Capítulo 20

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Pv.Brunna

Agora provavelmente já é madrugada, eu sentia a falta do calor de Ludmilla ao meu lado, e isso me fez despertar mais. Sentei na cama coçando os olhos e olhei ao redor, nada, puro silêncio.

Senti um frio percorrer todo meu corpo e olhei diretamente para a sacada, estava com a porta aberta.

Levantei e fui até a porta, Ludmilla estava recostada no parapeito, de costas para mim, e olhava fixamente para um cigarro que estava entre seus dedos.

-- Desde quando você fuma?-- Perguntei e ela deu um pulo.

-- Puta que pariu.-- Colocou a mão no peito -- Quer me matar e ficar com o meu dinheiro é?-- Disse assustada e eu sorri de lado -- Eu...Bom...Não fumo à dois dias.-- Jogou o cigarro fora.
-- Por que acordou?-- Se aproximou.

-- Senti frio.-- Disse olhando para ela que sorriu.

-- E levantou? O edredom é bem quente senhorita, próxima desculpa, mais convincente dessa vez.-- Dei um soco em seu braço -- Au.-- Disse passando a mão em cima.

-- Não é uma desculpa babaca.-- Saí de perto dela que entrou também fechando a porta de vidro.

-- Poxa, você não batia forte assim antes.-- Choramingou e eu sentei na cama -- Está tendo aula de jiu jitsu?-- Perguntou em deboche e eu queria socar a cara dela dessa vez.

-- Cala a boca, eu ainda estou com sono e a culpa foi sua.-- Deitei me enrolando no edredom e Ludmilla riu deitando em cima de mim.

-- Confessa que sentiu minha falta.-- Disse baixinho próximo à minha orelha e mordeu o lóbulo.

-- Você se acha.-- Falei baixinho.

-- Confessa logo.-- Falou apertando minha cintura e eu suspirei.

-- É...Ok? Eu senti sua falta, mas para de se achar.-- Ela riu e beijou meu pescoço.

-- Eu adoro o seu perfume.-- Disse mordendo o meu pescoço -- Faz um par perfeito com o cheiro dos seus cabelos.-- Subiu até minha testa deixando um beijo ali -- Com a cor dos seus olhos.-- Me encarou -- E o gosto dos seus lábios.-- Disse fitando minha boca e eu umedeci os lábios de propósito.

Ludmilla se inclinou e tomou meus lábios com os seus, um beijo calmo, que demonstrava o significado das suas palavras: amor.

Abracei seu pescoço com o braço esquerdo e apertei seu ombro com a mão direita.

Ludmilla me beijava de uma forma tão lenta, que eu sabia que ela queria sentir cada segundo daquele beijo. Nossos pulmões pediram ar, e então nos afastamos, fitando os olhos uma da outra.

-- Eu tento me controlar, mas é impossível.-- Disse voltando à beijar meu pescoço e deixou um chupão ali.

-- Você se controla porque quer Ludmilla.-- Apertei seus braços quando ela fez mais um embaixo do primeiro.

-- Já disse qual a minha opinião sobre isso.-- Fez outro mais em baixo.

E depois mais e mais até chegar no meio dos meus seios, ela continuou ali, como se tomasse coragem para fazer alguma coisa.

Senti sua mão se mover por debaixo do edredom, e quando seus dedos tocaram a pele da minha coxa, tomei um pequeno choque por estar quente e ela gelada.

Sua mão logo estava visível aos meus olhos, massageando meu seio esquerdo, enquanto seus lábios continuavam a brincar no meio deles.

Meu corpo ficou em estado de gelatina quando Ludmilla ergueu o olhar, foi como se eu houvesse tomado um tiro ou sei lá, ela percebeu o efeito que surtiu e deu um sorriso de lado.

Mordi o lábio sentindo suas mãos ágeis brincarem com meus seios, aquilo estava tão bom, eu poderia gozar só com esse contato, mas eu não o faria.

Eu sabia que Ludmilla estava tão excitada quando eu agora, então puxei seus ombros para cima e beijei seus lábios invertendo as posições. E como eu imaginava, ela estava excitada.

-- Não acho essa posição uma boa escolha.-- Ela disse corando.

-- Eu não vou fazer nada.-- Beijei seu pescoço sentindo sua ereção roçar contra minha intimidade -- Eu tenho que te fazer uma pergunta.-- Falei me afastando minimamente para fitar seus olhos.

-- O que foi?-- Perguntou jogando meus cabelos para trás.

-- Você não me acha atraente?-- Perguntei e ela franziu a testa.

-- Que pergunta idiota, óbvio que eu te acho atraente, atraente é pouco para o que acho de você.-- Ela revirou os olhos.

-- E por que não fazemos isso de uma vez?-- Perguntei impaciente.

-- Porque não.-- Abraçou minha cintura e tentou morder meu lábio mas eu me afastei.

-- Não quero te beijar também.-- Tentei sair do seu colo.

-- Para com isso Brunna, eu já disse que quero que seja especial.-- Revirei os olhos e beijei a ponta do seu nariz.

-- Ok, boa noite.-- Saí de cima dela e deitei virada de costas para ela.

-- Bru, para.-- Disse me abraçando e eu tirei seu braço da minha cintura.

-- Boa noite Ludmilla.-- Falei irritada.

-- Para de ser assim, eu quero que aconteça naturalmente.-- Disse manhosa.

-- Naturalmente o caralho, meu pau.-- Falei irritada e ela riu.

-- Eu tenho pau aqui, você não.-- Dei um tapa para trás -- Ai, acertou meu rosto.-- Dei de ombros e ela me abraçou dando risada -- Chata.-- Beijou meu pescoço e foi impossível não sorrir.

Flashback On

Estava sentada no campus lendo um livro qualquer, até que senti um vento e Ludmilla pulou por cima de mim e caiu à minha frente me fazendo levar as mãos até a boca.

-- Eu estou bem.-- Ela disse rindo e se sentando -- Oi.-- Disse sorrindo e seu cabelo estava bagunçado e tinha grama em seu rosto.

-- Oi babaca.-- Falei me inclinando e limpando seu rosto -- O que você quer?-- Perguntei indo para perto dela e sentando em seu colo de lado.

-- Quero que durma comigo hoje.-- Disse sorrindo.

-- Não.-- Falei fazendo um bico.

-- Eu não estou te convidando, isso é uma ordem.-- Disse sorrindo e eu beijei sua testa.

-- Eu vou, mas se você me tocar à noite, ou eu sentir algo diferente em baixo do edredom, eu vou te castrar.-- Falei serrando os olhos.

-- Eu não tenho um pau, juro.-- Disse rindo e eu abracei seu pescoço.

-- Se peguem.-- Troye gritou passando por nós e Ludmilla revirou os olhos.

-- Vamos dormir de conchinha.-- Disse animada.

-- Iiih, pode ir esquecendo, não quero nada em contato com minha bunda.-- Ela gargalhou e escondeu o rosto na curva do meu pescoço.

-- O máximo que você poderia sentir, serão minhas mãos baby, não se preocupe, o pior já passou.-- Soquei seu braço duas vezes seguidas e ela riu.

-- Sua tarada.-- Ela continuou rindo e eu socando seu braço.

Flashback Off

-- Eu te amo Bu.-- Ludmilla sussurrou sonolenta.

-- Eu amo você Lud.-- Respondi sorrindo e ela me apertou mais contra o seu corpo.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora