Cena de um crime

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EIS O GRANDE MOMENTO !!!!

🗡🗡

BOA LEITURA !!!!

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Clarke  imaginava que devia haver meios piores de aguardar as últimas etapas de uma  investigação. A atmosfera ali estava muito mais agradável do que a da sua sala apertada  na Central de Polícia, e a comida era certamente muito superior à da lanchonete.

Lexa  abrira a sua sala de recepção com teto em forma de domo, o  piso de  madeira brilhante, as paredes espelhadas e as luzes ofuscantes. Mesas compridas e curvas acompanhavam as paredes redondas e estavam artisticamente enfeitadas com canapés exóticos. Ovos pequeninos e coloridos, colhidos da criação  de pombos anões na fazenda da Lua, delicados camarões rosados do mar do Japão, elegantes espirais de  queijo  que derretiam  na boca, massas recheadas com patês ou cremes em uma infinidade de formatos, o brilho do caviar empilhado sobre raspas de gelo e a riqueza das frutas frescas com cobertura de açúcar cristalizado.

Havia mais. A mesa de pratos quentes, do outro lado da  sala, estava  envolta  em  uma nuvem  de calor e temperos. Uma área inteira era um tesouro para os vegetarianos convictos, enquanto outra, a uma distância discreta, estava preparada para os carnívoros.

Lexa  optara por música ao vivo em vez de simulação, e a banda que estava do lado de fora,  no terraço anexo, executava melodias que convidavam à conversação. Mais tarde, conforme a noite fosse esquentando, eles aqueceriam o ritmo para seduzir as pessoas que quisessem dançar.

Através do carrossel de cores, perfumes, brilhos e luzes, garçons vestidos de um preto austero circulavam com bandejas de prata lotadas de taças de cristal cheias de champanhe.

— Isso é mais que demais! —  Anya atirou um champignon preto na boca. Ela se vestira conservadoramente para a ocasião, que significa que uma boa parte de sua pele estava coberta, e seus cabelos eram uma juba de vermelho discreto. E, como se tratava de Anya, as íris dos seus olhos eram da mesma cor. —  Não posso acreditar que Lexa  me convidou, de verdade.

— Você é minha amiga.

— É... Ei, você acha que, mais tarde, depois de todo mundo estar meio alto, eu posso pedir à banda para me deixar cantar um número?

Clarke  olhou para os ricos, para a multidão de privilegiados que brilhava em ouro de verdade e pedras preciosas e sorriu.

— Acho que ia ser ótimo.

— Grande! —  Anya apertou ligeiramente a mão de Clarke .
– Vou lá conversar um pouco com a banda, agora mesmo, para, assim, tentar me enturmar e conquistar o coração deles.

— Tenente.

Clarke  desviou o olhar das formas exuberantes de Anya que saíam de junto dela e levantou a cabeça para olhar para o rosto do secretário Tibble.

— Como vai, senhor?

— Você está parecendo... Pouco profissional esta noite. —  Quando ela se  mostrou ligeiramente embaraçada, ele riu. —  Isso foi um elogio. Lexa  sabe como preparar um show.

— Sim, senhor, sabe mesmo. E é por uma grande causa. —  Mas ela, na verdade,  não  conseguia se lembrar muito bem que causa era.

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