Pv.BrunnaE novamente mais duas semanas haviam passado, o ano está realmente voando como um pássaro despreocupado.
A relação entre Ludmilla e eu só vai de mal à pior, é como se nunca nos dermos bem, mas eu não estava preocupada com isso.
Eu estava preocupada com a mensagem que eu acabei de receber da minha outra melhor amiga.
-- Caio sai hoje.-- Lari
Caio sai hoje, da cadeia, e eu sei que ele irá me procurar, eu tenho certeza disso.
-- Brunna,você pode me ligar?-- Lari
Fiz sem pensar, disquei o número da minha melhor amiga e logo estávamos na linha.
-- Hey Lari, boa tarde.-- Falei ao atender.
-- Você está muito ocupada? Pode sair para algum lugar privado?-- Perguntou e no seu tom de voz tinha preocupação.
-- Claro, vou para o banheiro.-- Me levantei e dei a volta no balcão e fui para o banheiro, Ludmilla não estava lá -- Fala.
-- Recebeu minha mensagem?-- Fiz um som nasal. -- Não para por aí, ele ia sair hoje, porém...
-- Por que ia? Ele não vai sair mais?-- Perguntei esperançosa.
-- Bom...Não, ele foi condenado à cinco anos de cadeia, por...Brunna eu não vou conseguir dizer isso.-- Franzi a testa.
-- Fala logo Larissa.-- Falei irritada.
-- Ele confessou ter matado...Sofia.-- Meu coração errou a batida.
-- Está maluca? Ludmilla matou Sofia, não Caio, que maluquisse é essa?-- Perguntei irritada e uma ânsia de vômito me bateu.
-- Irei te enviar o vídeo, espero que você e Ludmilla se acertem depois disso.-- Desligou.
O celular escorregou da minha mão então me agachei vomitando tudo que havia no meu estômago.
Minutos depois, senti meu cabelo ser amarrado em um rabo de cavalo e uma mão na minha testa.
Olhei de canto e vi que era Ludmilla, empurrei-à e me sentei longe dela.
-- Não.-- Falei passando as costas da mão sobre meus lábios.
-- O que aconteceu? Eu estava saindo e ouvi você vomitar.-- Disse preocupada, até parece.
-- Só foi um enjoo.-- Levantei e lavei minhas mãos e minha boca.
-- Claro que foi, quer ir ao médico?-- Perguntou e eu iria responder se não fosse pelo apito do meu celular.
Me agachei rapidamente para pega-ló e vi uma mensagem de Larissa no visor, fechei os olhos e levei o celular até minha testa, isso não está acontecendo, não está.
-- Você pode me deixar sozinha?-- Perguntei baixinho.
-- Cla-claro, qualquer coisa, me chame.-- Disse com o tom de preocupada novamente e logo saiu.
Fechei a porta dessa vez e me sentei contra ela, suspirei e desbloqueei o celular que já estava no chat de Lari.
Cinco minutos, longos cinco minutos para carregar a droga do vídeo e eu já estava morrendo.
Quando carregou pensei "é agora", então cliquei para abrir.
Uma parede branca e o pedaço de uma cadeira em prateado apareceu, de repente, Caio se jogou na cadeira e ajeitou os cabelos, ele usava um macacão amarelado com detalhes pretos.
-- Oi, você que está assistindo isso, eu demorei muito provavelmente para entregar esse vídeo, mas eu preciso desabafar.-- Ele passou as mãos no cabelo novamente -- Bom, eu me chamo Caio Mahone, e atualmente tenho dezoito anos, à alguns meses, minha ex-namorada Brunna Gonçalves, conheceu uma garota, Ludmilla Oliveira.-- Meu coração errou a batida -- Se você assistir esse vídeo Ludmilla, me perdoe, mesmo, estou falando isso de coração, Brunna.-- Ele suspirou e olhava para câmera como se olhasse para mim
-- Eu matei Sofia.-- Meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração se apertou -- Como? Tenho certeza que é isso que você está se perguntando, você sabe, eu sempre fui possessivo em questão da sua companhia e atenção, Ludmilla estava roubando tudo isso de mim, por algum tempo, achei que vocês estivessem namorando, então eu à segui, na noite do acidente, e...Foi o meu carro que bateu contra o dela, eu não sabia que Sofia estava no carro, mas sabia que Ludmilla estava, a batida foi feia para o lado dela, não para mim, deixei o carro da forma que bateu e saí correndo sem olhar para trás.-- Eu chorava como uma criança, soluçava e só queria que aquele vídeo acabasse logo -- Quando me deram a notícia que Sofi havia morrido em um acidente de carro e Ludmilla Ludmilla estava no volante, céus, eu pensei em você, eu pensei na merda que fiz, eu pensei nos seus pais, eu sinto muito Bru, eu realmente sinto, mas eu não queria atingir a sua irmã.-- Ele chorava -- Saiba que eu te amo ok?Espero...Espero que me perdoe.-- Se inclinou e desligou a câmera.Meus olhos ardiam, minha garganta também, meu peito tinha um aperto tao grande, que eu achei que iria morrer naquele momento.
-- Brunna? Brunna abre essa porta.-- Ludmilla batia na porta do banheiro e mexia na maçaneta agressivamente, eu só chorava -- Eu vou arrombar essa porta se você não abrir.-- Gritou batendo com mais força.
A última coisa que eu queria, era dar mais um prejuízo para ela, me levantei secando minhas lágrimas mas elas caíam cada vez mais, e eu ainda soluçava.
Abri a porta e uma Ludmilla furiosa estava ali, até se tocar que eu estava realmente chorando, sua expressão suavizou para preocupação.
-- Bu...O que aconteceu?-- Perguntou dando um passo.
Sem falar nada, pulei em seus braços procurando conforto no seu abraço, porque sempre foi ali que achei o melhor conforto, ela sempre foi o meu abrigo.
-- Shhh, vai ficar tudo bem, eu não sei o que foi, mas vai ficar tudo bem.-- Ela dizia enquanto acariciava meus cabelos. -Você quer ir para casa? Quer que eu te leve?-- Assenti, assenti sem falar nada.
Em um movimento rápido, Ludmilla me pegou no colo e entrou no elevador comigo, ela sempre tratou assim, como uma criança, e apesar de eu sempre brigar por conta do peso do meu corpo, ela parecia que estava carregando uma sacola com doces dentro.
Olhei para seu rosto e ela estava séria, olhando para a porta que à qualquer momento iria abrir.
E quando isso aconteceu, senti o cheiro de lavanda, era o cheiro do estacionamento. Ela me levou até seu carro e me colocou sentada no banco do passageiro e colocou meu cinto.
Logo ela estava dirigindo pelas ruas de Londres até minha casa, e eu só chorava.
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Portrait (Brumilla)
Fiksi PenggemarLudmilla Oliveira, uma garota de dezessete anos, destinada à estudar em uma das melhores faculdades da grande Londres, tirou a sorte grande por ser aceita na Harvard ao lado da sua melhor amiga Patrícia Cristal. O que ela não sabia, era que o destin...