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FelipeAquele lugar específico, no qual ainda não sabia bem o porquê, mas definitivamente danificava para sempre o robô. Mirando lá, tinha certeza que colocaria um fim nesse momento.
Meus olhos estavam fixos naquele botão no pulso, era lá que eu deveria atirar. Com a arma apontada naquela região, engoli em seco, foquei meus olhos e...
Atirei...
O som do desparo foi alto, fui obrigado a fechar os olhos, tendo a certeza de que Lis fez o mesmo.
O robô caiu no chão se debatendo, mas não era só isso, ainda falta o principal, e correndo mais para a esquerda, mirei cuidadosamente e rapidamente no botão atirando enfim.Lucas finalmente conseguiu se soltar, conseguindo respirar de novo. Por alguns segundos achei que poderia perdê-lo... Foi arriscado demais eles terem saído... De qualquer modo estou feliz que estavam bem, eu... Eu não sei o que faria se os perdesse agora...
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Elisa
Meu coração estava disparado como na vez em que estivemos na mesma situação... Foi muito arriscado ter saído do meu esconderijo, não sabia que o Lucas sairia também...
Com a mão no peito tentando normalizar minha respiração, tentei dar alguns passos para frente indo na direção dos dois, que aparentemente tentavam se acalmar assim como eu.
- Não é mais seguro aqui. Alguém pode ter ouvido a gente... Vamos ter que... Sair... - disse o Felipe pausadamente.
- Sinto... Sinto muito... Sei que arrisquei tudo... Me perdoe Lucas... Não suportaria perder você... - disse me aproximando dele tocando em seu rosto. - Mas saí porque realmente acho que entendi o que está acontecendo.
- Então comece a se... - Felipe dizia até ser interrompido pelo próprio silêncio ao ouvir alguns falatórios. Eram humanos.
Com os olhos, Felipe disse para irmos para a porta, e correndo até ela, encontramos alguns sobreviventes que pararam imediatamente em nossas frentes.
Estava aliviada, ainda tinham muitas pessoas vivas, precisávamos nos proteger juntos, com mais pessoas no time iríamos achar mais rápido as salas, câmeras de segurança, o último radar e...
- É ele... - uma mulher nada estranha falou apontando o dedo na cara do Felipe interrompendo meus próprios pensamentos.
Olhei de relance para meu amigo, que engoliu em seco, ele parecia conhecer aquela mulher, e depois de analisar um pouco, percebi quem era...
- Por favor... - ele tentou dizer levantando as mãos.
- Vocês perceberam pessoal? Ele é o único que anda no meio dos robôs e eles não fazem nada! Algo ele está tramando, quem sabe os robôs não estão a mando dele! - ela dizia... A mãe da Reiven...
Todos os sobreviventes estavam convictos de que o que ela falava era verdade e fazia sentido, mas nós sabíamos que ela estava mentindo, por ódio, vingança, ou talvez ela mesma acredite nisso...
- Por favor, não é seguro aqui, os robôs podem aparecer e...
- Que apareçam! Aí você pode mandá-los pararem de fazer essa atrocidade! Você tem noção de quantos já morreram? - ela dizia se aproximando do nosso trio.
- Eu... Eu também não sei porque isso está acontecendo... Não sei porque não me atacam... Mas eu não tenho nada a ver com isso...
- Ah Felipe... - ela sussurrava para que só nós três escutassemos. - Pode até ser... Mas... eu vou fazer todos aqui acreditarem que você é o culpado por todas essas coisas... por ter matado minha filha...
- Eu tentei salvá-la... EU TENTEI SALVÁ-LA! - Ele gritou ficando nervoso.
- Este homem, é o mandante desses robôs. Foi ele quem programou todos eles para matarem as pessoas, aliás, ele trouxe para cá esses dois garotos de vila... - ela nos olhou com desdém. - sem que ninguém percebesse até hoje. Ele é filho de um dos grandes cabeças desse projeto, é claro que sabe lidar com essas coisas diabólicas! Se levarmos ele até os robôs, e o obrigar a pará-los, tudo vai voltar ao normal. - ela finalizou seu discurso olhando para ele com um olhar feroz e um sorriso no rosto.
Todos estavam com sangue nos olhos, queriam justiça, queriam resolver as coisas, mas o Felipe não poderia ajudar da forma que queriam.
Olhando discretamente para ele, o vi olhar para mim de volta, e movendo rapidamente apenas o olho, me mandou correr dali.
O vi virar o rosto para o Lucas também, provavelmente para fazer o mesmo.
Em questão de segundos, nossas pernas se moveram para o lado contrário correndo o mais rápido que conseguiríamos, sendo perseguidos por aquelas pessoas cegas de ódio.Os corredores eram longos, não sabia se conseguiríamos correr tão longe. E se nos encontrássemos com robôs? O que faríamos dessa vez?
Ouvindo a voz elevada do Felipe, olhei em sua direção um pouco mais a frente de mim esperando o que ele tinha a dizer.
- SEPARA! SEPARA! EU ENCONTRO VOCÊS! - ele gritou apontando um dos lados para mim.
Um pouco hesitante, obedeci e fui pelo lado oposto na qual ele correu, naquele corredor imenso. Tinham poucas possibilidades para ir, e com medo de dar de cara com um robô, virei na próxima esquina do corredor e respirei fundo fechando os olhos.
Eu precisava me acalmar, ficar nervosa nesse momento seria a pior coisa mesmo eu sabendo em que situação eu estava.
Abrindo os olhos lentamente, levantei o olhar vendo a minha frente a sala que eu precisava para poder enfim achar as coisas que precisávamos.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸🔸Tudo o que eles não precisavam era se separar agora, não acha?
E o Lucas? Pra onde foi?
O que vai acontecer agora?
Não se esqueça de votar! Bjoss e até domingo!
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Um Caminho
Fiksi IlmiahUm meteóro está próximo a colocar um fim na terra e só a NASA sabe disso, projetando a anos uma nave para colocar os mais ricos e importantes seres humanos, e deixar o resto morrer. Quatro jovens descobrem o plano e decidem se salvar do mundo em col...