Capítulo 11

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Pv.Ludmilla

Tirei Brunna do carro e ela ainda chorava muito, à levei para dentro de casa no colo e à coloquei deitada no sofá.

Ela chorava e chorava, e apenas isso, meu coração estava se apertando em ver que ela não pararia.

-- Bu você...

-- Foi o Caio.-- Disse soluçando.

-- O que tem Caio?-- Perguntei já me irritando, eu odiava aquele garoto.

-- Ele matou a Sofia.-- Disse voltando a chorar ainda mais.

Um choque passou por todo meu corpo, eu posso dizer, que agora, todos os músculos do meu rosto, morreram.

Caio matou Sofia, Caio matou a Sofia, e eu levei a culpa nas minhas costas durante anos, fui privada de viver ao lado da mulher que eu amo, por culpa daquele traste do inferno.

-- Fala alguma coisa.-- Ela pediu baixinho entre o choro.

Eu não conseguia dizer nada, não conseguia dizer absolutamente nada, apenas me levantei no modo automático e caminhei até sua porta.

-- Ludmilla.-- Ela me chamou desesperada -- Fica, por favor, fica.-- Eu continuava de costas para ela, fechei os olhos com força e falei.

-- Não.-- Abri a porta e saí sem que ela pudesse ter a chance de falar algo.

Minha visão estava turva, eu poderia entrar em um colapso à qualquer momento, mas eu só o faria, quando chegasse em casa.

Pv.Brunna

"Não", foi a última palavra que à ouvi falar antes de sair pela porta.

Eu me desesperei, me desesperei no exato momento em que me senti rejeitada por ela, e chorei ainda mais, sentindo minha garganta queimar.

Ela havia ido embora, ido embora porque agora, ela sabia que a culpa não era dela, ela ainda estava tentando organizar as ideias na cabeça dela e talvez, ela estivesse me dando um tempo para pensar se eu à queria por perto ou não.

A porta se abriu em um solavanco e eu olhei rapidamente esperando que fossem os meus olhos Caramelo ali, mas não era.

-- Bru, por Deus.-- Ohanna correu até mim me puxando para um abraço e logo Larissa se juntou à nós.

-- Vai fica tudo bem, para de chorar, vai ficar tudo bem.-- Lari disse e eu continuei chorando.

Não ia ficar tudo bem, eu ofendi Ludmilla das piores formas possíveis, eu à tratei mal, fiz dela um cachorro invés de ouvi-lá corretamente.

Ela tentou me explicar tanto, me explicar, me fazer abrir os olhos que a culpa nunca foi dela, e droga Brunna, o que você tinha na porra da sua cabeça? Era um cruzamento, ela não iria cometer suicídio para matar sua irmã. À troco de que? À troco da minha infelicidade ela faria isso?

Ludmilla sempre foi a primeira pessoa à pensar na minha felicidade, ela sempre foi a garota que todos ao redor, achavam que seria a minha namorada, que diriam que ela sim, valia à pena, e outros diziam que ela estava me acostumando mal com seus mimos.

Flashback On

-- Batata frita? Não Brunna, você não vai comer isso.-- Disse séria.

-- É só batata frita Lu, nada demais.-- Ela negou e tirou o potinho da minha bandeja.

-- Coisas saudáveis, por favor.-- Pediu como um cachorrinho e eu assenti.

Ela sorriu vitoriosa e trocou as batatas fritas por vinagrete, olhei para aquele monte de folha e olhei para ela.

-- Vou me sentir uma largata.-- Falei andando e ela vindo atrás.

-- E eu serei seu casulo.-- Disse no meu ouvido antes de sentar à minha frente.

-- Oligay.-- Ouvi alguém gritar e pular ao meu lado sentando no banco -- Oi Brunninha.-- Rômulo.

-- Oi Rômulo.-- Falei comendo.

-- Eu queria te convidar para o baile, topa?-- Ouvi Ludmilla bufar.

-- Vaza Rômulo, você sabe que ela já tem um par.-- Disse e eu olhei para ela interrogativa.

Tenho? Ela nunca me chamou para sair e agora estava "me convidando".

-- Brunna, qual o tamanho do pau da Ludmilla? Porque você grudou nela como um carrapato.-- Ludmilla levantou desferindo um soco no braço de Rômulo que levantou rindo.

Minhas bochechas esquentaram totalmente por lembrar que eu já havia me perguntado quantos centímetros ela tinha.

-- Babaca.-- Ela disse quando ele havia saído -- Não fique com vergonha Bu, eu serei seu par com muito prazer.-- Disse sorrindo e eu suspirei, o sorriso dela era o mais lindo que já vi.

Flashback Off

-- Me deixem sozinha.-- Falei levantando e Ohanna junto com Lari vieram atrás de mim.

-- Você sozinha nesse estado, é o mesmo que cometer assassinato.-- Lari disse e eu dei de ombros.

-- Podem ficar na porta do quarto ou na casa, eu só preciso pensar.-- Entrei no quarto e fechei a porta na cara delas.

Me joguei na cama com a cara nos travesseiros fofos e me permiti chorar, lembrando de todas coisas bobas que Ludmilla e eu passamos.

Flashback On

-- Brunna.-- Ela gritava com a voz grossa enquanto eu estava sentada em cima da sua bunda gargalhando
-- Brunna sai de cima.-- Gritou novamente.

-- Está macio aqui.-- Falei quicando.

-- Você está machucando meu pau.-- Gritou e eu caí para o lado na cama
-- Porra.-- Disse virando e levando as mãos até a frente do seu short.

-- Desculpa.-- Pedi fazendo beicinho.

-- Tá, está tudo bem.-- Me puxou para ficar perto dela.

-- Você vai brigar comigo de novo?-- Perguntei manhosa.

-- Não, me desculpa ter gritado com você e xingado, eu sei o quanto odeia quando eu xingo você.-- Assenti e deitei a cabeça no seu peito.

Flashback Off

Suspirei enxugando as lágrimas e fui pegar meu celular no criado mudo e ele acabou caindo em baixo da cama.

Apoiei meu corpo em cima dela e fiquei de cabeça para baixo para pega-ló.

Peguei o celular e vi um pequeno porta retratos, me estiquei mais à fim de pega-ló.

Quando capturei, assoprei onde tinha a foto e o choro novamente me veio à tona.

Era uma foto minha com Ludmilla e Sofia, beijei a foto e comecei a chorar novamente.

-- Eu te amo Sofi.-- Sussurrei acariciando seu rosto naquele retrato.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora