Resposta do quiz no final. Desfrutem ♥
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Se havia algo que Herrera havia acertado em cheio era sobre a alta de Julia Portilla, em duas semanas ela foi liberada para ir para casa, as medicações estavam fazendo um efeito positivo. Após controlar a infecção e conseguir aumentar um pouco a imunidade, o médico sugeriu que ela iniciasse o tratamento quimioterápico, Anahí inicialmente estava com medo, sabia que a quimioterapia era uma faca de dois gumes, mas ela não tinha mais opções, enquanto não houvesse algum doador de medula compatível, esse era o único método para tentar vencer a doença e mantê-la bem. E Julia estava muito bem, mesmo após duas sessões de quimioterapia, ela não tinha grandes efeitos colaterais, ela se sentia mais disposta, e apesar do enjoo da medicação, ela também comia melhor.
E ficar no hospital com sua imunidade baixa seria um risco maior que ir para casa. Com isso, Anahí concordou com a proposta de Alfonso e se mudariam temporariamente para a casa dele. Para Julia Portilla, Anahí explicou que passariam um tempo na casa de um amigo, pois seria mais fácil cuidá-la e ela poderia trabalhar melhor, além disso, disse que havia uma menina da idade dela e que ela adoraria conhecer. Alfonso não fez muito diferente, explicou para Julia Herrera que receberiam Anahí e sua filha, pois a menina estava doente e precisava de ajuda. Ambas ficaram animadas por terem uma amiga da mesma idade para brincar. Mas algumas semanas antes, exatamente três dias após a proposta de Herrera, o resultado de compatibilidade chegou e, infelizmente, na notícia não era das melhores.
– Herrera, Portilla. – O médico os chamou para o consultório.
Ambos sentaram frente a mesa do médico ansiosos pelo resultado.
– Eu não vou fazer muito suspense sobre o resultado. – O médico disse profissionalmente. – Infelizmente, mesmo Herrera sendo o pai de Julia, ele não é compatível. Ela já está cadastrada no banco de doação de medula, aguardando alguém compatível, mas sabemos que as chances são pequenas. Seria importante se os parentes de Julia fizessem o exame, as chances ainda são baixas, mas existem.
Anahí estava desesperada, ela queria chorar. Sentiu a mão de Herrera chegar até a dela e segurá-la, confortando-a. Ele também estava assustado em pensar em perdê-la. Ainda nem havia tido tempo de conhecê-la.
– E quais são as outras possibilidades de tratamento? – Herrera se adiantou.
– Quimioterapia, radioterapia. Mas o com maiores chances de cura e menores chances de efeitos colaterais, ainda é a doação de medula. Inclusive há casais que optam por um segundo filho com maior chance de compatibilidade para realizar o transplante.
– Meio irmão? – Herrera perguntou.
– Meio irmão tem uma probabilidade um pouco maior, como tios e primos. Irmão de pai e mãe seria a opção mais viável, há uma seleção genética realizada, e na maioria dos casos o bebê é totalmente compatível com o irmão. Todavia, ao controlar a infecção que Julia está, o ideal agora seria já iniciar com a quimioterapia, no momento é a melhor opção de tratamento que temos para ela.
Anahí apertou a mão de Herrera, ela não havia falado nada, mas seu olhar era desesperado. Ela não sabia exatamente se seu coração estava acelerado ou parado.
Herrera ficou calado. E após a conversa não tocou mais no assunto. Allan se prontificou na hora em realizar o exame de compatibilidade, e juntamente com Anahí, os dois foram atrás de possíveis parentes que poderiam realizar o exame. Quando em duas semanas todos haviam negativado no teste de compatibilidade, Anahí chegava com sua menina na casa de Herrera desolada, desesperada e com muito medo de perdê-la.
O quarto de hóspedes estava pronto para recebê-las. E ela também iria fazer algo que ansiava fazia alguns dias: Conheceria a sua filha biológica.
O quarto de hóspedes era grande e possuia um banheiro privativo. Nele possuia um guarda roupa grande, duas camas de solteiro, duas cômodas ao lado das camas, uma televisão grande e ar condicionado. Parecia um quarto de hotel. Ela deixou sua filha sentada na cama desenhando enquanto terminava de guardar suas roupas no guarda-roupas. Logo ouviu duas batidas e Beth, a governanta entrou.
– Olá senhora Portilla. – Beth sorriu. – Eu me chamo Beth, e sou a governanta da casa. Você não precisa fazer isso, pode deixar que eu chamo Esther e ela termina de organizar suas coisas.
– Não precisa. – Anahí sorriu. – De verdade.
– Como a senhora achar melhor. – Ela sorriu. – E essa é a pequena Julia? – Ela viu a menina distraída na cama. E se aproximou.
A semelhança da menina com Herrera e Laura era inegável. Ela se sentou na cama e a menina levantou o rosto para ela. Ela tinha o rosto mais corado, estava mais gordinha e quem a visse naquele dia não diria que estava com uma doença tão séria. Os pequenos cachos castanhos caiam sob seus ombros de forma angelical.
– Sim, sou Julia. – Ela sorriu.
– Cumprimente a senhora Beth, Julia. – Anahí sorriu.
– Desculpa mamãe. Prazer senhora Beth, eu sou a Julia. – E ela estendeu a mão.
Beth achou uma graça. A menina era toda delicada, mas ao mesmo tempo cheia de pose. Beth estendeu a mão e cumprimentou a menina.
– Prazer Julia. E pode me chamar só de Beth, não precisa do senhora.
Logo puderam ouvir uns passos ligeiros vindo do corredor em direção ao quarto de hóspedes. Beth já conhecia bem de quem eram esses passos, mas Anahí não fazia a menor idéia.
– Beth! Beth! A menina já chegou? – A voz vinha animada, enquanto ela entrava no quarto.
Anahí ficou estática. Quando viu a menina entrando no quarto, sabia exatamente de quem se tratava. Esqueceu de respirar por alguns segundos, e sentiu-se tonta, emocionada. Exatamente como da primeira vez que a viu, ainda na sala de parto. Como pode esquecer aqueles olhos azuis? Como não percebeu a diferença dos bebês? Anahí sentiu seu coração bater forte, da mesma maneira de quando ela nasceu, uma crise de ansiedade tomou conta dela. Ela tinha que se acalmar, não poderia acontecer novamente o que havia ocorrido daquela vez.
– A senhora está bem? – Beth se aproximou ao perceber que Anahí não estava bem. Anahí estava pálida.
– Eu sinto que vou desmaiar. – Ela falou baixinho para Beth com medo de assustar as crianças.
– Venha senhora, eu a ajudo a se sentar.
Levando Anahí para perto da cama, ela ajudou-a a se sentar e depois deitar.
– Mamãe, você tá bem?
– Ela está bem sim, pequena. – Beth foi quem respondeu. – Ela só se virou muito rápido e ficou um pouco tonta. Não se preocupe, não é nada demais. – Ela acalmou as crianças.
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E aí, quem acertou que Anahí iria aceitar o convite de morar com Alfonso, mas que ele não seria compatível com a filha?
Nesse capítulo não vai ter quiz (não consegui pensar em nada que não largasse um spoiler). Então comentem apenas o que acham que vem no próximo capítulo. Que tal?
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Coincidence Of Love ✖ AyA {finalizada}
Fiksi PenggemarLaura Herrera está no final de sua gestação quando sofre um acidente, ela é levada as pressas ao hospital onde passará por uma cesárea de emergência a fim de tentar salvar a criança, dando a luz a uma linda menina de olhos verdes. No mesmo hospital...