Gostaram da Octavia fazendo parceria com a Clarkezinha???
Bora Laaa, boa leitura !
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O lugar em que Boomer morava era melhor do que alguns que Clarke já vira. O prédio fora, no passado, um motel barato de alta rotatividade que servia de subsistência para prostitutas, antes de a profissão ter sido legalizada e licenciada. Tinha quatro andares e ninguém jamais se dera ao trabalho de instalar um elevador ou uma esteira rolante; havia um saguão escuro e a portaria exibia a segurança dúbia de uma androide com cara amarrada.
Pelo cheiro, o Departamento Sanitário exigira recentemente a exterminação de insetos e roedores.
A androide tinha um problema no olho direito, devido a um chip defeituoso, mas focou o olho bom na identificação de Clarke .
- Estamos em dia com a legislação - avisou ela, levantando-se atrás do sujo vidro de segurança. - Aqui não temos problemas.
- Johannsen. - Clarke guardou o distintivo. - Alguém o visitou nos últimos dias? - O olho defeituoso da androide piscou e rolou para cima.
- Não fui programada para monitorar as visitas dos moradores, mas apenas para cobrar o aluguel e manter a ordem.
- Eu posso confiscar os seus discos de memória e assisti-los com toda a calma.
A androide não respondeu nada, mas um leve zumbido indicou que ela estava rodando o próprio disco.
- Johannsen, ocupante do apartamento 3-C, saiu daqui há oito horas e vinte e oito minutos. Foi para a rua sozinho. Não teve visitantes nas últimas duas semanas.
- Comunicou-se com alguém?
- Ele não utiliza o nosso serviço de comunicações. Possui um sistema próprio.
- Nós vamos dar uma olhada no quarto dele.
- Terceiro andar, segunda porta à esquerda. Não assuste os outros inquilinos. Aqui não temos problemas.
- Sei... é um paraíso! - Clarke seguiu em frente e subiu as escadas, reparando na madeira gasta, roída pelos ratos. - Comece a gravar, Peabody.
- Sim, senhora. - Com eficiência, Peabody prendeu a câmera na blusa. - Se ele esteve aqui há pouco mais de oito horas, não durou muito tempo depois de ter saído. Provavelmente umas duas horas.
- Tempo suficiente para ficar todo arrebentado. - Vagarosamente, Clarke avaliou as paredes. Estavam todas grafitadas com várias propostas ilegais e sugestões anatômicas especificadas graficamente. Um dos autores das obras soletrava com deficiência e sistematicamente se esquecia de colocar o hífen em "foda-se". Apesar disso, a mensagem era bastante clara.
- Que delícia de lugar, hein?
- Isso me faz lembrar a casinha de minha avó - disse Peabody. Já na porta do apartamento 3 C, Clarke olhou para trás.
- Ora, Peabody . Acho que você acaba de fazer uma piada.
Enquanto Clarke ria e pegava o seu cartão-mestre de códigos, Peabody ficou vermelha como um pimentão. Conseguiu se recompor no momento em que as fechaduras se abriram.
- Ele se trancava todo aqui dentro, não é? - murmurou Clarke no momento em que o último dos três fechos de segurança modelo Keligh-500 se abriu - e não usava coisas baratas não. Cada uma dessas crianças custa o equivalente a uma semana do meu salário. E, com tudo isso, eles o apagaram - e suspirou - Aqui é a tenente Clarke Griffin, entrando na residência da vítima - e empurrou a porta, escancarando-a. - Caramba, Boomer, você era um porco!
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In Death
ActionCarke Griffin é tenente a mais de dez anos, e nunca viu nada igual a um caso que está investigando. Sabe que a própria sobrevivência depende de seus instintos. E apesar de todos os avisos para não se envolver com a bilionária Lexa, a paixão e sed...