- Precisava ser tão simpático?
- Eu não fiz nada de errado!
- Ela te deu o número de telefone na minha frente!
- Eu não pedi!
- Qual o drama? - Vi pergunta entrando na sala enquanto eu tranco a porta.
A ruiva está descabelada, seminua e com cara de sono, tem estudado como doida, tá fazendo Direito na Católica e estudando para o concurso porque quer ser agente da violência e oprimir o povo. Ainda não desisti de arrancar a ideia da cabeça dela.
- Seu irmão chama atenção demais!
- Eu não tenho culpa de ser bonito ou gostoso! - jogo as tralhas no chão e caio no sofá.
- Não tem graça! - Isadora resmunga jogando a bolsa em cima de mim.
- Isa, por favor! - minha irmã fala me abraçando no sofá. - você sabe que andar com o Fred é assim, todo mundo olha pra ele, até os homens.
- Mas ele não precisa ser simpático com ninguém, ele pode fechar a cara!
- Ou posso usar uma coleira com seu nome, por que não? - digo troçando e ela revira os olhos.
- Quem tava dando em cima de você?
- A fotógrafa! - Isa responde antes de mim - A mulher tem 200 anos, tava lá pra fazer fotos minhas, mas ficou babando nele, mesmo sabendo que é meu namorado, a criatura deu o número pra ele! Quem entrega um número escrito em papel?
- Aff! - Perdi a paciência e vou levantando porque minha irmã tá com cheiro de bunda – Isa, ela não tem 200 anos, deve estar nos 30 e eu não dei moral, mas não vou ser deselegante com ninguém, não tenho culpa se ela não se sentiu intimidada por você.
- Vi! - alguém grita do quarto.
Oh my fuck! É voz de homem. Todos os pelos do meu corpo ficam arrepiados é por isso que ela tá fedendo?
- Você trouxe alguém para casa sem a gente saber?
- Frederico! - Isadora arregala os olhos como se eu devesse calar a boca.
- Vi! - o cara grita de novo e agora tô puto.
- Quem é esse filho do reaça e por que ele acha que pode falar assim contigo?
Dou a volta na poltrona a caminho do quarto dela, Vi tenta me agarrar mas sem sucesso porque já estou na sua porta, se eu estava incomodado pelo seu tom de voz agora a coisa ficou pior, vamos passar a madrugada escondendo o corpo. Entre a cama e a escrivaninha tem um desgraçado dos infernos vestindo uma camisa da civil. Da civil! É isso, mato ele, depois esfolo minha irmã por ficar com um gambé.
- Fred por favor! - a ruiva descabelada pede, em vão, by the way.
- Vi, back off (1)!
- Opa, Frederico? Sua reputação te precede! - ele estende a mão, mas eu fecho a minha e acerto um soco na cara da criatura que ousou botar o pé na minha casa.
Ele tomba para trás, assustado, se minha reputação me precede imagina o que segue depois que eu amassar sua cara, cana desgraçado! Meu segundo soco o faz tombar derrubando o notebook na mesa, e agarro--o pelo colarinho tirando a criatura do chão, as meninas gritam, mas Vi não tenta me arrancar do pescoço dele, certamente porque devo ter cara de celerado. Arrasto o infeliz porta afora e ele luta tentando se soltar. Coitado, esse aqui não daria conta de mim nem se eu estivesse chapado, que dirá quando estou assim, furioso.
Abro a porta de casa pra chutar esse filho da puta e dizer que nunca mais coloque o pé aqui quando dou com meu pai seguido de Aretha e Ati, as duas com malas. Thomas olha o homem depois minha irmã toda assanhada, seu pescoço fica vermelho.
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Fred
Romance- Fala pra mim que isso é menstruação! - pergunto arrancando o plástico sujo de sangue e ela fica em silêncio. Não, não era, minha vida feliz com passarinhos cantando o hino do São Paulo e cheia de livros foi invadida pelo caos, Olívia é o caos, est...