Capítulo 59

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Você e Arthur chegaram ao castelo de Evie e espiaram pela vidraça.

— E lá estão eles! — Arthur falou com as mãos grudadas no rosto para enxergar melhor através do vidro.

— Então, vamos? — você perguntou se afastando da janela.

— É muita emoção pra um dia só. — o garoto falou tentando fugir da situação.

— Eles que lutem! — você falou rindo.

O ruivo deu uma risada nem um pouco verdadeira e você percebeu o que estava acontecendo.

— Arthur, não precisa ficar apreensivo, eu tenho certeza que eles sentem sua falta. — você falou depois de apoiar a mão no ombro dele.

— Não é essa a questão, não preciso que sintam minha falta. — ele falou com a cabeça baixa.

Você queria contá-lo que sabia como se sentia, mas preferiu evitar esse assunto.

— Tudo bem, não vou te forçar a entrar. Pode ir pro dormitório arrumar suas coisas, não tem problema. — você falou tentando fazê-lo mudar de ideia.

O ruivo não disse nada, então você o abraçou e se virou para entrar no castelo mas ele te impediu.

— Ok, você venceu. Eu vou junto. — ele falou sorrindo de lado.

— É assim que se fala! — você sorriu e voltou para o lado dele — Pega o Floquinho, nós vamos entrar pelos fundos.

— Pra quê?

— Sabe que eu não apareço sem uma entrada triunfal, né? — você perguntou, rindo.

— Coisas de Sn. — ele riu também.

Em seguida, pegou o boneco de neve no colo e te seguiu até os fundos do castelo.
Assim, chegaram na porta que levava à cozinha.

Você girou a maçaneta devagar para que não emitisse nenhum som, mas bufou de raiva quando a porta não abriu.

— Está trancada! — você avisou ao garoto.

— Ué, usa seus poderes e abre. — ele falou como se fosse óbvio.

— Vai fazer muito barulho né, anta! — você falou dando um tapinha na cabeça dele.

— Nossa, desculpa aí! Nem preciso de inimigo. — ele ironizou.

— Acho que tenho uma coisa que vai servir. — você mexeu no cabelo até achar um grampo — Exatamente o que eu precisava!

Você enfiou o grampo no buraco da fechadura e o girou pra direita.
A porta emitiu um "click" e Arthur te olhou sorrindo.

— Sinceramente, até hoje eu não entendo como as portas abrem apenas com um grampo. Tipo, qualquer ladrão que tiver um grampo pode assaltar uma casa! — o ruivo refletiu, meio indignado.

— Shiuu! Fica quieto, depois a gente discute sobre isso!

Você abriu a porta lentamente e ela rangeu por míseros segundos que pareceram horas pra vocês.

The Villain KidOnde histórias criam vida. Descubra agora