Segueeee o baile
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Na manhã seguinte, seu ombro estava latejando tão violentamente que parecia Anya quando dançava a música final de seu show. Clarke reconhecia que as horas extras que passara com Whittle , seguidas de uma noite agitada, rolando sozinha entre os lençóis, não ajudaram em nada. Não gostava de ingerir coisa alguma que fosse mais forte do que um analgésico simples, e tornou uma dose mínima antes de se vestir para ir à cerimônia fúnebre.
Ela e Whittle tinham topado com uma informação apetitosa. David Angelini fizera três retiradas vultosas de suas contas, nos seis meses anteriores, até atingir a considerável soma de um milhão, seiscentos e trinta e dois dólares americanos.
Isso representava mais de dois terços de sua poupança pessoal, e ele fizera as retiradas em fichas de crédito anônimas e dinheiro vivo.
Ainda estavam investigando Randall Slade e Mirina, mas até aquele momento os dois pareciam limpos. Apenas um casal jovem às vésperas do matrimônio.
Só Deus sabia como é que alguém poderia estar feliz à beira de um passo como aquele, pensou Clarke enquanto tentava achar o blazer cinza.
Aquela droga de botão do paletó ainda estava faltando, notou enquanto o fechava. E então se lembrou de que o botão estava com Lexa , que o carregava para cima e para baixo como uma espécie de talismã. Ela estava vestindo aquele mesmo blazer da primeira vez em que elas tinham se encontrado, também em um funeral.
Apressadamente, passou o pente pelos cabelos e fugiu do apartamento e das lembranças.
A Catedral de Saint Patrick já estava transbordando de gente na hora em que ela chegou. Policiais com uniforme de gala tinham interditado três quarteirões da Quinta Avenida. Formavam uma espécie de guarda de honra, analisou Clarke , em homenagem a uma advogada que todos os policiais da cidade respeitavam. Tanto o tráfego de rua quanto o aéreo tinham sido desviados da avenida normalmente engarrafada, e a mídia estava amontoada, formando um desfile movimentado do outro lado da larga avenida.
Depois que o terceiro policial a parou, Clarke resolveu pregar o distintivo no paletó e continuou, sem outros obstáculos, até a antiga catedral e o som dos cânticos fúnebres.
Ela não ligava muito para igrejas. Elas a faziam se sentir culpada, por motivos que não fazia questão de explorar. O aroma de cera de velas e de incenso estava forte. Alguns rituais, pensou, enquanto entrava em um dos bancos laterais, eram tão imemoriais quanto a lua. Desistiu de qualquer esperança que pudesse acalentar em relação a falar diretamente com algum dos membros da família de Cicely Towers naquela manhã, e se acomodou para assistir ao show.
Os ritos católicos haviam voltado a ser celebrados em latim, em algum momento da década anterior. Clarke imaginava que aquilo adicionava uma espécie de misticismo, e era um fator de unidade. A língua morta, para ela, certamente parecia apropriada para uma missa de falecimento.
A voz do padre ressoou, alcançando os locais mais elevados da estrutura, e as respostas da congregação ecoaram logo em seguida.
Calada e observando tudo, Clarke olhava devagar pela multidão. Dignitários e políticos sentavam-se, com as cabeças baixas. Ela se posicionara próxima o bastante para conseguir olhar mais de perto a família. Quando Whittle chegou e se colocou ao lado dela, Clarke inclinou a cabeça.
- Aquele é Marco Angelini - murmurou - , e aquela moça ao lado deve ser a filha.
- Acompanhada do noivo, à direita dela.
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In Death
ActionCarke Griffin é tenente a mais de dez anos, e nunca viu nada igual a um caso que está investigando. Sabe que a própria sobrevivência depende de seus instintos. E apesar de todos os avisos para não se envolver com a bilionária Lexa, a paixão e sed...