2

3.1K 294 11
                                    

Banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Banho.

Acoisa mais difícil de achar num apocalipse zumbi. Mas graças a Deus ou quaisquer as forças que  intervém por nós, permitiram que tivessemos banho na prisão.

Separei uma calça de moletom e um top preto. Peguei uma toalha do varal e me dirigi para o chuveiros, já tinha alguém lá. Rezei para que fosse ele.

- Olá? - perguntei tirando a roupa.

- Morena? - yes.

- Oi, onde você está? - eu sabia aonde ele estava.

- Você sabe aonde eu estou - ri.

- Sei - bati na única porta fechada - Abre aí. - ele abriu, não deixei de passar os olhos por todo seu corpo, nem ele pelo meu. Entrei e fechei a porta. - Você precisa tomar uma decisão, Daryl Dixon - falei puxando seu rosto para perto do meu.

- O-o q-que s-seria? - falou olhando fixamente para meus lábios.

- Vai me beijar ou não? - no segundo seguinte senti a pressão da sua boca contra a minha, sua língua invadindo e rodando, me deixando de pernas bambas. Passei o braço pelo seu pescoço e ele pela minha cintura, gemi pela força com que ele apertava contra ele. Tirei o cabelo molhado de seu rosto, dei um selinho e desci beijos para seu pescoço. - Cheiroso - ele gemeu. Se pegamos mais um pouco, senti sua ereção contra minha barriga - Acho que deu por hoje, pode sair. - ele bufou.

- Vai me deixar na mão?

- Ah, eu vou sim.

- Filha da mãe - falou meio rindo, cobrindo sua parte íntima com as mãos e saindo do box. Eu ri.

🧟‍♀️💛

Não falei com Dixon desde o acontecido de ontem. Eu, Rick, T, D e Carol estávamos nos portões da frente.

- Bom, vamos arrumar os carros e juntar os corpos todos em um canto para queimar - disse o líder.

- Vai ser um longo dia - disse o T-Dog me fazendo rir.

- Cadê o Glenn e a Maggie? Precisaremos de ajuda. - disse Carol.

- Estão lá na torre de guarda - apontei para lá - O CASAL, DESCE AE. - quando eles apareceram na sacada ajeitando suas roupas todos caímos na risada, olhei para Daryl que me encarava.

 Voltei ao meu trabalho de arrastar os corpos. Vi ao longe o grupo discutindo sobre se devemos deixar os prisioneiros ficar com a gente ou não. Mas eu decidi que não queria participar decisivamente das decisões. Não queria que a culpa caísse sobre mim. Olhei para trás e chamei o grupo.

- OLHEM LÁ - era o Hershel de pé se apoiando em muletas. Lori, Carl e Beth estavam ao seu entorno.

- MANDO BEM HERSHEL - disse o coreano.

- Shhhh - falou Daryl e em seguida apontou para os zumbis - Comemora mais baixo. Esse cara é duro na queda.

- Cara a gente não pode ter um dia bom? - disse Glenn. Todos os olhavamos felizes, até que vi uma movimentação estranha. Franzi o cenho. E apertei os olhos para ver se enxergava o que vinha por trás.

- ZUMBIS - todos me encararam - LÁ CARALHO, FUJAM. - nisso os mais próximos de Hershel viraram para trás, era real, uma horda mediana se aproximava. Todos começamos a correr em direção a eles.

- SAIAM DAÍ - gritou o xerife. Uns atiravam, eu tentava matar o máximo que consegui com a minha katana. Muitos começaram a me seguir, eu não ia dar conta, fiquei preocupada com os outros, mas precisava correr. No caminho minha katana caiu no chão.

Corri até um bloco de celas, não sei qual, e fui me afastando e fugindo dos zumbis. Uma porta estava entre aberta, entrei e fechei. Me reencostei na porta e respirei fundo, estava tudo escuro.

Puta merda.

 Uma solitária.

São aquelas celas que os presos mais perigosos ficam, e não conseguem sair por dentro. Fudeu. Se ninguém me procurar, vou morrer aqui.

Ouvi do nada uma sirene. Isso era um enorme problema pois atrairia mais deles. Dei um chute na porta.

- PORRA, ALGUÉM AÍ? - era difícil entender, mas eram só gemidos dos errantes. Eu claustrofóbica como sou, me desesperei. Comecei a chorar, chorar intensamente, lembrando das crueldades que eu passava na infância. - P-POR FAVOR, A-ALGUÉM ME A-AJUDA. - gritava e esperneava. Mas nada parecia funcionar. 

🧟‍♀️💛

Acho que um dia se passou. Eu estava encolhida em um canto. Tremendo inteira. Ninguém vai me achar, eu vou morrer, aqui sozinha, no escuro, no frio. Ouvi passos, mas não tinha forças para pedir por ajuda, estava rouca de tanto gritar.

De repente a porta foi aberta.

- Annabeth - veio correndo me abraçar - D-disseram que você estava morta - comecei a chorar.

- M-me t-tira d-daqui - pedi tremendo com a voz baixa. - ele me ergueu em seus braços.

- Vai ficar tudo bem, morena, estou com você agora. - me encolhi em seus braços chorando desesperada. Não falei mais nenhuma palavra. Só repassando as coisas que aconteceram na minha vida. Chegamos para bem perto do nosso grupo.  - E-ela, ela está viva - disse sem folego, todos vieram para cima de mim.

...

- Bom, Ann, vou contar o que aconteceu - disse Maggie lavando meu cabelo, ela falou que ajudaria no banho. - T-dog faleceu, Lori deu a luz, a uma meninha linda - fui processando as informações - M-mas e-ela também m-morreu. - eu não falava nada, eu não conseguia falar. - Tudo bem se não quiser falar nada, e explicar o porque do nada estar muda assim - engoli em seco. - Só não se afasta da gente, tudo bem?

Após o banho fui para minha cela.

- ANN, Você está bem? Fiquei muito preocupado - disse Alex me abraçando. Não falei nada, simplesmente me soltei do abraço, tranquei a cela e deitei na cama .

Revirei de um lado pro outro na cama tentando dormir, mas não conseguia relaxar. Ouvi sons de passos e a grade foi aberta. Ele entrou. E sem nem pedir, subiu na beliche, deitou ao meu lado e puxou minha cabeça para seu peito.

- Eles não sabem o que aconteceu. Mas eu sei. Sei sobre a sua fobia. Me desculpe não ter te achado antes - uma pausa - A real é que me disseram que você havia morrido. E eu não fiz nada nas últimas horas a não ser chorar - abracei-o, ele começou a fazer carinho nos meus cabelos. - N-não podia aceitar o fato de você ter só, desaparecido dos meus braços assim - o apertei. - Hoje buscamos suprimentos para a bravinha.  Ela é muito fofa, amanhã quando você estiver melhorzinha, pode pegar ela no colo. - me apertou. - Mas por agora, descança. Dorme. - e assim eu fiz.

brunette, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora