The Villain Kid

Capítulo 36

07h30

Você andava a largos passos pelo longo corredor da escola de Auradon ansiando chegar o mais rápido possível na classe de História dos Lenhadores e Piratas.

Alguns segundos depois você encontrou a sala de aula.
Adentrou o local sem nem bater e agradeceu por nenhum professor estar presente.
Você procurou pelo garoto e o encontrou conversando com duas meninas.
Você foi até a carteira do ruivo e o puxou pelo braço até chegar do lado de fora da sala.

Jogando charme a essa hora da manhã, Arthur? - Você perguntou para descontrair.

Elas que não resistem. - Ele deu uma risadinha.

Muito engraçado! Seguinte, eu sei onde tem mais pó mágico. - Você disse.

Aonde? -

Na casa da minha mãe, lá na Ilha. -

Mas a sua mãe não estava morando aqui em Auradon? -

Ainda está, só que eu morava lá, tenho a chave. - Você explicou.

Mas eu vou ter que ir pra lá também? - Ele perguntou coçando a nuca.

Está com medo da Ilha Dos Perdidos? - Você perguntou erguendo uma sobrancelha.

Claro que não! É só que... Vai que você precisa de proteção extra. - Ele falou tentando disfarçar o nervosismo.

Eu não preciso de proteção extra, Arthur. E, tem mais, nós precisamos ir agora! - Você falou puxando ele de novo.

Dá pra parar com isso? - Pediu se referindo aos puxões - E outra, eu não posso matar aula!

Filhinho de papai você, hein! - Você zombou.

A questão não é essa... - Ele ia continuar falando mas foi interrompido pelo professor que havia acabado de chegar.

Sr. Bjorgman, o que faz do lado de fora? Ainda mais com essa aí? - Ele perguntou te lançando um olhar de desprezo.

Essa aqui tem nome, e hoje eu não vou pra aula, tenho coisa mais importante pra resolver. - Arthur disse te defendendo.

Que tipo de coisa? - Perguntou o professor.

Coisas na Ilha Dos Perdidos! - Ele disse.

Você puxou ele novamente e saiu andando pelo corredor, deixando o professor para trás.

Sua mãe não vai gostar nada de saber com que tipo de gente você está andando! - O professor disse em um tom elevado.

Arthur virou e deu língua pra ele.

É sério que você deu língua? - Você perguntou perplexa.

Foi mal. - Ele encolheu os ombros e continuou te acompanhando pelo corredor.

[...]

Vocês chegaram na garagem da escola e subiram na sua Scooter vermelha e preta.

Vai dizer que nunca andou de moto? - Você perguntou para o garoto ao sentir um aperto em sua cintura.

Não, só de cavalo. - Ele disse.

Você revirou os olhos e riu.

Relaxa. Não é um monstro de sete cabeças. Me solta, vai. Sente o vento bater no seu rosto! -

Você sentiu o aperto afrouxar e quando olhou para trás, Arthur estava de olhos fechados, sorrindo e com o cabelo bagunçado por conta do vento.
Você deu um sorriso e voltou a olhar para frente.

[...]

Assim que chegaram você estacionou a Scooter, desceu do veículo e abriu a mochila tirando uma jaqueta cinza-escuro de dentro.