Lexa

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Capítulo dedicado a SoftBoxx  !!! Boa leituraaaaa

E chegou finalmente o momento  de conhecer a Lexa, ou melhor a dona da porra toda, VEM COMANDANTE ****

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Clarke  odiava funerais. Detestava a cerimônia que os seres humanos insistiam em oferecer à morte. As flores, a música, os discursos que não acabavam nunca e o choro.

Era possível que existisse um Deus. Ela ainda não havia trabalhado completamente esta idéia na cabeça. E se existia, pensou, Ele deveria estar se divertindo muito, dando boas risadas por causa dos rituais e passagens inúteis inventados por suas criaturas.

Ainda assim, fizera a viagem até a Virgínia para assistir ao funeral de Sharon DeBlass. Queria ver a família da vítima e seus amigos todos reunidos, para observar, analisar e julgar.

O senador permaneceu com o semblante sombrio e os olhos secos, com Rockman, à sua sombra, na fileira de trás. Ao lado do senador estavam seu filho e sua nora.

Os pais de Sharon eram jovens, atraentes, advogados de sucesso que tinham sua própria firma de advocacia.
Richard DeBlass permaneceu com a cabeça curvada e os olhos fechados, uma versão mais arrumada e, de certo modo, menos dinâmica do pai. Seria coincidência ou senso estético o motivo de ele estar posicionado exatamente à mesma distância do pai e da mulher?

Elizabeth Barrister estava discreta e elegante em seu vestido escuro, com o cabelo cor de mogno balançando, brilhante, e a postura rígida

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Elizabeth Barrister estava discreta e elegante em seu vestido escuro, com o cabelo cor de mogno balançando, brilhante, e a postura rígida. E, Clarke  notou, os olhos inchados, com lágrimas que nadavam constantemente.

Como é que uma mãe se sentia, meditou Clarke , como fizera por toda a vida, quando perdia uma filha?

O Senador DeBlass tinha uma filha, também, e ela estava posicionada no seu lado direito. A Deputada Catherine DeBlass tinha seguido os mesmos passos do pai na política. Dolorosamente magra, ela se mantinha militarmente ereta, com os braços parecendo gravetos quebradiços que saíam do vestido preto. Ao lado dela o seu marido, Justin Summit, olhava fixamente para o caixão luxuoso, drapeado e cheio de rosas, na frente do altar. Ao seu lado o filho Franklin, ainda preso no estágio desengonçado da adolescência, se mexia com impaciência.

Na ponta do banco, de certo modo separada do resto da família, estava a mulher do Senador DeBlass, Anna.

Ela não se mexia nem chorava. Nem por uma vez Clarke  a viu lançar um olhar sequer para o caixão transbordante de flores que protegia o que restara de sua única neta.

Havia outros, é claro. Os pais de Elizabeth estavam juntos, de mãos dadas, e choravam abertamente. Primos, conhecidos e amigos enxugavam os olhos ou simplesmente ficavam olhando em torno com fascinação e horror. O presidente enviara um representante, e a igreja estava lotada, com mais políticos do que o Senado na hora do almoço.

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