Capítulo 46

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Em um reino distante...

Já era noite no lugar e a luz da lua entrava pela janela do cômodo refletindo no chão.
A iluminação fraca e o cheiro de chá com chocolate deixavam o local aconchegante.
Um jovem abriu levemente os olhos sentindo sua cabeça latejar.
Ele ignorou a dor e olhou para uma mesinha ao lado, onde uma senhora de cabelos pretos grisalho com bastante fios brancos apoiava uma bandeja de prata com algumas guloseimas.
O garoto levantou com esforço e foi repreendido pela mulher.

Oh, querido, não se esforce muito, ainda está se recuperando! - Ela pediu indo ajudá-lo.

Desculpe, me recuperando do quê? - Ele perguntou.

Olhe para você. - A mulher olhou para o corpo do mais novo e ele seguiu o olhar dela.

Em cada lugar tinha um hematoma diferente.
O braço esquerdo estava envolto por uma atadura. O abdômen definido tinha vários pontos roxos e um curativo na costela. O pé direito estava bem enfaixado.
Do lado da cama tinha uma bandeja menor com três diferentes antibióticos e um termômetro.

Coma um pouco, você tem que ficar forte! - A bondosa senhora deu um sorriso gentil e saiu do quarto.

O garoto olhou ao redor. Era um cômodo espaçoso, com uma cama de casal, na qual ele estava deitado, um grande armário que ele não fazia ideia se tinha alguma roupa dentro, um vídeo-game conectado à uma enorme tv de plasma e uma escrivaninha com um computador em cima. Também tinham algumas armas do tipo, arco e flecha, lança e mais algumas coisas de metal presas na parede de pedra.

Onde é que eu tô? - O jovem perguntou para o vazio.

[...]

Três dias depois...

Vamos viajar! - Célia falou animada.

A morena jogou algumas roupas dentro de uma mala vinho e fechou o zíper.

Bora, levanta dessa cama! - Ela disse indo até você.

A não, tô sem ânimo de ir. - Você falou.

Ué, por quê? -

Sei lá, não tô me sentindo muito bem. - Você disse virando o rosto para espirrar.

Célia franziu o cenho e se aproximou.
A garota pousou a mão sobre a sua testa e tirou rapidamente.

Eita, você está pelando! - Ela disse - Acho melhor não ir.

Não diga. - Você falou depois de mais um espirro.

Eu vou ficar aqui pra cuidar de você. - Ela falou indo até a mala para desfazê-la.

Não precisa, vai lá. Você está tão animada. - Você assoou o nariz com um pedaço de papel e voltou a falar - Eu vou ficar bem.

Se o Carlos pelo menos estivesse aqui... - Ela falou suspirando.

Relaxa, ele está lá se divertindo e já já você vai estar com ele. -

O platinado tinha ido mais cedo para resolver coisas do hotel.

Eles já devem estar te esperando. - Você falou sorrindo - Eu vou ficar bem, sério, não precisa se preocupar.

Tem certeza? - Ela perguntou meio insegura.

Tenho. E se algo acontecer, eu te ligo. - Você balançou o celular e ela deu uma risada.

Promete? -

Prometo! -

Célia correu e te abraçou.

Você vai ficar resfriada também. - Você falou enquanto retribuía o abraço.

The Villain KidOnde histórias criam vida. Descubra agora