Capítulo 39 - Se esconda.

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Elisa

Os corredores me davam medo... Ainda mais quando eu passava por algum que as luzes estavam apagadas... Alguém deve ter desativado a energia dessa parte pensando que ficariam mais seguros com os robôs não os vendo... Mas eu realmente não sei se isso está adiantando...

Percebi um pouco de luz ao me aproximar do próximo corredor, e estando um pouco mais feliz por conseguir enxergar melhor, também me sentia arrepiada e com medo de seguir em frente. Eu nem sequer sabia se estava indo na direção certa!

Decidi parar por alguns segundos, respirar fundo e tentar manter a calma. Com a mão no coração e ainda respirando fundo, eu dava passos para frente seguindo o corredor. Eu só escutava os meus próprios passos, então poderia ficar tranquila, eu só precisava me localizar, quando isso acontecesse as coisas melhorariam.

Enganada estava quando pensei isso. Meus olhos e minha respiração pesou ao perceber onde estava. Ao final daquele corredor, percebi que logo a diante estava o quarto do Felipe, e o lado oposto que nos levava até a antiga salinha... Eu definitivamente estava no lado oposto de onde queria ir...

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???

Eu precisava de uma isca. Algo que me levasse até a minha salvação, e dando alguns passos para fora, dei uma leve espiada no corredor em que entraria. A parte onde estava era um pouco escura, mas logo adiante tinha claridade, e... Quando pus meus olhos naquela pessoa, entendi que tinha achado minha isca.

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Lucas

Lá estava eu novamente. Debaixo de uma cama... O robô também estava dentro da sala e quando ouvi seus passos vindo em direção ao quarto senti meu coração disparar. Não era disso que eu precisava, não era isso que eu queria!

Adentrando no quarto, escutei seus passos ficarem mais lentos... Me atrevi a tentar olhar qual era o modelo do robô, talvez fosse o mesmo... Mas não era. Quantos tinham a bordo? Como conseguiríamos desativá-los a não ser manualmente?

Vi o robô se aproximar da cama, e nesse momento apenas meus olhos se moviam. Minha respiração parou e minha boca estava completamente seca, eu não me atrevia a mover um músculo...

- Sei que está aqui. Eu te ouvi.

De repente, interrompendo o silêncio estrondoso que se fazia presente ali, o ouvi dizer estas palavras. Senti que poderia morrer naquele instante quando ele disse que sabia que eu estava ali... E... Se ele me achasse?

Fechei os olhos por um instante pedindo mentalmente para que ele fosse embora sem me encontrar, minha cabeça repetia várias e várias vezes a mesma frase "por favor vá embora" "por favor vá embora" "por favor vá embora"... Mas parecia que quanto mais eu pensava nisso, o contrário se movia para acontecer.

De repente o mesmo deu alguns passos ainda mais perto de mim, e com os olhos o segui indo até onde pude, ele estava indo até o outro lado da cama. Eu estava mais perto desse lado, mas deveria manter a calma, ele logo iria embora, eu devia pensar assim...

De repente percebi que ele parou, e seu silêncio doía em mim... Como se aquilo fosse a resposta de que estava acabando, ele me encontraria.

O vi virar em direção à cama e, parado, o ouvi dizer:

- Isso não vai demorar.

Senti meu corpo fraquejar, as náuseas estavam vindo e com ela a dor de cabeça se igualando aos meus batimentos cardíacos... Era o meu fim... Ele sabia que eu estava ali.

Estar diante da morte era muito pior do que eu um dia imaginei... Não se planeja esse dia, mas eu definitivamente queria que não fosse assim...

A dor e o desespero estavam tomando conta de mim, tanto que eu estava cogitando implorar para que não me mate...

Eu precisava retomar a consciência, precisava me acalmar, nada tinha acontecido ainda e eu precisava mais do que nunca me manter firme.

Quando o vi se abaixar e me ver, virei meu rosto vendo seus olhos vermelhos... Aquela luz... Tão tenebrosa... Seu rosto branco... Eles não foram feitos para tomar a forma de alguém, mas eram parecisos conosco... E talvez isso me assustasse ainda mais...

Seus olhos fixos em mim me analisaram durante alguns segundos, enquanto eu tentava retomar minha respiração. Um dos meus maiores medos naquele momento era de aquele ser metálico chamar outros robôs até ali. Dessa forma seria impossível que eu conseguisse escapar, mas quando o senti agarrar minha perna, além do meu sangue ferver, fiz algo que tinha mais chances de dar errado do que certo, mas eu só tinha essa escolha.

Com toda a minha força, usei minha perna dando um chute para trás, vendo a mesma livre das mãos daquela coisa, pensando que essa era a oportunidade de sair debaixo daquela cama.

Indo o mais rápido que eu pude, rastejei até sair vendo o robô se levantar para vir atrás de mim. Sem hesitar, me levantei rapidamente e comecei a correr sem olhar para trás, precisava ir a algum lugar onde eu pudesse trancar a porta, mas era muito difícil pensar com um robô assassino correndo atrás de mim... Eu precisava encontrar algum lugar, se não seria tarde demais para mim...
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Como vocês imaginam o final da história?

Estamos na metade para o final!

Bjss e até o próximo capítulo!!!!

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