Um Caminho

Capítulo 51 - Um jeito de escapar

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Lucas

Escuro. Vazio. Aterrorizante.

Apenas eu e aqueles dois robôs vindo em minha direção assim que consegui escapar de suas mãos.

Já havia fugido de outros robôs uma vez, eu precisava conseguir de novo. Mas talvez minha mente nem pensasse tanto em mim, mas na Lis. Ela corria perigo, e eu precisava fazer alguma coisa.

Avistei logo adiante o quarto do Felipe. Me trancando ali, eu poderia usar meu Walkie-Talkie e falar com ele, pedindo sua ajuda. Mas não para mim. Eu não me importava de morrer, desde que a minha Lis ficasse bem.

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Henry

Dois robôs se posicionaram como verdadeiros guardas na porta em que uma vez atravessamos. Com as ferramentas já prontas para meu uso, assim como a minha própria criação organizou esperando por esse momento, a mesma amarrou as mãos da Elisa com a ajuda de outro robô, continuando a segurá-la.

— Tudo que você precisa está aqui. E lembre-se, se me fizer qualquer outra coisa, ela morre. — A robô disse me olhando firme nos olhos. Quase pude dizer que vi raiva neles...

Havia chegado a hora. Eu não sabia se daria certo, mas eu só tinha uma chance, e B207 estava ali na minha frente, me entregando a vitória de bandeja, porém eu não sabia se haveria mesmo essa troca, a vitória, pela vida da Elisa...

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Elisa

Meu coração batia forte ao presenciar toda aquela cena. Minha respiração não me obedecia mais e eu sinceramente achava que poderia desfalecer a qualquer momento. Eu não sabia quem exatamente era aquele homem até ouvir o Lucas pedindo para que ele fizesse alguma coisa assim que essa maldita andróide me pegou. Henry... Um dos criadores dos robôs. Um dos maiores nomes da CienceTeck. Agora talvez o único vivo.

Não sabia o que ele planejava, se iria mesmo consertá-la como ela pediu, ou  se tinha algo em mente. Eu torcia que sim, senão, o que seria de nós? E o Felipe? Onde estava? O que aconteceu com nosso amigo?

E a Annie... Será que conseguiríamos encontrá-la? Eu esperava mesmo de todo o coração que o Felipe tivesse conseguido durante esse tempo alguma notícia...

E... O Lucas... Aquelas palavras... Ele conseguiu ver qual de nós duas era a verdadeira, além de me dizer aquelas coisas tão bonitas...
Como demorei tanto para perceber que eu o amava também? Em meio a tudo isso que vivemos, ele sempre do meu lado me protegendo, me confortando, eu sempre levei na brincadeira seu interesse por mim... Mas agora... Eu percebo o quão tola eu fui. O desejo de estar perto dele, de querer seu bem, de amar seu jeito brincalhão, apesar de nesse momento aqui estarmos vivendo seus dias mais sérios, enfim percebi que eu gostava dele mais do que uma boa amizade...

Eu também o amo...

Mas não posso ter descoberto isso tarde demais... Não posso morrer agora... Nem mesmo ele, que foi levado por aqueles robôs antes que eu o dissesse que também o amo... Isso não pode acabar assim...

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Lucas

A porta sendo trancada com o cartão, não tinha como eu a fechar, mas de qualquer modo estava feliz que consegui entrar.

Precisava de um lugar para me esconder daqueles robôs que me perseguiam, me lembrando de um lugar que já estive antes, e que com sorte, ninguém me encontraria.

Dentro daquele duto de ventilação, eu me encolhia pegando meu Walkie-Talkie para falar com o Felipe, porém eles chegaram antes que eu pudesse fazer isso.

Com seus olhos robóticos, eles procuravam onde me viram entrar. Cada parte do quarto foi revirado, me fazendo temer em pensar que não teria outra alternativa para mim a não ser estar onde estou agora.

Cada passo que eles davam me aumentava o medo, fazendo meu corpo suar e meu corpo inteiro tremer.

Foi quando eu percebi que ambos os dois resolveram adentrar no banheiro do quarto, para me procurar por lá. E talvez aí funcionasse uma ideia que tive... Não sabia se era muito arriscada, mas de alguma maneira eu precisava sair dali.

1 - Sair do esconderijo, ir até o banheiro e trancar os robôs lá dentro e enfim escapar saindo do quarto.

2 - sair do esconderijo e ir direto para fora do quarto sem trancar os robôs.
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