Nada a declarar

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FUIIII PRESA PELA CLARKE E FIQUEI  NESSA HISTÓRIA  KKKK

ENTÃO NAO SE ACOSTUMEM RS

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Whittle  sabia que Clarke  não ia gostar dos dados que desencavara. manteve a sua  reação, e sendo esperto como era, enviou-os pelo computador em vez de entregar a ela pessoalmente.

— Já estou com os resultados do incidente com Slade —  disse ele assim que seu rosto cansado apareceu no monitor dela. —  Estou enviando. Eu, hã... vou ficar por aqui, durante mais algum tempo. Só eliminei uns vinte por cento da lista dos condenados pela promotora Towers. Está indo devagar.

— Tente acelerar isso, Whittle. Temos de estreitar a faixa de suspeitos.

— Certo. Estou pronto para transmitir. —  Seu rosto sumiu. Em seu lugar surgiu o relatório policial sobre o Setor 38.

Clarke  franziu o cenho enquanto os dados rolavam na tela. Havia pouco mais do que aquilo que Randall já contara. Morte suspeita, overdose. O nome da vítima era Carolle  Lee, de  vinte  e quatro anos, nascida na colônia de Nova Chicago, desempregada. A imagem mostrava  uma mulher jovem de cabelos pretos que descendia de  raças misturadas,  com  olhos exóticos e  pele em um tom escuro de café. Randall estava pálido, com os olhos vidrados, em sua foto da ficha policial.

Clarke  pesquisou tudo com atenção, buscando algum detalhe que Randall pudesse ter deixado de relatar. Do jeito que estava, já era ruim o bastante, refletiu Clarke . As acusações de  homicídio haviam sido retiradas, mas ele respondeu a um processo por utilização dos serviços de uma acompanhante não legalizada, posse de drogas químicas ilegais e contribuição para  a  ocorrência de uma fatalidade.

Ele teve  muita sorte, decidiu Clarke , pelo fato de o incidente ter acontecido em um setor tão obscuro, e em um buraco afastado que não atraia muita atenção. Só que se alguém, qualquer pessoa, tivesse descoberto os detalhes, tivesse ameaçado de levar tudo ao conhecimento de sua linda e frágil noiva, isso faria um tremendo estrago.

Será que Cicely Towers descobrira tudo?, refletiu Clarke . Esta era a grande pergunta. E se isto aconteceu, como será que ela teria encarado a história? A promotora teria analisado os fatos, ponderado e dispensado o assunto como coisa já resolvida.

Mas e a mãe? Será que a mãe amorosa que batia papo com a filha por mais de uma hora a respeito de moda, a mãe devotada que arranjava tempo para ajudar a planejar a festa de casamento perfeita, teria aceitado o escândalo como parte das loucuras de mocidade de  um homem tolo? Ou teria se colocado como uma barricada entre o homem agora mais velho, menos tolo e tudo o que ele mais queria?

Clarke  franziu o cenho e continuou a analisar o documento. Então, parou de repente quando o  nome de Lexa  pulou da tela sobre ela.

— Mas que filha da mãe! —  balbuciou, dando um soco na mesa. —  Filha da mãe!

Em menos de quinze minutos já estava  atravessando o piso de  lajotões vitrificados do saguão  do prédio de Lexa , no Centro da cidade. Seu maxilar estava rígido quando ela digitou o código e espalmou a mão sobre a placa identificadora do seu elevador privativo. Ela nem se dera  ao trabalho de ligar e deixou a fúria de sua integridade subir por dentro dela, junto com o elevador, até o último andar.

A recepcionista que ficava na elegante parte externa do escritório esboçou um sorriso de saudação. Um olhar para Clarke , no entanto, e ela piscou.

— Tenente Griffin.

— Diga a Lexa que eu estou aqui, e quero vê-lo neste instante, aqui mesmo, ou lá na Central de Polícia.

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