Capítulo 42, aqui estamos nós! Venho avisar que a coisa ficará um pouco mais emotiva, já mencionei isso no anterior, mas é que deu uma certa pena do Banguela, depois do discurso que ele fará do outro lado da porta vocês concordarão comigo... meu garoto merece ser feliz.
Brincando com o IA eu tentei fazer uma Olívia, não ficou assim tão parecida, mas achei legal postar.
Finalmente estamos namorando!
- Fred – cobre minhas mãos com as suas – eu falei daqui pra sempre.
- Como assim daqui pra sempre? Vamos namorar e...
- Não! - me corta como se eu tivesse dito algo errado.
- Você acabou de dizer que está apaixonada por mim!
- E eu tô, mas não vamos "namorar" - faz as aspas com os dedos - você vai ser meu e eu sua. Você vai voltar pra cá, nós vamos morar juntos e fazer faculdade, quando terminarmos nos casamos.
-What? - quando dou por mim estou de pé no meio do quarto.
- É assim ou é nada!
- Olívia nós temos 18 anos! - coço os cabelos – eu tenho 18, e você ainda vai fazer! Você decidiu que vamos nos casar em quatro anos?
- Cinco e meio, porque eu quero fazer mestrado – What? Good Lord, she's mad (1)!
- Você programou nossa vida?
- Você não quer voltar pra cá?
- Claro que sim, eu odeio Brasília! - às vezes acho que digo isso a cada dez minutos - quero fazer faculdade aqui, mas minha preocupação seria estudar, não tava nos meus planos ter esposa e me preocupar com aluguel.
- Frederico! - fala mais alto – acorda para a realidade – derruba a almofada ridícula e fica de pé - adultos arrumam emprego, pagam conta e se casam.
- Não! - cruzo os braços – não somos obrigados a nada porque somos adultos. Como você sabe que vamos dar certo o suficiente pra casar? Como você sabe se terminar a faculdade aqui? Você pode receber uma proposta massa pra estudar arquitetura em Munich – digo exasperado – ou sei lá, tu pode ir para um estágio e decidir ficar, você pode desistir de arquitetura. Abusar da minha cara ou se apaixonar por outra pessoa, inclusive pode descobrir que é lésbica ou ficar alérgica a glúten!
- Filho da puta! - joga a almofada em mim – retira o que você disse! - reviro os olhos, a obsessão que italiano tem com massa é patológica! - eu nunca ficaria alérgica a glúten!
Esfrego o rosto e fecho os olhos tentando entender de onde veio essa discussão idiota, tava indo tudo tão bem, e olha que dessa vez nem fui eu a estragar nada. Tomo suas mãos e ela tenta se afastar, mas não permito, me sento na beirada a colocando no meu colo.
- Olívia eu sou doido por você e saber que você gosta de mim a ponto de imaginar tudo isso é maravilhoso, me sinto honrado – lhe dou um selinho – mas a vida não é assim! Eu quero namorar com você, mas é uma relação, não um contrato – o nariz de Olivia me dá a entender que tô bem perto de apanhar, mas continuo – principessca nós somos muito jovens pra decidir o futuro. Não adivinhamos porra nenhuma, precisamos provar, testar, fugir, amar e sofrer, crescer é doido assim. Criar um futuro na cabeça é diferente de ter um objetivo.
- Eu sei que vou gostar de você ainda mais do que gosto hoje – diz e meu coração fica pesado, eu sequer sei quem sou, não posso retribuir o sentimento - nós dois nos completamos – ela tem os olhos castanhos duros, diferente da voz doce com a qual tenta me convencer - você é dos livros, dos sonhos e eu sou pragmática, eficiente em conseguir tudo que eu quero. Eu não me envolvo em nada que possa falhar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fred
Romance- Fala pra mim que isso é menstruação! - pergunto arrancando o plástico sujo de sangue e ela fica em silêncio. Não, não era, minha vida feliz com passarinhos cantando o hino do São Paulo e cheia de livros foi invadida pelo caos, Olívia é o caos, est...