Capítulo 66

681 56 1
                                    

...Alguns anos depois...

Pov. Brunna Gonçalve

Theo corria atrás de Sophia que gargalhava tentando correr dele que gritava "o monstro vai te pegar GRRRR".

Eu apenas sorria vendo a interação dos meus filhos, no começo Theo ficou com ciúmes e até ficava sem falar comigo e Ludmilla, mas depois ele se acostumou com a presença de um novo membro na família.

-- Mamãe. -- Theo chamou pulando na minha frente. -- Deixa eu e a Sophia tomar banho de piscina mamãe, por favor, por favorzinho, eu juro que não deixo ela engolir água dessa vez.-- Encarei meu filho que agora tinha cinco anos.

-- Tudo bem mas olha... -- Ele não deixou eu terminar, saiu correndo e gritando para contar à Sophia.

-- Chocolate.-- Ludmilla gritava pelo jardim e eu me apoiei na cadeira para olha-lá. -- Chocolate, vem aqui.-- Assobiava e eu negava, a cena era patética.

-- Chocolate está aqui mamãe.-- Theo gritou e Ludmilla levantou com o nariz franzido, as mãos sujas de terra e seu rosto também.

-- Tá olhando o que?-- Perguntou passando por mim.

-- Agora? sua bunda.-- Respondi sorrindo e ela riu negando.

Ela se baixou pegando chocolate, nosso coelho, que ironicamente era branquinho dos olhos vermelhos.

-- Veja só você, está todo sujo de lama.-- Disse decepcionada e entrou dentro de casa com o coelho.

-- Mamãe, eu quelo lavar o tuelho com a mamãe Lud.-- Dei risada de Sophia por ter a língua presa e assenti dando um beijo em sua testa.

-- Vai lá querida.-- Ela correu para dentro da casa e Theo correu até mim se jogando no meu colo e eu dei risada.

-- Mamãe, eu queria ir no parque hoje.-- Disse me olhando com o nariz franzido por conta do sol.

-- Mas você disse que queria tomar banho de pscina com a Sophi.-- Falei incrédula.

-- Eu quero ir no parque, com o Blaine.-- Suspirei.

-- Tudo bem, vou falar com a mamãe Lud para chamar o Blaine e a gente leva vocês para o parque tudo bem?

-- Sim, mas eu quero ir na roda-gigante com o Blaine, sozinho.

-- Vocês são pequenos ainda querido, não pode ir sozinho.-- Ele fez um bico. -- Posso chamar a Adelaide para ir com vocês.

-- Não mamãe, eu não gosto dela.-- Disse cruzando os braços.

-- Por que você não gosta dela querido? Ela é sua prima.-- Falei colocando seus cabelos para trás.

-- Porque ela me bate.-- Disse brincando com a barra da blusa.

-- Tudo bem, eu vou falar com sua mãe sobre isso depois, eu vou com vocês então, tudo bem? Mas quando você tiver maior, você vai sozinho com o Blaine.-- Ele assentiu e eu beijei o topo da sua cabeça.

Ele desceu do meu colo e correu pelo quintal até chegar em uma casa de papelão que ele e Sophia haviam feito.

Blaine era o filho de Patrícia e Larissa, elas adotaram ele quando Theo fez dois anos. Blaine tem cinco também, e é um garoto muito especial, Ludmilla o adora e eu também.

Adelaide é a filha de Luane com seja lá quem, ela transou com alguém na balada que ela ao menos lembra o nome ou rosto, e agora tem essa menina chamada Adelaide, com quatro anos de idade.

Ludmilla gritou muito com ela, surtou por ela estar grávida de um desconhecido, Luane chorou e pediu desculpas dizendo que estava bêbada e que não se lembrava de nada.

Ludmilla à perdoou por isso, mas não perdoou quando Luane mentiu dizendo que ia para uma entrevista em uma empresa e deixou Adelaide conosco e não voltou durante uma semana.

Bom, Ludmilla usou e abusou dos seus poderes financeiros para ir atrás dela, Luane voltou para casa bêbada e com cara de quem havia usado drogas.

Ludmilla pediu que fizesse um exame de sangue, deu cocaína e uma droga desconhecida por mim em seu sangue, Luane perdeu a guarda de Adelaide para nós.

Foi demasiadamente triste, ficamos cuidando de Adelaide durante os meses que Luane ficou numa clínica de habilitação.

Depois que ela saiu, todos diagnósticos apontavam que ela estava bem, então ela nos colocou na justiça, ela teve a coragem de dos denunciar, então pegou a guarda de Adelaide de volta.

E até hoje está com ela, Adelaide é uma criança incrível, mas tem sérios problemas psicóticos, o que me deixa com medo dela as vezes de deixa-lá perto dos meus filhos e ela fazer alguma perversidade.

Lari e Paty tinham outro filho, filha na verdade, Flora, era fã de carteirinha de Sophia, provavelmente elas serão grandes amigas no decorrer dos anos, e conversaram sobre maquiagem, esmalte e namorados do colégio.

Dei risada sozinha e neguei sorrindo.

-- Está ficando louca?-- Dei um pulo da cadeira quando ouvi Ludmilla falar e olhei para o lado.

-- Que susto Ludmilla.-- Falei com a mão no peito. -- Você é uma idiota.-- Falei entre dentes e dei um soco em seu braço fazendo-à rir.

-- Sophia dormiu enquanto eu dava banho no chocolate, ela está lá em cima, mais tarde queria levar as crianças ao parque.-- Disse colocando as pernas em cima da cadeira e abraçando os joelhos.

-- Theo comentou sobre isso, a gente pode fazer isso não é? É só chamarmos reforço, Patrícia, Paty e Ohana.-- Ela assentiu rindo.
--Eu gostaria que Ohana tivesse um filho também, ia fazer par com a Adelaide.

-- Ninguém quer ficar perto daquela criança Brunna, aquela criança tem algo de ruim e isso é reflexo de Luane.-- Disse levando o copo até a boca.

-- Isso é cerveja?-- Perguntei mordendo o lábio e me inclinando na cadeira para olhar o copo.

-- E cerveja, por que? Você quer?-- Perguntou me estendendo o copo e eu neguei. -- Estranho, você se sente vulnerável à bebida quando está grávida.-- Encarei seus olhos verdes.
-- Não, está brincando não está?-- Perguntou largando o copo, mordi o lábio negando. -- Está grávida mesmo?-- perguntou quase se ajoelhando à minha frente.

-- Não sei se é certo, mas eu sinto que ele está aí, se desenvolvendo.-- Falei pegando sua mão e coloquei em minha barriga.

-- Quanto tempo você desconfia?-- Perguntou babando na minha barriga.

-- Algumas semanas, eu queria ter te contado antes, mas você parecia uma louca atrás das crianças, para lá e para cá.-- Dei risada e ela riu junto.
-- Então, o que acha?-- Perguntei passando a mão em seus cabelos.

-- Acho que devemos ir ao hospital, saber as semanas, saber tudo.-- Mordi o lábio e assenti. -- Eu sou a mulher mais feliz do mundo, Deus.-- Ela gritou me assustando e eu comecei à rir. -- Eu te amo, muito, muito.-- Disse se erguendo e eu segurei seu rosto em minhas mãos.

-- Eu amo você, demais.-- Mordi o lábio e ela sorriu tomando meus lábios em um beijo calmo.

_______________________________________

Me perdoem se eu errar algum nome, faz tempo que não atualizo essa fic. Então não lembro de todo.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora