Capítulo 23

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Pv.Brunna

O dia estava sendo de fato cansativo, tivemos três reuniões e uma apresentação para uma nova rede de moda que estava sendo aberta na cidade.

Ludmilla não trocou mais palavras comigo desde ontem, acho que eu forcei muito a barra em relação ao tempo dela, eu não devia ter feito aquilo.

-- Bom dia Srta. Gonçalves.-- Ouvi uma voz aveludada e ergui meu olhar encontrando a cobra.

-- Sra. Lopes, bom dia.-- Falei fingindo um sorriso.

-- Me chame de Rebecca, não seja modesta.-- Disse sorrindo -- Está livre para o almoço?-- Perguntou e eu neguei.

-- Vou almoçar com Ludmilla.-- Ela revirou os olhos.

-- Almoce comigo, Oliveira tem sua atenção todos os dias, não mereço uma hora da sua atenção?-- Perguntou sorrindo.

Na verdade não.

-- É...Pode ser.-- Me levantei.

-- Ótimo.-- Disse sorrindo -- Deixe que eu mesma aviso à ela.-- Sorriu de lado e caminhou graciosamente até a sala de Ludmilla.

Sentei na cadeira novamente e respirei fundo, que Ludmilla não arranque meus cabelos por isso.

Alguns minutos depois à vi saindo com uma expressão seria e Ludmilla apareceu na porta com uma cara de raiva. Mexi os lábios em um "Eu te amo" e ela suavizou a expressão antes de entrar.

Entramos no elevador e Rebecca enfiou a chave no painel fazendo o elevador andar lentamente.

-- Você me deixa tão excitada.-- Disse se aproximando e eu engoli à seco me encostando na barra da parede.
-- Não precisa ter medo de mim Brunna, não farei nada.

-- Eu peço que se afaste por favor, não quero ter que usar forças.-- Ela riu.

-- Você está mesmo caidinha pela Ludmilla não é? Acredite, ela só quer enfiar a porra daquele pau dela em você e te mandar embora, eu à conheço.-- Engoli à seco -- Mas você pode me escolher, não estou procurando um romance, mas eu sei como dar prazer a uma mulher, ainda mais, uma mulher tão linda como você.

-- Não acho que a sua abordagem vá me convencer à te dar, me desculpe mas eu já disse os meus reais interesses e a minha sexualidade.-- Ela se aproximou mais espalmando as mãos ao redor do meu rosto.

-- Você cheira a encrenca, eu gosto do seu cheiro, você é uma mulher que sabe provocar apenas com o olhar, eu gosto disso.-- Espalmei a mão em seu peito e à empurrei de leve.

-- Sinto muito, gostaria que respeitasse a minha decisão.-- Ela sorriu.

-- Uma noite, eu posso te dar tudo em uma noite.-- Neguei.

-- Não você não pode.-- Falei sorrindo.

-- Ah, não? O que quer de tão grande que eu não posso te dar?-- Disse sorrindo.

-- Só Ludmilla pode, se me der licença.-- Passei por baixo do seu braço e fui até o painel tirando a chave e jogando contra seu corpo.

O elevador se abriu e eu saí no décimo terceiro andar e entrei no outro elevador vendo a cara de Rebecca se desmanchar em uma careta furiosa.

Pv.Ludmilla

Eu andava de um lado para o outro, com os dedos dentro da boca, apreensiva, à espera que Brunna passasse por aquela porta urgentemente.

E como se meus pedidos fossem ouvidos, a porta se abriu e ela entrou trancando-à logo em seguida.

-- Eu odeio essa mulher.-- Gritou com raiva.

-- Me conte tudo, tudo que ela disse.-- Puxei-à para o sofá.

-- Ela disse que eu à deixava excitada, disse que você só queria enfiar seu pau em mim e depois disso iria me mandar embora, Ludmilla que merda essa mulher está fazendo? Por que ela está fazendo isso?-- Suspirei.

-- Ela está tentando me atingir de alguma forma, e ela achou você, meu ponto fraco.-- Camila passou as mãos nos cabelos.

-- Ela disse que poderia me dar tudo em uma noite, eu disse que não e ela perguntou o que era de tão grande que ela não poderia me dar, e eu disse que a única pessoa que poderia me dar o que eu queria, era você.-- Franzi a testa.

-- E o que eu posso te dar?-- Perguntei e Brunna sorriu.

-- Amor.-- Disse olhando para as mãos e eu suspirei boba.

-- Sim, isso e muito mais.-- Segurei seu rosto em minhas mãos e à beijei.

Brunna se ergueu um pouco e sentou no meu colo, coloquei as mãos nas suas coxas e quebrei o beijo.

-- Não quero ultrapassar os limites.-- Falei olhando para o espaço entre nossos corpos.

-- Desculpa se exagerei ontem, mas eu preciso disso, eu não sei porque você demora tanto.-- Falou impaciente.

-- Eu não quero estragar as coisas entre a gente Brunna, estamos começando à nós acertar agora, não quero sair estragando tudo.-- Ela suspirou.

-- O quê exatamente você acha que vai estragar?-- Perguntou cruzando os braços.

-- Eu sou uma pessoa insegura, eu posso demonstrar ser a pessoa mais imponente de todas, mas eu sou a mais fraca, eu tenho medo de estar lá, e estragar tudo.-- Ela suspirou.
-- Eu não quero deixar nenhum detalhe de lado, não quero que...-- Colocou os dedos sobre meus lábios.

-- Não importa onde seja, não importa se seja aqui agora no seu sofá, não importa se seja na mesa do seu apartamento, na sacada, na escada, se for com você, vai ser especial, porque eu te amo, isso não tem valor Ludmilla, não existe outra forma de dizer isso, eu te amo, e com você vai ser especial.-- Disse me olhando tão intenso, que senti minha alma arder.

-- Desculpa, desculpa ser insegura.-- Ela sorriu e colou a testa com a minha.

-- Eu amo você da forma que você é, com suas imperfeições e suas perfeições, seus defeitos e qualidades, eu apenas amo você Ludmilla.-- Abracei sua cintura com força.

-- Você não existe.-- Sussurrei.

-- Eu existo, estou bem aqui na sua frente.-- Suspirei e fitei seus olhos.

-- E eu te amo.-- Ela riu e selou meus lábios.

-- Sim, você me ama.-- Sorri apertando os braços em sua cintura. 

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora