1. Tão diferentes e tão parecidos

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Hotel Copacabana Palace
Suíte presidencial

Olhando da janela ele vê toda a praia de Copacabana, sua única companhia era seu bom e velho uísque

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Olhando da janela ele vê toda a praia de Copacabana, sua única companhia era seu bom e velho uísque. Abaixo pessoas se exercitando, crianças brincando, vendedores ambulantes passando oferecendo seus produtos, crianças correndo, adultos se exercitando, e belas mulheres do mais diversos tipos, cores e raças e sem falar nos turistas que facilmente eram reconhecidos por falarem seu idioma nativo ou por tentar arranhar palavras em português , e mais uma vez belas mulheres em pequenos biquínis e corpos deslumbrantes que ornam com toda aquela paisagem praiana... Ele deu mais um gole em seu uísque que dessa vez desceu mais amargo que nunca pois mesmo com toda aquela vista ele nunca se sentiu tão sozinho.

"O Brasil de muitas cores e raças, de fama internacional, do carnaval, samba, futebol, amazônia, da cultura, da caipirinha, da feijoada, das belas mulheres

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"O Brasil de muitas cores e raças, de fama internacional, do carnaval, samba, futebol, amazônia, da cultura, da caipirinha, da feijoada, das belas mulheres..."

Essa é a visão que a maioria dos estrangeiros tem do nosso país.
Mas, Miguel de Allende não estava nem um pouco interessado em nada disso, o único que ele queria era terminar logo aquela viagem, e encerrar o contrato com a empresa brasileira que estava bastante interessada nas famosas tequilas mexicanas, e mais precisamente nas tequilas "Allende", o grande orgulho e patrimônio da família, uma como tantas famílias de prestígio e renome no México.

Heitor entra sem bater na porta, com seu calção colorido, camiseta estampada ao estilo "havaiano", chinelo, chapéu Panamá branco e flores de plástico verdes no pescoço.

Heitor estava na casa dos 30 anos, alto, loiro, olhos azuis, e solteiro.
Ele trabalha com Miguel há 5 anos, os dois se conheceram quando faziam uma pós em Administração. Viraram bons amigos e quando Miguel assumiu a presidência da empresa o chamou para trabalhar como Relações Públicas, e ao contrário de Miguel ele era extremamente animado, e praticamente deu uma festa quando soube que iriam vir ao Brasil para negócios.

Miguel apenas vira e dá uma olhada em Heitor balançando negativamente a cabeça.

_ Estamos no Brasil, e não no Hawaii!

_ Eu sei, mas dizem que os turistas usam muito isso aqui, e preciso concordar que é muito mais confortável que terno e gravata! — Indo ao espelho, se arrumando e cantarolando.

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