Capítulo 13

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Mais um hoje, por que to muiiiiiiiiiiiito boazinha. Desfrutem ♥

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Allan já aguardava no escritório de Herrera, ele mexia no smartphone pacienciosamente enquanto aguardava os dois resolverem a situação com as meninas. Quando eles chegaram no escritório seus olhos fixaram diretamente no de Anahí. Como podia aquela mulher fazer-lhe saltar o coração apenas com sua presença?

– E como foi com as meninas? – Allan sorriu para Anahí.

– Bem, eu acho. – Anahí devolveu o sorriso, e Allan só podia notar como era encantador. – Herrera disse que Ju tem algo malígno em mente. – Ela riu.

Herrera não respondeu, novamente ele prestava atenção na conversa dos dois, o modo que se olhavam e que estavam próximos. Ele não gostava disso. Principalmente a parte de Anahí estar correspondendo tão bem. Herrera pigarrou fazendo barulho e chamando atenção para si.

– Eu pedi para o Allan esperar, por que gostaria de conversar com vocês dois.

Os três permaneciam em pé.

– Eu não quis trazer esse assunto a tona antes, pois não queria dar falsas esperanças a ninguém. Porém acredito que agora eu tenha uma solução alternativa para o tratamento da Jujuba.

Eram muitas emoção para Anahí. Havia tirado uma filha do hospital, conhecido a outra, trocado de casa e agora essa notícia. O coração dela estava sendo muito testado. Ela respirou profundamente, tentando se acalmar. Sentiu suas mãos suarem, ainda sim não disse nada. Percebeu então uma mão indo até a sua e a segurando firme, era Allan.

– Quando Laura e eu decidimos ter um filho, nós não conseguíamos. Tentamos por vários anos para falar a verdade. Então após alguns exames descobrimos que Laura tinha uma doença nos ovários e teria que retirá-los. Como alternativa, nós fizemos o congelamento dos óvulos saudáveis e após a cirurgia, fizemos fertilização in vitro. Como Laura pretendia ter ao menos mais um filho, deixamos os óvulos congelados e depois da morte dela eu nem me lembrava mais disso. Liguei para o laboratório, os óvulos seguem congelados e com a reprodução assistida podemos selecionar um embrião que seja um doador cem por cento compatível com Julia.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Anahí. Saber que havia uma chance de curar e salvar sua menininha era a melhor notícia que já havia recebido. Soltando a mão de Allan, ela em dois passos ligeiros foi até Herrera e o abraçou emocionada, chorando copiosamente.

– Obrigada Herrera! Obrigada!

Em um primeiro momento ele ficou um pouco assustado, somente Ju lhe abraçava, e não sabia exatamente o que fazer. Em seguida ele envolveu a cintura dela em um abraço trazendo-a mais para perto do seu corpo e naquele momento ele sentiu seu coração aquecer de um modo que já não se sentia há muito tempo.

– Mas ainda há algumas coisas para resolvermos.

Eles se soltaram do abraço.

– Serão necessários fazer exames e verificar quais óvulos e se há óvulos compatíveis. Também precisarei passar por uma quantidade de exames. E precisaremos de uma barriga de aluguel para gerar essa criança. Enfim, há muitos exames e burocracias até conseguirmos efetivamente trazer esse bebê. Fora que esse "projeto" – ele fez aspas com as mãos – demora nove meses no mínimo, não sabemos se Julia pode esperar tanto, e mesmo que ela esteja bem, não sabemos se depois de tanto tempo o transplante será algo viável, e tem chances de não dar certo. Enfim, eu não sei se vai dar certo, mas é a melhor aposta que temos agora.

– É óbvio que eu vou gerar essa criança. – Anahí disse sem titubear. – Ela é minha filha e eu vou fazer o que for preciso para salvar ela.

Os dois perceberam Allan calado e um pouco longe.

– Aconteceu alguma coisa? – Anahí fitou-o preocupada, ainda sim, não podia esconder a felicidade da esperança que surgia de salvar sua filha.

– Está. Eu estou muito feliz, de verdade. É só que... – Ele suspirou. – A Laura e eu éramos muito próximo, e ela nunca me falou sobre o congelamento, a retirada dos ovários, nada.

– Ela não contou para ninguém, e se pudesse não teria contado nem para mim. – Herrera tentou amenizar a situação. – Laura passou por uma fase muito díficil, ela se sentia menos mulher por não poder ter um filho, por ter que tirar os ovários, e foi muito díficil convencer ela do contrário. Ela passou por muitos acompanhamentos psicológicos, sonhava em ser mãe. E foi somente quando engravidou que ela realmente retomou sua felicidade e autoconfiança. Por isso ela fez questão de congelar os óvulos pelo máximo de tempo possível. Julia nem havia nascido e ela ja falava de mais e mais filhos.

– E agora, mesmo sem estar conosco, ela terá mais um filho e salvará Julia. – Allan sorriu.

Dessa vez fora Anahí que pegou a mão de Allan em sinal de apoio. E novamente Herrera percebeu aquele olhar entre os dois. O coração dele que até pouco tempo estava tão aquecido, agora se sentia gelado e sombrio.

...

Enquanto Allan, Herrera e Anahí conversavam sobre como ocorreria essa reprodução assistida, no quarto de hóspedes as Julias brincavam e conversavam. Julia Herrera havia subido em seu quarto e pegado uma quantidade enorme de bonecas e brinquedos para brincar com Julia Portilla. A pequena não conseguia subir escadas, pois logo cansava, então Ju, com ajuda de Beth, resolveu que o melhor seria descer os brinquedos mais interessantes para que pudessem brincar juntas no primeiro andar.

Beth logo as deixou sozinhas no quarto, enquanto em volta de uma pequena mesa quadrada de brinquedo, onde estavam dispostas pires, xícaras e colheres de brinquedo, junto com uma jarra de suco e um bolo que Beth havia trazido, brincavam de hora do chá. Julia Herrera estava sentada de frente a Julia Portilla, e nas laterais haviam um coelho de pelúcia de frente a um cachorro de pelúcia.

– O que vai acontecer quando a Anahí for embora? – Julia Herrera levantou a questão. – Papai disse que ela só ia ficar até você estar boa.

– E se na verdade ela só é a mãe de coração e o pai é o Alfonso, e sua mãe é a Anahí. Quando ela for embora, qual das duas ela vai levar? – A menina de cabelos castanhos ficou preocupada.

– Se a gente é irmãzinha, como eles vão separar a gente?

– Eu não sei.

– Seria mais fácil se vocês não fossem embora nunquinha! – A menina dos cabelos loiros já tinha uma ideia articulada na cabeça. – Mas eu já sei o que a gente pode fazer?

– O que? – Julia Portilla estava curiosa.

– Se a Anahí é a nossa mamãe, o Poncho é nosso papai, e a gente é irmãzinha. Eles tem que ficar juntos! – Ela falou como se fosse obvio.

– Ficar juntos? – Ela ainda não havia entendido a proposta.

– Sim, dar beijinhos, andar de mãos dadas, se casar. Assim, a Anahí nunca vai precisar sair daqui, e a gente vai ficar juntas para sempre.

– E como a gente faz isso?

– Eu não sei. Mas na internet deve ter alguma coisa!

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E aí, o que acharam do capítulo? O que acharam da Anahí gerar um filho de Alfonso e Laura para salvar a Jujuba? E quem aí acertou o quiz. Isso mesmo, quem apostou no B, "Uma maneira de Anahí e Julia Portilla ficarem na casa pra sempre", acertou! 

O quiz de hoje vai ser um pouco mais difícil. Ou não, né? Vocês são ótimas! Aí vai...

Anahí vai beijar alguém no próximo capítulo. Quem vai ser o sortudo?
A) Allan, afinal, a tensão entre os dois está grande.
B) Obvio que o Alfonso, a fic é AyA, e ele não vai aturar esses olhares dela com o Allan
C) Um completo estranho na rua, por causa de uma promessa.

E aí? Quem será que ela vai beijar???

Coincidence Of Love ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora