Capítulo 61

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Pv.Brunna

-- Eu ensaiei tanto pra isso, mas eu não preciso de nenhumas das palavras que ensaiei para te dizer, porque é só olhar em seus olhos e eu consigo dizer todas as palavras que necessito.-- Sorri leve, ela estava muito nervosa e eu podia sentir suas mãos suarem contra as minhas.
-- Quando eu me vi apaixonada por você, eu pensei que podia estragar a única coisa verdadeira na minha vida, que era a nossa amizade, mesmo que todas os nossos amigos haviam se afastado de nós, eu só queria estar ao seu lado, porque eu sabia que era recíproco toda paixão que eu sentia por você, e esse sentimento só foi crescendo mais e mais no decorrer de todos esses anos, eu achei que poderia te esquecer, com várias doses, garrafas e bebidas fortes, mas eles só me ajudavam à lembrar dos melhores momentos que tivemos, quando você voltou aquele dia na empresa, eu sabia que tudo ia se resolver, eu só não sabia que um dia estaríamos aqui, porque de verdade, todas aquelas palavras que você me dizia só me faziam querer desistir...

-- Que bom não desistiu.-- Cortei ela que sorriu.

-- Cala a boca Brunna, não é sua vez.-- Patricia gritou e eu serrei os olhos em sua direção.

-- É, que bom eu não desisti, ou eu não estaria tão feliz agora, eu não podia pedir uma vida melhor, não podia pedir uma pessoa melhor para dividir tudo na minha vida, e também não podia pedir um filho melhor.-- Disse sorrindo e eu sorri de volta.
-- Obrigada por ter me dado esses dois presentes, o que já nasceu e o que ainda vai nascer.-- Disse espalmando a mão em minha barriga e eu coloquei a mão por cima. -- Eu te amo.-- Disse e se inclinou mas Renatinho enfiou a mão na frente fazendo-à selar sua palma.

-- Calma aí apressadinha. -Disse e eu sorri para Ludmilla.-- Brunna, seus votos.-- Suspirei olhando para Ludmilla.

-- Eu não sabia que eu ia casar hoje, então não preparei nada.-- Falei incrédula e Ludmilla me puxou para mais perto dela.

-- Fale com o seu coração.-- Disse passando os dedos em meu rosto e por uma fração de segundos, me perdi no tempo olhando para suas galáxias que ela chamava de olhos.

-- Eu sonhei muito com esse momento, eu nunca pensei que seria tão especial como está sendo, achei que fosse clichê como nos filmes, que marcariamos a data, eu ficaria louca e engordaria uns vinte kilos para não entrar no vestido.-- Todos riram. -- Eu parei frente à uma joalheria hoje e me perguntei, quando Ludmilla vai me pedir em casamento?-- Todo mundo riu novamente e até alguns amigos de Ludmilla vaiaram sua atitude. -- Mas olha só como o destino nos prega peças, agora estou aqui, casando com você, não, casando com a mulher mais incrível que eu conheci, poderosa, sorridente, a melhor mãe de todas, porque me supera, você nunca perdeu o Theo dentro da própria casa.-- Todo mundo riu.
-- Mas, eu assumo que me privei de estar ao seu lado, eu estava perdidamente apaixonada e achei que fosse apenas amizade, na verdade eu tinha medo de me machucar, como me machuquei tantas vezes e vi que foi pior ficar sem você por tantos anos, lutei diversas vezes contra meu próprio instinto de procurar você e Ohanna acabou me colocando na sua frente sem ela mesmo saber, e eu agradeço isso, porque se eu não tivesse te reencontrado aquele dia, talvez não estivéssemos aqui agora, e se eu não tivesse tomado a iniciativa de te beijar, também não estaríamos aqui né?-- Debochei e ela riu. -- Eu acho que é isso, eu não tenho muito o que dizer, você sabe o quanto sou tímida.-- Lauren serrou os olhos fazendo um bico e eu sorri. -- Mas eu te amo, e não importa o que aconteça ou o que aconteceu, eu te amo.-- Ela sorriu mordendo o lábio e eu fiz o mesmo por instinto, estávamos tão próximas.

-- Vamos colocar essas alianças logo.-- Renatinho disse divertido mas eu só conseguia fitar os olhos de Ludmilla que me diziam o quanto ela estava feliz. -- Ludmilla.-- Ele disse e ela pegou a aliança e minha mão esquerda.

-- Brunna Gonçalves Coelho, prometo te amar, te respeitar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, prometo te amar nessa vida e em outras.-- Disse colocando a aliança em meu anelar e deixando um beijo fofo ali.

-- Brunna.-- Renatinho disse.

-- Ludmilla Oliveira, prometo-lhe amar, respeitar, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza, prometo-lhe amar até que meus dias na terra acabem, prometo te amar nessa vida e em outras.-- Repeti sua frase e deixei um beijo ali em seu dedo.

-- Agora.-- Renatinho se agachou pegando algo e se ergueu. -- Podem se beijar.-- Gritou posicionando um jogador de confetes à cima das nossas cabeças.

Ludmilla me puxou pela cintura colando nossos corpos e me beijou de um jeito lento, me fazendo abraçar seu pescoço e só ouvi os gritos e o estouro do jogador de confetes.

-- Se houver algum outro casamento, podem me convidar para ser o padre, me saí muito bem.-- Renatinho disse alegre e eu ainda beijava Ludmilla, quase me fundindo à ela.-- Chega gente, misericórdia, vão transar aqui no salão?-- Perguntou e eu não consegui segurar por muito tempo, dei risada contra os lábios de Ludmilla e deitei a cabeça em seu peito completamente vermelha.

(...)

Patricia havia aberto um champanhe e me molhado inteira, o que valeu tanta maquiagem, tanto preparo pra borrar tudo agora?

Me encontro no banheiro dessa enorme casa que descobri ser do Troye, meu amigo está realmente bom de vida, limpando a maquiagem em meu rosto e ajeitando meu cabelo.

-- Oi.-- Ouvi a voz de Ludmilla e olhei para o espelho, ela estava encostada na cabine.

-- Oi.-- Falei sorrindo e ela cruzou as mãos frente à barriga.

-- Você tem namorada?-- Perguntou me encarando e eu serrei os olhos.

-- Não, por que? Gosta do que vê?-- Perguntei dando um meio giro e parando de frente para ela que me fitava dos pés à cabeça.

-- Gosto, gosto muito.-- Se aproximou devagar me fazendo apoiar na pia. -- Você não faz idéia do quanto eu quero te levar pra casar.-- Disse percorrendo a mão por minha coxa.

-- Que isso, eu sou casada.-- Falei impinando o nariz e empurrando sua mão.

-- Duvido que ela te faça sentir mais prazer que eu.-- Sorri debochada.

-- Tem certeza? Eu não diria o mesmo.-- Ela sorriu e e me impulsionou para cima da pia, fazendo-me sentar ali.

-- Você está tão gostosa nesse vestido, estou prestes à rasga-ló com meus dentes e te fazer minha aqui mesmo.-- Rosnou contra meu pescoço enquanto subia e descia suas mãos pela minha coxa coberta pelo vestido rendado.

-- Eu adoraria, mas não podemos passar tanto tempo longe dos convidados.-- Falei arfando por suas mãos estarem apertando meu corpo e seus lábios em meu pescoço.

-- Eu não ligo pra eles, eu só quero você.-- Disse me encarando e eu abracei seu pescoço mordendo o lábio.

-- Mais tarde.-- Sussurrei passando o indicador e médio em seu lábios e empurrando-à para poder descer da pia.

-- É, mais tarde.-- Ela disse se recompondo e eu olhei para sua ereção. -- Me desculpe por isso.-- Disse sorrindo vergonhosa e eu dei risada.

-- Tudo bem, já estou acostumada com sua selvageria.-- Pisquei e me aproximei roçando nossos lábios e me afastei dando uma última olhada no espelho e depois para ela que sorriu fraco e logo eu estava de volta no salão.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora