Um soco bem forte de direita foi dado por Daryl no rosto magro de Randall. Era um pouco agonizante assistir aquela sessão de tortura. Até porque ele devia ter minha idade, mais ou menos. Mas precisavamos arrancar informações. A cada soco que o rapaz levava, ele ria.
- Escuta aqui, muleque - Dixon levantou ele pela gola - É melhor você começar a falar. Precisa rezar para o que caralhos você acredita porque só eu estou pondo a mão em você. Se fosse aquela li - apontou para mim - Aquela ali cortava seu pinto fora. Desembucha.
Estavamos no celeiro a um tempo. Eu fazia umas perguntas, mas o garoto nem ligava.
- Eu já te disse - falou cuspindo sangue.
- Você não disse nada. - dei um chute em seu pênis já que meu braço estava ainda se recuperando.
- Eu mal conheci aqueles caras.
- Porque andava com eles então? Um encostou na minha bunda, outro atirou em mim. Qual é a de vocês? - falei nervosa.
- Eu os conheci na estrada - falou ofegante.
- E quantos tem de vocês? - perguntou Daryl tirando uma faca de seu coldre e enfiando no meio das pernas dele, estancou a faca na madeira do chão.
- TRINTA, mais ou menos trinta.
- Aonde? - perguntei puxando um de seus curativos.
- AAAAAAAAA, eu não sei, não ficamos mais do que uma noite no lugar.
- E estão pensando em ficar por aqui? - insistiu Daryl.
- E-eu não sei, eles me deixaram para trás - respondeu tremendo. Com a minha mão boa desci para a parte da frente de sua calça jeans, apertei suas bolas - AAAAAAAAA.
- Se tem uma coisa que aprendi nessa vida, Randall, é que homens só aprendem a falar quando os culhões deles estão em perigo. Eu vou pegar essa faquinha linda aqui e tirar suas bolas, o que acha? - apertei mais forte.
- TUDO BEM, eles tem armas, material pesado, automáticas. - D socou ele novamente - M-mas eu não f-fiz nada.
- Seus amigos atiraram nela, e ninguém mexe com a minha morena, palhaço - sorri de leve, como poderia me sentir envergonhada uma hora dessas? - Você só estava com eles "para curtir"?
- Está tentando se pagar de inocente? - perguntei rindo.
- E-EU TO. Eles s-são verdadeiramente mals. U-uma vez saímos para vasculhar, só os homens, achamos um acampamento, um homem com duas filhas - um calafrio subiu na minha espinha - adolecentes sabe? Muito novas, muito bonitas - minha respiração começou a acelerar, já sabendo o que vinha pela frente - O pai delas teve que assistir e-enquanto esses c-caras ... Nem sequer o mataram depois disso - senti uma lágrima descendo. - Eles só, só, o pai, é - ele estava tremendo pelas lembranças - Mas eu juro que não toquei nelas - chutei suas bolas.