6 - Olívia e alucinação- parte I 🌶️🌶️

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Um salve para eduardarosete que entende meu boy

Aviso de momentos +18

- Por que você decidiu fazer isso? - Olívia pergunta enquanto rascunho o desenho no papel.

- Sei lá, a mãe falou que queria fazer uma coisa legal no apartamento agora que vai alugar por temporada e pedi pra tentar.

- Desculpa não ter ido à sua festa de niver, foi chato da minha parte, mas tava na bad.

- De boas Olívia eu entendo - porra nenhuma! Faço 18 em breve e agora é que ela me pede desculpas - A Vi falou que você tinha terminado com o idiota.

- Eu tava mordida, você tinha razão, o cara era um idiota! - ela responde.

Eu sei, sou um detector de cuzão. Na hora que vi o cara te tocar queria arrancar a cabeça dele, mas aparentemente seria crime.

- Posso te ajudar?

- Claro! - mostro o desenho que fiz e me ponho de pé com a papel nas mãos - eu queria que os prédios parecessem só rascunhados, saca? Cinza de cima em baixo, vários tons de cinza e um céu pesado quase noturno - vou explicando e ela me acompanha.

Olívia tira o casaco branco que tá usando com a justificativa de protegê-lo do grafite, tá com a tradicional blusinha branca de alças finas. Trocou seis por meia dúzia, mas tudo bem.

Quando os primeiros prédios começam a ganhar altura vou acompanhar o trabalho dela, porra, tá melhor do que o meu, me apoio na escada e ela faz gesto para que eu tome cuidado. Poderia simplesmente jogar a mina no chão e fazer cócegas até se mijar, como era antes, mas agora nos vemos pouco, não sei se ainda tenho essa intimidade.

- Tá olhando o quê? - pergunta.

- Eu sinto sua falta. - respondo - Te via tanto que enchia o saco, agora não tenho ninguém pra dividir os dramas da Vi! - ela sorri e concorda com a cabeça. Vou ao banheiro e quando retorno Olívia está colocando o alarme na porta - Por quê? - pergunto preocupado.

- Relaxa, só pra gente ficar tranquilo - sorri colocando a mão no bolso de trás - a Vi tem me contado de você, mas não me disse que seu cabelo tá ficando mais claro. - sorrio levando a mão aos fios, levo fé que vou ficar com o louro sujo da vó Elinor.

Sobe na escada, retoma a pintura e volto ao meu lugar. Duas horas se passam e meus braços estão exaustos, sento olhando Olívia, faz dois anos que nos mudamos para Brasília, dois anos sem a amiga e vizinha que, para minha surpresa, ficou gostosa.

Como as mulheres fazem isso? Um dia você faz campeonato de pum com elas e no outro se pega babando nas curvas que a roupa desenha. E nos cachos agora longos.

- Tá olhando o quê? - pergunta virando de uma vez e se desequilibra.

Fui rápido o suficiente para segurar a escada de metal.

- Tudo bem? - pergunto dobrando a porra, precisamos de um descanso mesmo.

- Tô, você?

Por alguma razão completamente desconhecida, dou três passos, estamos tão perto que sinto seu hálito, a pele macia quase não tem poros, a língua umidece os lábios rosados e os cachos sedosos desenham o rosto que conheço tão bem.

Quando dou por mim nossas bocas colidem e sinto sua língua quente acariciando a minha. Suas mãos tomam meu rosto e descem para os braços, no princípio me acaria, depois aperta de um jeito desconhecido. Por instinto nos levo à parede mais próxima, nosso beijo não é lento, é cheio de vontade e apressado.

FredOnde histórias criam vida. Descubra agora