Capítulo 1

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Alisson Avery

-Espere!- eu começo a ir atrás dele.- Você não pode fazer isso, Sr.Smiths!

-Estou adaptando você.- ele fala andando.- E minha aula já acabou, Srta.Avery.

-Eu não posso fazer o designer sozinha?- arrumo meus livros nós braços.

-Não, trabalho em grupo é essencial.- ele bufa.- Faça o trabalho com o Travis.

-Mas...

-Meu horário de aula acabou.- ele me encara.- Faça o trabalho.

Ele começa a ir embora de novo e bufo com raiva, olho envolta pensando no que fazer agora, mas não consigo pensar em nada para fazer.

Então começo a andar pelo campus e vou até o café que sempre vou, deixo minhas coisas em cima da mesa de centro e sento em uma poltrona verde escura.

Apoio meus braços nos braços da cadeira e suspiro cansada, agora eu ia ter que fazer o trabalho com um cara que não conseguia nem receber uma opinião.

O professor de publicidade me odiava.

Não aguento mais ficar ouvindo Travis nas aulas, agora eu tenho que ficar ouvindo ele reclamar enquanto fazemos esse trabalho estúpido.

-O que vai querer?- a garçonete chega.

-Um café com leite.- murmuro.

-Ok, algo mais?- ela anota.

-Um bolinho.- abro a bolsa.- Para a viagem.

-Ok.- ela começa a se distanciar.

Pego meu telefone e vejo as mensagens do meu pai primeiro, observo as fotos que mandou de Maddy, todo dia eu falava com ela, mas mesmo assim...

Ela crescia a cada dia mais, parecia estar tomando algo para o crescimento, e a criança era tão bonita que até eu ficava meio triste.

Depois vejo as mensagens de Quinn, dizendo que ia para uma festa amanhã e que não ia ter nenhum jogador de futebol por que era na República dela.

-Festa...- murmuro.

Esses anos eu consegui me liberar mais, tive acompanhamento psicológico que a própria faculdade pagava, então era uma evolução.

A única coisa mesmo era jogadores de futebol. Primeiro por causa do colégio e então por causa de tentar ignorar Nick, que estava sendo um bom plano.

Dois anos e nada...

Não sei se ficava feliz ou triste. Ainda sim com a distância os pais dele podiam descobrir de alguma forma. E meu pai estava finalmente conseguindo subir na carreira dele.

Respondo para Quinn que vou e ela responde com uma carinha feliz, sorrio guardando o celular e pegando o dinheiro quando a garçonete se aproxima.

Me levanto dando o dinheiro para ela e pegando minhas coisas, guardo o bolinho para quando chegar no dormitório e tomo um pouco do café.

Ouço algumas risadas masculinas me chama a atenção e arregalo os olhos entrando de novo na cafeteria e batendo contra alguém.

-Opa.- ele segura meus braços.

-Desculpa.- tento sorrir.

-Tudo bem, o café é o mais importante.- ele aponta para o copo de isopor.

Eu sorrio e olho por comando ombro vendo que os jogadores de futebol já passaram. E aí você viu dois anos inteiros da minha vida ignorando atletas.

Acordo Com O InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora