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Você sentou em uma banqueta e ficou rodando nela, sem falar com os demais presentes.

Como Célia e Dizzy tiveram coragem de fazer isso com você?

— Você não vai falar com a gente? - Carlos perguntou.

Você o ignorou.

— Tá bom, Sn, já entendemos que você não quer olhar na nossa cara, mas podemos, pelo menos, conversar como pessoas maduras? — Mal diz te olhando girar na banqueta.

Você parou de girar e olhou para a lady de Auradon.

— Podem começar. — você diz cruzando os dedos das mãos.

— Ainda está magoada por causa daquilo? — perguntou a garota de cabelo azul.

— Sim. — você diz em alto e bom som.

— A gente não te abandonou, pensamos que conseguiria se virar sozinha na ilha durante um tempo. — Jay disse comendo uma maçã.

— Me virar sozinha até dá, mas levar as minhas amigas pra outro reino sem mandar pelo menos uma carta ou algo do tipo? — você diz com raiva.

— Não foi por querer, é sér... — Carlos começou a falar mas você cortou ele.

— Vocês foram pessoalmente para a ilha escolher os próximos "sortudos". Não foram me procurar ou falar comigo para dizer um "estou com saudades". Simplesmente escolheram a Célia, a Dizzy, os gêmeos e foram embora! — você se sentiu aliviada por ter desabafado.

— É, galera, a gente vacilou! — Jay disse olhando para os amigos.

— A gente sabe disso, Jay. — Mal disse.

Um sorriso apareceu no seu rosto com a fala de Jay, mas sumiu imediatamente.

— Podemos voltar a ser como antes? — Mal perguntou com esperança na voz.

— Você é importante pra nós. — Evie disse com sinceridade.

Os demais assentiram, concordando com ela.

— Eu fiquei sozinha naquele lugar. Se eu fosse tão importante vocês teriam lembrado de falar comigo.

Você levantou da banqueta, pegou a sua bolsa e começou a bater na porta de ferro.

— Célia, me deixa sair! — você disse batendo cada vez mais forte.

A cada batida seu coração saltava, seus olhos estavam lacrimejando.

Carlos percebeu e cutucou Mal para que ela desse permissão pra Célia abrir a porta.

— Pode abrir, Célia! — Mal avisou com a cabeça baixa.

Célia abriu a porta e você passou como uma flecha para que ninguém te visse chorando.

Você foi para o seu quarto e um tempo depois, Célia apareceu.

— Está com raiva de mim? — ela perguntou fechando a porta do quarto.

— Não. Eu sei que você só quis me ajudar.

Ela deu um sorriso aliviada.

— Acho que você não conseguiu se acertar com eles, né? — ela perguntou sentando em sua cama.

— Não. Por mais que eu queira, o orgulho fala mais alto. — você diz abraçando uma almofada.

— Você tem que deixar o orgulho de lado! — a morena disse sentando-se ao seu lado, na sua cama.

Você olhou para ela com os olhos cheios de lágrimas.

— Eles estão arrependidos, eu juro! — Célia disse acariciando o seu cabelo — Quando voltamos para Auradon, Carlos e Evie não paravam de falar de você e de como queriam ter te abraçado.

— É sério? — você perguntou olhando pra ela.

— Sim, é sério. Mas você já estava brava com eles a muito mais tempo. Desde que eles foram chamados para estudar em Auradon. — ela disse com um suspiro.

Você apenas baixou a cabeça.

— O orgulho ficou na frente dos cinco. Você não quis perdoá-los e eles não quiseram pedir perdão.

Você encostou a cabeça no ombro de Célia.

— Mas agora eles não aguentam mais ficar longe de você. Hoje foi a primeira vez depois de seis meses que vocês trocaram uma palavra sequer.

Você ouvia tudo atentamente.

— Você quer perdoar eles, não quer?

— Mais que tudo! — você diz com os olhos fechados.

— Então vai! Vai falar com eles! — ela disse apontando para a porta.

— Depois de tudo que eu falei pra eles na cozinha?

— Esse é o problema de vocês! O orgulho. — Célia pousou as mãos no próprio rosto — você vai falar com eles ou não?

O que você diz? -

Ela apenas balançou a cabeça.

Vocês começaram a conversar e estavam rindo muito quando ouviram batidas na porta do quarto.
Célia se levantou e abriu.

— Oi! — ela disse com um enorme sorriso.

— Oi, a Sn está aí? — a voz perguntou.

Você imediatamente reconheceu a voz de Carlos.

— Ela está sim. Pode entrar! — Célia deu passagem para Carlos — Lembrei que marquei um compromisso com a Dizzy, então eu vou indo.

A morena acenou para vocês. Carlos também acenou sorrindo.
Célia saiu e ele fechou a porta do quarto.

— Eu posso sentar? — ele perguntou mantendo as mãos atrás do corpo, tímido.

— Pode. — você respondeu e deu um sorriso.
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A conversa do Carlos com a Sn vai ficar pro próximo capítulo, hehehe.

Dois capítulos no mesmo dia por quê ontem eu não consegui postar 😙

Curiosidade do capítulo: Carlos é um ano mais novo que Evie, Mal e Jay.

Até o próximo capítulo! ❤️

The Villain KidOnde histórias criam vida. Descubra agora