Mais um cadáver

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Segue o baile

Capítulo com falas  boiolinhas,  amoooo

Gente percebam como a Lexa exalta a Clarke  🤩🤩🤩🤩🥰😍

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Quando o tele-link tocou, mal havia amanhecido. Com os olhos ainda fechados, Clarke  ligou o aparelho, ordenando:

— Bloqueie o sinal de vídeo. Aqui é a tenente Griffin.

— Aqui é da emergência. Chamada para a tenente Clarke   Griffin. Provável homicídio, a  vítima  é um homem, corpo nos fundos do numero 19 da Rua Cento e Oito. Dirija-se ao local imediatamente.

O estômago de Clarke  se contorceu de nervoso. Ela não estava de plantão, não deveria ter sido chamada.

— Causa da morte? —  perguntou ela.

— Aparentemente, foi espancamento. A vítima ainda não foi identificada devido à  desfiguração do rosto.

— Compreendido. Droga! —  jogou as pernas para fora da cama e piscou ao ver que Lexa  já estava em pé se vestindo. —  O que está fazendo?

— Vou levá-la ao local do crime.

— Você é uma civil. Não tem nada a fazer no local de um crime.

— O seu carro está na oficina, tenente. —  Lexa simplesmente atirou o olhar na direção dela e teve a pequena satisfação de vê-la praguejar alguma coisa baixinho ao ser lembrada. —  Vou lhe dar uma carona até lá e deixo você no local —  explicou  —  a caminho do meu trabalho.

— Você é que sabe —  e deu de ombros, enquanto colocava o cinto com a arma.

A vizinhança era miserável. Havia vários prédios decorados com pichações indecentes, vidros quebrados e as faixas que a prefeitura colocava para anunciar que eles estavam  condenados. Mesmo assim, ainda havia gente morando ali, pessoas amontoadas em cômodos  imundos, evitando os carros-patrulha e se drogando com qualquer substância que desse ligação.

Havia lugares como aquele em todo o mundo, pensou Lexa , parada ao lado da barreira que a polícia colocara,  crescera em um bairro  não  muito diferente daquilo, embora ficasse a milhares de quilômetros, do outro lado do Atlântico.

Ela compreendia a vida ali, a desesperança, os negócios escusos, da mesma forma que compreendia a violência que levara ao que Clarke  naquele instante examinava.

Enquanto a observava, junto dos destroços, ao lado das prostitutas de rua com ar sonolento e os curiosos mórbidos, Lexa percebeu que também a compreendia.

Seus movimentos eram enérgicos, seu rosto impassível. Mas havia pena em  seus olhos enquanto ela observava o que restara de um homem. Clarke  era, pensou Lexa, capaz, forte e resistente. Não importava quais fossem as suas feridas, ela as aguentaria. Ela não precisava de Lexa  para curá-las, apenas para aceitá-las.

— Esse não é o seu ambiente, Lexa .

Lexa  olhou para Whittle  , que acabara de chegar ao seu lado.

— Já estive em ambientes piores —  replicou.

— Todos nós já estivemos —  suspirou Whittle , pegando um bolinho dentro do bolso, ainda embrulhado. —  Aceita?

— Não, eu passo. Vá em frente.

Whittle  devorou o bolinho em três dentadas entusiasmadas e disse:
— É melhor eu ir lá para ver o que a nossa garota vai resolver —  e passou pelo cordão de isolamento da polícia, apontando para o peito no lugar onde o distintivo estava pregado, a fim de acalmar os guardas nervosos que tomavam conta do local.

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