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Uhuu, 50 capítulos! Obrigada por continuar acompanhando a história desse boy que eu amo demais da conta.

- A Ati, claro!

- Seu desgraçado! - lanço o celular no rosto dele, mas o filho da puta tem muito reflexo e desvia a tempo.

- Frederico, você tá fora de si!

- Você tá traindo minha mãe! Eu vou te matar! - sem pensar duas vezes avanço para o desgraçado dos infernos que merece morrer, mas ele me acerta um soco pelo qual eu não esperava e me desequilibro. O filho da puta é rápido!

- Have you gone mad? Is your mother in the kitchen (1)! - esbraveja de punhos fechados, o peito suado subindo e descendo rapidamente.

- Minha mãe tá no trabalho, seu merda! - dou um passo adiante - nos falamos uma hora atrás! - Thomas não recua, seus olhos escuros não dizem muito, mas ele não tem como se defender.

- Eu peguei o celular dela e respondi sua mensagem para que nós, – indica o próprio peito depois para a cozinha – eu e ela, tivéssemos uma noite romântica!

- Mentiroso! - o cretino dá um passo na minha direção – Pode vir! – também dou um passo à frente – você não merece a mulher que tem! - O bicho tem os olhos gigantes e encosta o nariz no meu.

Tenho consciência de que daqui não há retorno, mas nesse instante não vejo o homem que me abraçava orgulhoso quando eu participava de campeonatos de judô, ou o loiro sorridente que vinha com a toalha fofa me esquentar depois da natação. O homem na minha frente é o desgraçado que trouxe outra mulher para nossa casa e estava traindo a melhor pessoa do mundo.

- Mais uma palavra e quebro seus braços! - diz num tom de voz que nunca ouvi, tão calmo e convicto que chega a ser assustador, mas medo o caralho, eu vou matar o Thomas!

A fúria na sua voz acelera ainda mais meu peito e quase recuo, confesso, mas permaneço firme, não vou ter medo de funcionário público que passa o dia de gravata fazendo conta, como ele pode trair minha mãe? A Ati é a mulher mais perfeita do mundo, e não é porque é minha mãe, eu tava no carro com dois caras da minha idade que são doidos nela e podem confirmar o que estou falando!

EU VOU MATAR O THOMAS! Estamos tão próximos que sua expiração forte me queima a pele do rosto e estamos tão perto que não sei se conseguiria o movimento de quadril necessário para derrubá-lo com um soco, relaxo os joelhos milimetricamente porque na hora que o desgraçado se mover eu o jogo no chão.

- How could you do this? My mother is the queen! The actual fucking queen(2)! - grito – Who the fuck are you (3)? - ele não responde, mas o peito sobe e desce e as narinas abrem, o desgraçado sequer vai se defender? - You are nothing! You do not deserve her(4)! - grito pausadamente cada uma das palavras.

- Ati! - ele grita me assustando, o nome da mamãe era última coisa que eu esperava ouvir - Ati! - repete me fazendo recuar.

- Alemão, resolve aí, porra, não tô em condições!

Um monte de emoções diferentes dançam nos seus olhos negros, mas não me detenho investigando quais sejam porque o som da voz dela é como um bálsamo. Fecho os olhos e respiro aliviado, porque meu pai é só um trouxa que não sabe mentir e se enrolou tentando ficar a sós com a mulher.

Me afasto dois passos, a tensão dos meus punhos e ombros se desfazem quando ouço a boca suja da mamãe falar todo tipo de profanidades derrubando seja lá o que for na cozinha.

- Furquim! Venha. Aqui. Agora. - diz imperativamente, palavra por palavra. A esposa aparece segundos depois, usa daquelas meias-calças que terminam na coxa e uma cinta-liga também na cor preta, o tronco está enrolado numa toalha que deve ter encontrado na área de serviço.

FredOnde histórias criam vida. Descubra agora