Boa leitura !
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— E então, como é que vai ser? — Whittle falava entre dentes, olhando para a microcâmera que estava no canto do elevador, enquanto subiam. — O velho esquema “tira bom/tira mau”?
— É espantoso como isso sempre funciona.
— Civis são alvos fáceis.
— Vamos começar com o velho papo do “Desculpe incomodá-lo, agradecemos a sua colaboração”. Se a gente perceber que ele está de gracinha, pode mudar de tática.
— Se for o caso, quero ser o tira mau.
— Você, como tira mau, não convence ninguém, reconheça isso, Whittle .
— Mas sou mais graduado do que você, Griffin — e lançou-lhe um olhar magoado.
— Só que eu sou a investigadora principal deste caso, e sou melhor no papel de tira má. Aceite isso.
— Eu tenho sempre que ser o tira bonzinho... — resmungou ele no momento em que saíam em um corredor muito iluminado, com mais mármore e mais detalhes dourados.
Justin Young abriu a porta em frente com um senso perfeito de tempo. E, avaliou Clarke , estava vestido para o papel de testemunha rica e disposta a cooperar, usando um par de calças de linho em um estilo casual, mas muito caro, além de uma camisa em seda pura toda pregueada, no mesmo tom das calças. Em seus pés, as sandálias da moda, com sola grossa e um trabalho elaborado feito com contas na parte de cima.
— Tenente Griffin, capitão Whittle — o seu rosto maravilhosamente esculpido apresentava rugas de seriedade e os sedutores olhos pretos estavam sombrios, formando um contraste dramático com a abundante cabeleira, que tinha a mesma cor dourada do corredor. Estendeu a mão adornada com um anel largo incrustado com ônix.
— Por favor, vamos entrar.
— Agradecemos por nos receber tão depressa, senhor Young. — Talvez o seu olhar estivesse ficando cansado de ostentação, mas a avaliação inicial de Clarke a respeito da sala a deixou pensando nas palavras exagerado, enfeitado demais e excessivamente caro.
— É uma tragédia, um horror! — Ele lhes indicou um imenso sofá em forma de L, cheio de almofadas em cores berrantes e tecidos finos. Ao fundo da sala, um telão para meditação estava programado para apresentar uma praia tropical ao pôr do sol. — É quase impossível de acreditar que ela está morta, muito menos saber que morreu de forma tão súbita e violenta!
— Desculpe-nos por interromper — começou Whittle , preparando o seu papel de tira bom e lutando para não ficar de queixo caído diante das borlas, franjas e cristais trabalhados. — Este deve ser um momento muito difícil para o senhor.
— De fato. Pandora e eu éramos amigos. Posso lhes oferecer algo para beber? — e se sentou, elegante e esguio, em uma poltrona tão grande que dava para engolir uma criança.
— Não, obrigada. — Clarke estava tentando se acomodar melhor no meio da montanha de almofadas.
— Eu vou tomar algo, se os senhores não se importam. Não comi quase nada desde que soube da notícia, de tão abalado que fiquei. — Inclinando-se para a frente, apertou um pequeno botão na mesinha que estava entre eles. — Café, por favor. Apenas um. — Recostando-se de volta, sorriu ligeiramente. — Vocês devem estar querendo saber onde é que eu estava na hora em que ela morreu. Já desempenhei um bocado de papéis policiais em minha profissão. Já fiz o tira, o suspeito e até mesmo a vítima, quando estava em início de carreira. Devido à minha estampa, sempre era inocente.
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In Death
ActionCarke Griffin é tenente a mais de dez anos, e nunca viu nada igual a um caso que está investigando. Sabe que a própria sobrevivência depende de seus instintos. E apesar de todos os avisos para não se envolver com a bilionária Lexa, a paixão e sed...