...

— Não posso deixar ele sair vivo daqui... Ele matou a minha filha... Eu... Não posso... — a ouvi começar a chorar.

Queria poder sair dali onde estava e falar com ela... Tentar consolá-la... Mas nada do que eu dissesse adiantaria... Ela está cega demais à verdade, espero que um dia ela possa entender os reais vilões disso tudo...

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Felipe

— O que faremos agora? Esse radar é o que mais precisamos para nos locomover pela nave sem sermos pegos!

— Não se preocupe, Felipe. Me lembro da senha. Henry tinha colocado outras peças importantes aqui dentro e me pediu para pegar quando estava longe, então eu me lembro da senha correta.

Como uma bebida refrescante no deserto, eu me sentia saciado ao ouvir aquelas palavras vindas do meu pai. Ele sabia a senha, então a partir do momento em que eu visse o radar em nossas mãos, tudo estaria bem.

Mesmo tendo total certeza da senha, o vi engolir em seco e tremer um pouco os dedos. Ele estava nervoso, nem queríamos pensar na possibilidade de Henry ter trocado a senha...

Quando notei seus dedos tocarem os três primeiros caracteres, senti falta de ar, percebendo que havia trancado a respiração pelo nervosismo.

"C3D2A4" — ele finalizou.

O sinal ficou verde e a portinha automática se abriu, permitindo que eu e meu pai finalmente pudéssemos respirar e ficar um pouco mais aliviados.

Conseguimos! Enfim conseguimos! Tínhamos o nosso precioso radar, esse era o primeiro passo para consertar as coisas...

Estendi meus braços puxando o homem ao meu lado para um abraço, sentindo minha garganta embargar devido às lágrimas que queriam vir.

Lembrar de tudo... De tudo mesmo... Desde minha infância, quando ele me comprou algodão doce na esquina do parque depois de eu ficar puxando a camisa dele pedindo por favor, ou na minha adolescência quando ele pegou meu trabalho da escola com nota baixa tentando entender onde nós dois tínhamos errado, e agora na minha juventude, onde o que teríamos para recordação seria esse momento, onde conseguimos juntos encontrar esse precioso objeto que nos levaria em segurança para a salvação...

— Agora que temos o radar, precisamos encontrar seus amigos, eles ainda podem estar vivos.

— Só quero pensar nessa possibilidade. Vamos então.
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Finalmente eles conseguiram o radar!

Agora partiu encontrar o Lucas e a... Será que vamos conseguir encontrar a Elisa?

Bjss e até o próximo capítulo!

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