...Alguns meses depois...
Pv.Ludmilla
-- Theo.-- Brunna chamava desesperadamente. -- Ludmilla, meu filho.-- Dizia enfiando as mãos no cabelo.
-- Brunna como você perdeu uma criança dentro de casa?-- Perguntei irritada enquanto olhava debaixo da mesa.
-- Eu...Essa casa é enorme, eu deixei ele aqui uns cinco segundos.-- Olhei para ela e neguei levantando e caminhando até o quintal.
-- Ah, porra.-- Falei irritada e Brunna me alcançou.
-- Theo.-- Gritou caminhando pelo quintal.
Theo estava deitado no chão e Caleb ao seu lado, ele tinha as pernas e os braços abertos como se estivesse fazendo um anjinho na neve.
-- Oh querido, por que você é tão calado? Eu estava te gritando.-- Brunna disse se agachando e Theo sentou imediatamente.
Os cabelos pretos no rosto, os olhos Caramelo destacando-se entre os fios e seus quatro dentinhos à mostra.
-- Mama.-- Chamou me olhando e eu sorri enfiando as mãos nos bolsos.
Theo tinha agora sete meses, ele era um garotinho bem fofinho, pegava tudo que via na frente. Mas o único problema que vinha causando dor de cabeça tanto em mim quanto em Brunna, é que ele começou à engatinhar, e ele ia para todos os lugares.
Uma vez ele subiu as escadas atrás de mim, eu havia achado que Brunna tinha o deixado ali, mas na verdade ele subiu sozinho.
-- Ludmilla.-- Brunna chamou me tirando dos devaneios. -- Vamos, vai chover.-- Olhei para o céu e quando ela ia sair, segurei seu braço.
-- Mesmo?-- Arqueei as sobrancelhas sugestivamente.
-- Não, de forma alguma, Theo pode pegar um resfriado.-- Fiz um bico e Theo gargalhou se jogando para o meu colo.
-- Você concorda comigo Theo?-- Perguntei balançando-o e ele tocou meu rosto, eu sempre ficava vermelha quando ele o fazia.
-- Vamos logo.-- Brunna me empurrou e eu dei risada, parecia que ela havia ficado menor nesse período de tempo.
Entramos em casa e colocamos Theo sentado no sofá, sentei ao seu lado e coloquei um desenho qualquer enquanto ele deitava a cabeça no meu colo e colocava seu dedo na boca, ele tinha essa mania de quando escrevia algo.
-- Lud.-- Brunna me chamou e eu olhei pra porta da cozinha. -- Você quer?-- Perguntou balançando uma vasilha e eu arqueei uma das sobrancelhas.
-- O que é?-- Ela se aproximou e me mostrou, o cheiro de chocolate tomou conta do ambiente e eu enfiei o dedo ali. -- Hum.-- Coloquei na boca.
-- Que falta de educação.-- Disse rindo. -- Quer ou não?.
-- Depois, senta aqui com a gente.-- Ela assentiu e voltou para a cozinha, depois voltou para a sala arrumando os cabelos em um coque e sentou ao meu lado.
Theo imediatamente se levantou e subiu no meu colo e sentou no meio entre Brunna e eu. Sorri como uma idiota enquanto Theo resmungava algo e Brunna me encarou.
-- Acho que ele não quer que a gente se beije.-- Ela disse baixinho e eu olhei pra Theo.
Me inclinei para beijar Brunna, e quando nossos lábios estavam próximos, Theo começou à gritar dando um susto enorme em Brunna.
-- Arg, por que você faz isso?-- Falei bagunçando seus cabelos. -- Com certeza pegou essa mania de Patrícia.-- Quando terminei de falar, a campainha tocou.
-- Você pediu para que as meninas viessem aqui?-- Brunna perguntou já se levantando.
-- Não, deve ser Luane.-- Ela caminhou até a porta e olhou pelo olhômetro.
-- Porra.-- Abriu a porta rapidamente. -- Ohanna.-- Gritou me fazendo arquear as sobrancelhas.
-- Bru.-- A baixinha gritou e pulou em seu colo.
Depois de muitos gritos, beijos, abraços, Ohanna finalmente notou minha presença e sorriu.
-- Ludmilla.-- Abriu os braços e eu me levantei indo abraça-lá.
-- Quanto tempo né?-- Ela assentiu sorrindo.
-- Mas eu não vim ver vocês.-- Ela disse jogando o cabelo para trás.
-- Ah não? E quem você veio ver?-- Brunna perguntou sorrindo.
-- Essa bolinha.-- Gritou e Theo se sentou no sofá para olha-lá.
Enquanto Ohanna brincava com Theo como se o filho fosse dela, Brunna me cutucou.
-- Acha que devemos cortar o cabelo dele?-- Fiquei encarando os seus cabelos.
-- Acho que sim, estão grandes e tapando seus lindos olhinhos.-- Brunna riu e negou.
-- Tudo bem então, a gente corta.-- Assenti e Ohanna se levantou com ele no colo.
(...)
Passamos o dia conversando, rindo, brincando, Theo nos proporcionava muitas risadas. Mas logo Ohanna teve de ir pois ela disse que ainda tinha outras coisas para fazer e eu tenho certeza que isso consistia em visitar o casal mais chato dessa terra.
Theo estava bem cansado, o que resultava uma Brunna quebrada no final do dia, mas eu me meti no meio e peguei Theo do seu colo, eu colocaria ele para dormir hoje.
Depois que ele já havia tomado banho, que eu ajeitei seus cabelos e sua roupinha de dormir que Paty havia dado de presente, o coloquei na cama para dormir.
Fiquei encarando seu olhos me olhando fixamente, como se soubesse que uma hora eu teria que sair dali. Brunna e eu preferimos coloca-ló na cama, assim se ele quisesse descer, ele não se machucaria, já que ele estava tão travesso.
Seus olhos se fechavam devagar mas ele lutava contra o sono, entreguei seu príncipe de pelúcia e ele abraçou com força antes de fechar os olhinhos de vez.
Liguei a luz ambiente para que ele não se sentisse estranho no meio da noite e saí do quarto. Caminhei para o meu e fechei a porta ouvindo o som do chuveiro.
Tirei minhas roupas ficando apenas de boxer e sutiã e entrei no banheiro vendo o box completamente embaçado.
-- Amor?-- Chamei e ouvi Brunna resmungar de dentro do box.
Me despi por inteiro e abri o box quase me sufocando com tanto vapor.
-- Hey, tem muito vapor aqui.-- Falei abanando o vapor mas era meio impossível.
Brunna estava com a cabeça nos azulejos azuis e a água batia em suas costas. Me aproximei devagar depois de ter fechado a porta de vidro e toquei suas costas.
Ela me olhou com o rosto sonolento e eu sorri devagar que ela fez questão de retribuir e se erguer fazendo a água bater em sua cabeça.
Dobrei os joelhos e abracei sua cintura fazendo-à abraçar meu pescoço. Desci as mãos para sua bunda e Brunnaa me deu um tapa me fazendo rir.
-- Eu te amo.-- Disse contra seus lábios enquanto impulsionava-à para cima fazendo suas pernas abraçarem minha cintura.
-- Eu te amo, muito, muito, muito.-- Beijou meu rosto diversas vezes.
-- Arg, eu não quero voltar à trabalhar, vou ficar longe de você e do Theo.-- Falei fazendo um biquinho e Brunna riu selando nossos lábios.
-- Estaremos bem aqui quando você chegar.-- Mordeu meu lábio e eu suspirei apertando sua bunda e prendendo-à contra a parede.
-- Eu sei que estarão, mas teremos menos tempo juntas.-- Suspirei.
-- E pensar que você comprou a empresa pra mim e nos mudamos.-- Ela riu e enfiou as mãos no meu cabelo.-- Eu não ligo, de verdade, dinheiro não é nada quando se está com você.-- Sorri e beijei seus lábios em um beijo calmo.
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Portrait (Brumilla)
Fiksi PenggemarLudmilla Oliveira, uma garota de dezessete anos, destinada à estudar em uma das melhores faculdades da grande Londres, tirou a sorte grande por ser aceita na Harvard ao lado da sua melhor amiga Patrícia Cristal. O que ela não sabia, era que o destin...