Capítulo 65

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Pv.Ludmilla

Brunna corria atrás do papel que voava enquanto segurava sua touca de panda com a mão esquerda.

E eu? Eu dava risada. Estávamos no parque central da Suíça, Brunna havia comprado biscoitos da sorte e quando ela foi ler o seu, ele simplesmente voou e agora ela está correndo como uma louca.

O papel voou na minha direção e eu pulei para pega-lo fazendo minha touca cair.

Brunna correu até mim e pegou minha touca, sorri para ela que sorriu ofegante e eu entreguei o papel para ela.

-- Hum, você vai encontrar o amor da sua vida.-- Ela leu e me olhou. -- Eu já encontrei.-- Disse rindo e abraçou meu pescoço.

-- Sabe que esses papéis são mentiras não é?-- Abracei sua cintura.

-- Ah, claro que não, o seu dizia que você ia ter um filho, então, nós vamos ter um filho.-- Deu de ombros e eu dei risada negando.

-- Falando em filho, devíamos ligar para o Theo hoje, já tem dois dias que não falamos com ele.-- Comentei e ela assentiu colocando minha touca.

-- Fiqua estranho, nunca entendi essa sua touca.-- Disse rindo.

-- Não tente.-- Sorri e me inclinei tomando seus lábios em um beijo.

(...)

Pv.Brunna

-- Que frio.-- Disse se jogando na cama e Ludmilla riu ligando o aquecedor.

-- Acho que não devíamos ter vindo para a Suíça no inverno, não faz bem para sua pele de bebê.-- Dei risada e ela veio deitar ao meu lado.

-- Me acha um bebê?-- Perguntei sorrindo e ela sorriu assentindo e puxando o edredom para nos cobrir.

-- Acho muito.-- Disse sorrindo. -- Meu bebê.-- Acariciou minha mão que estava em baixo do edredom.

-- Tomara que eu exploda com essa sua fofura.-- Ela gargalhou e se inclinou beijando minha têmpora esquerda.

Deitei a cabeça em seu ombro e começamos à assistir uma série que se não me engano, o nome era...É eu não me lembro mesmo.

Senti minha barriga chutar e olhei para ela assustada, olhei para Ludmilla que estava encarando a televisão aérea ao que estava acontecendo.

Peguei sua mão que estava entrelaçada na minha e coloquei em cima da minha barriga no exato momento em que o bebê chutou.

-- Oh meu Deus.-- Ouvi Ludmilla dizer e olhei para ela. -- É a primeira vez?-- Perguntou me encarando e encarando a barriga.

-- Terceira.-- Falei sorrindo e Ludmilla sorriu abóbada.

-- É sempre incrível sentir eles chutarem, parece que dá uma paz interna sabe?-- Sorri assentindo.
-- Vamos ligar para o Theo, preciso dizer à ele que isso que aconteceu.-- Falou se esticando e pegando o celular.

Fiquei de joelhos na cama e tirei meu casaco já que o quarto estava ficando mais aquecido.

-- Oi garotão, como você está?-- Perguntou colocando no viva-voz e Theo resmungou me fazendo sorrir.

-Mamãe e eu estamos com saudade.-

Me joguei para trás e fique encarando Ludmilla falar com Theo, mesmo que ele não respondesse nada mais que "hum" "mama" "bah" mais nada, mas Ludmilla e ele tinham uma conexão, e eles sempre se entendiam, isso me deixava chateada as vezes porque Theo nunca me dá atenção quando esta Ludmilla por perto.

Ludmilla sorriu para mim e piscou me fazendo sorrir e colocar as mãos no rosto, seu riso foi a última coisa que ouvi antes de dormir.

(...Dois dias depois...)

-- Tomara que ele esteja acordado.-- Ludmilla disse e eu bati na porta da casa de Patricia.

Minutos depois Larissa veio abrir com um sorriso enorme no rosto.

-- Theo está na sala brincando com Patricia.-- Disse enquanto nós guiava pelo hall de entrada até a sala.

Ludmilla soltou um assobio e Theo olhou em nossa direção.

-- Mama.-- Gritou tentando se levantar e Patricia riu ajudando-o.

Ele cambaleou enquanto andava e caiu de joelhos e mãos no chão fazendo seus cachinhos irem para frente mas ele gargalhou e começou à engatinhar.

Achei que ele iria na direção de Ludmilla já que ela estava ao meu lado só que um pouco mais na frente e agachada esperando por ele.

Mas ele veio na minha direção e se ergueu se apoiando nas minhas pernas, Ludmilla riu falando algumas coisas mas eu só conseguia encarar meu filho me pedindo colo, pedindo colo pra mim, sendo que Ludmilla estava ao seu lado.

Me inclinei para baixo e o peguei no colo, ele me abraçou com força e me bateu uma forte vontade de chorar, mas eu segurei.

-- Oi meu bebê, como foi essa semana?-- Perguntei tocando seu narizinho e ele espirrou me fazendo rir.

Ludmilla foi puxada por Lari e Patricia para se sentar no sofá enquanto eu estava presa na minha áurea, com Theo brincando com meus cabelos, eu sorria balançando-o como se tivesse embalando-o e ele mexia nos meus cabelos como o melhor brinquedo dele.

-- Bru, vem aqui.-- Patricia chamou e eu olhei para ela com um sorriso e me aproximei.

(...)

Fiquei parada durantes minutos encarando Theo dormir, ele era muito precioso pra mim.

Ele foi o maior presente que Ludmilla podia me dar, ele é a maior prova que o meu amor e o de Ludmilla nunca acabará, porque ele é a fonte de tudo.

E mesmo que não tivéssemos Theo, acho que olhar naquele mar castanho, que são os meus preferidos, me fazem ama-lá à cada dia.

-- Seus pensamentos vão acordar ele.-- Ludmilla disse me abraçando por trás e sussurando em meu ouvido.

Mordi o lábio e ela apertou minha cintura me puxando para fora do quarto de Theo e fechou a porta.

-- Vamos para o quarto, você está em pé à horas.-- Me virei e ela me empurrou pelo corredor, sorri.

-- Pela sua ereção, não é por eu ter ficado em pé por muito tempo.-- Ela riu ficando corada e abriu a porta.

-- Talvez.-- Piscou e se virou fechando a porta. -- Mas sério, você sabe porque fico excitada, porque você tem um corpo maravilhoso, e qualquer dia desses eu ainda vou ter um infarto tomando banho com você.-- Dei risada e sentei na ponta da cama tirando minhas botas.

-- Tomara que não, quero passar o resto da minha vida com você, até o fim, até o último suspiro.-- Ela mordeu o lábio.

-- Eu desejo o mesmo.-- Disse colocando as mãos atrás do corpo.

-- Então vem aqui me dar um beijo.-- Pedi e ela sorriu caminhando devagar e pulou em cima de mim fazendo-me cair para trás gargalhando e beijando meu pescoço.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora