Parte 2 ✖ Capítulo 21

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Olá queridos leitores e leitoras. Nem parece que eu to chegando no final de COL, mesmo tendo o especial, já ta dando uma saudadinha dela, de uma forma diferente das outras histórias. Não posso deixar de dizer, que normalmente quando eu finalizo uma história ocorrem duas coisas.

1 - Eu escrevo tudo, o máximo que dá e o mais rápido possível para terminar de uma vez, como se fosse uma carga

2 - Eu fico com um sentimento de dever cumprido

E para falar a verdade, COL me deixou um sentimento diferente. Primeiro, por que tenho escrito esse final sem pressa, com muita tranquilidade, aproveitando esse momento, repensando, reescrevendo algumas parte, e apesar de eu achar que não ficou perfeito, eu fiquei satisfeita. E o sentimento é de que não terminou, não tem um sentimento de "dever cumpridor" e finalização sabe. Parece que tem muita coisa que não foi contada nessa história, mas nem por isso é um sentimento ruim.

Enfim, espero que gostem muito. Desfrutem ♥

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Entrou na casa e respirou fundo. Deixou que o aroma conhecido invadisse suas narinas e trouxesse à tona lembranças que nem sabia que tinha.

Caminhou em direção ao escritório. Vazio.

Pegou o elevador que ficava na sala, não queria fazer muito esforço ainda. Passou pelos cômodos, um por um, sem pressa. Parecia que estava há anos longe daquela casa. Tudo estava exatamente igual, mas ainda sim tinha a sensação de que era tudo novo, tudo diferente.

Deixou que os sentimentos se esvaíssem quando abriu a porta do quarto e viu Alfonso sentado na cama, de costas para a porta. Parecia tão distraído que nem percebeu quando entrou.

Ele, então, virou a cabeça e sentiu o seu pulmão esvaziar, sem ar. Ele se levantou rapidamente, precisava retomar o fôlego, e isso não coincidia com as palavras que queriam sair de sua boca. Estavam todas bagunçadas em sua mente.

No fim, nenhum dos dois disse uma palavra sequer.

Anahí se aproximou dele com pressa, e o beijou. Um beijo forte, rápido, cheio de saudades. Ela não pediu licença e nem permissão, sua mão forçava a nuca dele contra si, e o outro braço o abraçava.

Surpreso, ele se rendeu ao beijo, com a mesma fome, a mesma saudade e a mesma vontade. A agarrou pela cintura e apertou o quadril dela contra seu corpo. Por um momento pensou que tinha adormecido na cama e que aquilo não passava de um vívido sonho. Tão real. Tinha que ser real.

Seus corpos estavam quentes e o beijo só parou por que ambos esqueceram de respirar, e sem fôlego, com a respiração acelerada, eles encostaram suas testas, e se olharam. Ninguém arriscava a dizer qualquer coisa.

Eles não sabiam, mas tinham o mesmo sentimento, o mesmo medo. O medo que uma palavra, seja qual fosse, acabasse com aquele momento.

E eles só queriam eternizar. Parar o relógio, e ficarem assim, colados, para sempre. No entanto, eles sabiam que precisavam conversar. Ele sabia naquele momento que não era um sonho, e se era realidade. Ele tinha que ser realista.

– A gente precisa falar, não é? – Alfonso disse com um sorriso triste, nesse momento ele tinha muito medo de vê-la se afastar novamente.

– Ou a gente pode fingir que nunca aconteceu, e apenas esquecer. – Sugeriu, era o que ambos queriam naquele momento. Ainda sim, ela sabia que não era a solução mais adequada. Mas por um momento aquela loucura de apagar tudo com uma borracha pareceu certo.

– Seria tão fácil, não é? – Ele a abraçou forte contra si. – Mas sabemos que não vai funcionar. Uma hora voltaria para nos assombrar. Então acho que é melhor conversar agora.

Coincidence Of Love ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora