(Enquanto isso Lexa voltando pra casa lá do espaço)
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Mais abalada do que conseguia admitir, Clarke entrou na sala da Doutora Mira na manhã seguinte. A convite dela, sentou-se e cruzou as mãos, para evitar qualquer movimento de inquietação que pudesse trair seu estado.-Doutora, já teve tempo de traçar um perfil?
-Você me pediu urgência. - De fato, Mira ficara acordada quase a noite toda lendo relatórios e usando o seu treinamento e a sua capacidade de fornecer diagnósticos psíquicos para a formação de um perfil. - Gostaria de mais tempo para trabalhar nisso, mas posso lhe fornecer uma visão geral.
-Certo. - Clarke se inclinou. - Como ele é?
-Ele é quase que certamente correto. Tradicionalmente, crimes dessa natureza não são cometidos por pessoas do mesmo sexo. É um homem com inteligência acima da média, tendências sociopatas e voyeurísticas. É ousado, mas não se arrisca, embora provavelmente pense que sim. - Com seu jeito gracioso, ela uniu os dedos e cruzou as pernas. - Seus crimes são bem planejados. Seu prazer e satisfação vêm da seleção das vítimas, da preparação do plano e da sua execução.
-Por que prostitutas?
-Controle. Sexo é controle. Morte é controle. E ele sente a necessidade de controlar pessoas, situações. O primeiro assassinato foi provavelmente por impulso.
-Por quê?
-Foi pego de surpresa pela própria violência, pela própria capacidade de ser violento. Teve uma reação forte, pelo solavanco que sentiu, pela inspiração ofegante e pela expiração trémula. Recuperou-se e sistematicamente se protegeu. Não quer ser apanhado, mas quer, precisa mesmo, ser admirado e temido. Isso explica as gravações.
-Ele usa armas de colecionadores - continuou a médica, com a mesma voz moderada. - Isso é um símbolo de status, de
dinheiro. Mais uma vez, poder e controle. Ele as deixa para trás no local do crime para poder mostrar como ele é especial entre os homens. Aprecia a violência visível das armas e o seu aspecto impessoal. Gosta do seu poder de matar de uma distância confortável, e da indiferença emocional disso. Decidiu o número de vítimas para mostrar que é organizado e tem precisão. É ambicioso.
E - Ele poderia estar com as seis mulheres em mente desde o começo? Seis alvos definidos?
-A única ligação confirmada entre as três vítimas é a sua profissão - começou Mira, e viu que Clarke já tinha chegado à mesma conclusão, mas queria uma confirmação. - Ele estava com a profissão em mente. Minha opinião é de que a escolha das mulheres é casual. É bem provável que ele tenha uma posição de alto nível, certamente um cargo de responsabilidade. Se for casado ou tiver um parceiro sexual, esse parceiro, seja ele ou ela, é subserviente. Tem um conceito muito baixo das mulheres. Ele as degrada e as humilha, depois de mortas, para mostrar a sua repulsa e superioridade. Não tem a percepção desses atos como crimes, e sim como momentos de poder pessoal e auto-afirmação.
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In Death
ActionCarke Griffin é tenente a mais de dez anos, e nunca viu nada igual a um caso que está investigando. Sabe que a própria sobrevivência depende de seus instintos. E apesar de todos os avisos para não se envolver com a bilionária Lexa, a paixão e sed...