Capítulo 55 - Encontro

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Elisa

Enfim... Acabou...

Olhando para aquela coisa jogada no chão já sem poder nenhum me passava tranquilidade, e eu enfim podia respirar e falar normalmente sem temer a nada.

Henry pediu para que saíssemos dali, e com o Walkie-Talkie ele tentava se comunicar com o Lucas. O tempo que ele demorava estava me deixando aflita novamente, e com as mãos apertando minha blusa, eu tentava não pensar muito...

"Lucas! Onde você está? Por favor nos encontre no corredor dos quartos, perto do quarto do Felipe, por favor!"

Henry lançou um olhar preocupado pra mim, e eu apenas dei um grande suspiro negando com a cabeça.

— Não... Não vamos pensar nisso. Ele com certeza conseguiu escapar daqueles robôs. O Lucas é forte, é valente... Ele me mostrou que de medroso ele não tem nada. Você não faz ideia de quantas vezes ele me acalmou quando isso tudo começou a acontecer... Ele... Ele é incrível... — Disse sentindo minha voz embargar ao pensar que ainda não o tenho ali comigo agora...

— E o que mais? — Ouvi alguém dizer.

Essa voz... Eu conheço essa voz...

Quando levantei a cabeça, meus olhos puderam ver um cara alto, com a barba rala, olhos sedutores e um sorriso mais do que perfeito... Eu poderia ter notado antes o quanto cada detalhe seu era significativo pra mim... E como me atraíam...

Sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos, corri até o Lucas e o abracei com tudo que tinha em mim. Sentir seu perfume, o seu corpo, ouvir sua risada nasal ao me ver ali, e poder sentir ele me abraçar de volta foi a melhor sensação que eu tive até agora.

Ele estava vivo, eu ainda o tinha, ele estava ali na minha frente, eu podia tocar suas mãos, ver seu rosto, ver seu sorriso, e saber que tudo estava bem agora...

— Como tive medo de te perder Lis... Eu não sabia o que fazer se... — Ele dizia perto do meu ouvido, antes de nos separarmos de nosso abraço.

— Eu também, foi horrível te ver sendo levado por aqueles robôs... Mas tudo está bem agora! Nós estamos salvos! Acabou!

— O que aconteceu? Como conseguiram? — Felipe perguntou, me fazendo acordar e vê-lo ali também.

— Ah Felipe, que bom ver você depois de tanto tempo... Eu temi tanto por todos vocês... — Disse o abraçando.

— Aqui. — Henry levantou um pequeno cartão, como um chip, não sabia se era isso. — É aqui que está toda a inteligência da robô. É como se fosse o cérebro dela. Através da B207, eu enviei uma nova programação, impedindo que os outros robôs continuassem matando todo mundo, resumidamente. E então desativei a B207, não há mais perigo.

— Foi por isso então que o robô que estava prestes a fazer outra atrocidade parou imediatamente daquela maneira... Isso aconteceu com todos então... — Lucas falava, parecendo pensar alto.

— Sim. Não existem mais riscos agora. Finalmente estamos bem. — Disse o Henry com uma expressão de alívio, apesar do desapontamento que sentia em relação a ele mesmo.

Os braços do Felipe se abriram puxando o Lucas para o nosso abraço, e assim cada um puxou o outro para que todos estivessem juntos ali, sentindo nossos corações batendo, dando sinal de que passamos por tudo e, que estávamos vivos.
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