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EU VOU CONTINUAR O ROMANCE DA MINHA AVÓ. Sou acordado pelo meu inconsciente que me pergunta, aos gritos, se dou conta de semelhante responsabilidade, mas ignoro os berros porque estou de péssimo humor. Dizer adeus para a nonna é uma merda e odeio Brasília.

Tomamos café da manhã, mas Olívia não está na cozinha, bato os olhos no espelho do banheiro, confiro o hálito, penteio os cabelos e sem camisa vou ao quarto dela, entro sem bater. A Pallaoro tem os olhos inchados e vermelhos.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto chegando mais perto.

- Como foi sua noite? - yep, tá chorando por causa de mim.

- Como foi a sua? - Não responde, enxuga as lágrimas e olha pra mim.

- Você tá me ignorando por meses, não fala comigo, ou responde mensagens - não quero mais segurar - e quando tô aqui me trata como se eu não significasse nada pra você!

Permanece muda, mas lágrimas silenciosas escorrem e tá furiosa porque o pescoço tá ficando vermelho. Aproximo me até não sobrar espaço entre nós, encaro os olhos castanhos e ela foge, me dá as costas, mas antes que se afaste seguro a garota pela cintura e caímos os dois na cama.

Ela tenta me empurrar, mas a pressão que faz com o bumbum, diretamente na minha virilha, tem outro efeito. Beijo seus cachos bonitos e inalo o perfume de suor e sabonete.

Foda-se, chega de paciência com a Olívia. O cheiro da garota me excita sem explicação, beijo seu pescoço até alcançar a orelha e devagar mordo o lóbulo, as lágrimas escorrem sobre o travesseiro e vão diminuindo a cada mordida.

Estive com duas mulheres lindas, ao mesmo tempo, e nem uma delas fez meu coração quase sair do peito como agora. Por que Olívia faz isso com meu corpo? Por que faz questão de foder com minhas ideias!

- Você queria estar comigo ontem? – pergunto baixinho no seu ouvido, mas continua muda – poderia ter sido você – pressiono minha ereção contra seu bumbum – teria trocado qualquer mulher por você, uma palavra sua e seria sua boca em mim, principesca - já não chora, a respiração é agitada, vou e volto me pressionando contra seu bumbum - eu ia foder sua boca a noite inteira – geme baixinho, aprovando o que ouve - Você sente saudades? – pergunto indo com mais força – saudades da sensação? - permanece calada, mas assente positivamente com a cabeça.

Uma das minhas mãos agarra o seio esquerdo esmagado contra o colchão e a outra desliza pela barriga até alcançar o sexo, meu dedo indicador não demora a encontrar o tesão da mina. Desgraça de garota turrona e cabeça dura.

- Quer que eu pare?

- Continua! - diz baixinho.

 – Então fala que me quer - digo devagar, baixinho no seu ouvido - que pensa em mim como penso em você... - mas não me obedece, faço círculos ao redor do clitóris e Olívia quase derrete, não era tocada há dias, tenho certeza, vou e volto espalhando a umidade, ela empina o bumbum instigando a continuidade do movimento – ontem à noite fiz duas gatas gozarem gostoso. - Ela pára de respirar por um instante, depois lacrimeja, mas meu dedo continua  – porque você tá chorando? - pergunto me afogando no perfume dos cabelos – se é só isso que você quer - esconde o rosto dos meus beijos – exatamente como tô fazendo com você fiz com as outras – ela geme ou chora, já não dá pra diferenciar

- Cala boca! - diz entre dentes, o som abafado pelo rosto pressionado contra o colchão.

 - Devagarzinho você gosta? - meu dedo médio fica mais lento e ela geme – poderia ter sido você, mas não foi. Sabe por quê? Porque você não quis conversar, porque enquanto eu tinha uma mulher de verdade me chupando gostoso cê me tava sei lá onde - acelero o ritmo e ela geme mais, as mãos apertam os lençóis – em inglês tem uma palavra pra você, loser (1). - digo quase parando o dedo - you are such a loser (2) – Olívia chora e as pernas ficam tensas, o orgasmo quase chegando - como se diz loser em italiano? - volto a fazer pressão contra seu bumbum.

- Filho da puta! - diz mordendo os lábios.

 - É Olívia, certo? - Tô só simulando o gesto por cima do jeans, mas meu pau tá a segundos de gozar de verdade. Essa italiana desgraçada mexe com meu corpo. - você gosta de mim? - abandono seu sexo antes que tenha um orgasmo, minha punição por mentir quando sei que gosta de mim – você sente alguma coisa por mim? - pergunto, mas não responde, joga o bumbum contra o meu o quanto pode, quer que eu continue, mas não merece – seu corpo e seu cheiro são melhores do que qualquer garota com quem estive, mas mereço uma mulher de verdade.

Fico de pé, abro botão e zíper para oferecer um pouco de espaço ao meu amigo que quer saber se eu pretendia torturar Olívia ou ele. A mina senta-se na cama, os cachos bonitos caem sobre os ombros, olhos vermelhos, boca aberta, no rosto as lágrimas mancham as bochechas coradas e lindas, tão bonita que mais parece uma pintura.

Me encara com raiva, frustrada pelo orgasmo que não aconteceu ou talvez porque a chamei de perdedora, tanto faz, tiro meu jeans e desço a boxer, já tá suja mesmo, encaro a garota que tem os olhos no meu corpo e pela sua cara não sei se fico excitado ou com medo.

- Pra você se divertir pensando em mim – digo dando um passo para trás e me exibindo - deve ter uma escada vazia no prédio - Não tenho pressa em me vestir, mas ao invés de me comer com os olhos Olívia me fita furiosa - você pode ir se masturbar pensando em mim – Digo sorrindo, no entanto permanece calada.

Pego o jeans e vou vestindo quando ela se levanta resoluta. Respiro fundo, finalmente vamos conversar, mas antes que meu jeans alcance as coxas a mão da Olívia aterriza da minha cara e perco a ação.

- Só lamento se te incomoda, mas além do corpo você não tem nada pra oferecer pra ninguém! - enfatiza a última parte.

Filha da mãe! Não tenho tempo de esbravejar porque me dá uma bicuda na canela e caio de bunda no chão, jeans no meio das pernas.

-Filha da Puta, me arrebentou a perna! - antes que me coloque de pé ela sai dizendo profanidades em italiano. Levanto a bunda do chão e subo o jeans, a merda me aleijou, sério, a desgraçada me quebrou a perna, tá ligado? entro no corredor quando lembro do jeans aberto. - AAAAAAAAH! – urro e acho que vou morrer, me contorço de dor e caio de joelhos quando os dentes de metal do zíper prendem meu pau. Não consigo gritar, meu corpo tá em chamas e vou morrer de dor, mas vejo o sorriso de Olívia na porta na cozinha.

- Tia Ati – a desgramada chama - o Banguela machucou o pintinho!

- Sua filha da...

1200 palavras

Tradução:

(1) Perdedora.

(2) Você é uma perdedora.

Nota do autor:

Meu personagem, assim como a maioria das pessoas, curte algum erotismo de vez em quando. Mas aproveito a oportunidade para fazer um alerta. Não importa a mídia, se texto ou vídeo: o ato sexual deve ser entre adultos e consensual, não dê visualizações, curtidas ou audiência para o que segue direção oposta. Sexo deve ser uma expressão CONSCIENTE e saudável da vida ADULTA, com a liberdade de dizer SIM ou NÃO, e no qual as partes se sintam seguras e respeitadas. Não é meu dever, ou vontade, julgar como alguém se expressa sexualmente, todavia é minha responsabilidade combater a violência em qualquer forma. Denuncie vídeos ou textos que ofendam os direitos humanos e, ou, propaguem a violência. O ato sexual não é uma questão cultural ou religiosa, em todos os lugares do globo, em qualquer tempo, sob a égide de qualquer bandeira ou ideologia o indíviduo deve ter seu corpo respeitado, NÃO é NÃO.

FredOnde histórias criam vida. Descubra agora