11. Amor

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Passou 1 semana após essa grande noite.

Carolina recém- formada não podia viver só no mundo da fantasia, não é? Ela estava procurando emprego, e planejando esse novo futuro aproveitou para fazer uma pequena viagem á casa dos pais de Amanda, que eram como pais para ela, Amanda achou ótimo, pois assim á amiga se afastava um pouco da "Paixonite" como ela dizia em relação a Miguel.

Ela e Miguel se falavam diariamente, mas por diversos motivos não conseguiram conciliar suas agendas e inclusive por Miguel ter ficado mais alguns dias estava com trabalho acumulado. Ele, na verdade, queria resolver tudo que fosse necessário para ter suas "férias". E estava preparando uma surpresa para sua "Deusa".

_ Amo sua mãe e seu Pai sempre que vamos para lá eu volto cheia de doce, frutas e descansada! — Disse ela entrando e guardando algumas coisas no armário.

_ É, eles te amam demais também.
E devia considerar sim, a opção que eles e eu insistimos há tempos de morar de vez aqui comigo, você economiza muito e sem dúvidas que vai ficar mais fácil para você por estar perto do centro!

_ Não sei amiga, você já faz tanto por mim. E eu não quero te incomodar.

_ Amiga, deixa de bobagem!

_ Tá! Certo amiga! Vamos então organizar tudo. Aluguel, contas.
Porque até arranjarmos um trampo eu não quero te dá trabalho.

_ Relaxa, você é tão honesta que me dá raiva. Faremos tudo certinho!  — O interfone toca nesse momento e Amanda atende.

_  Chegou coisa para você! — Disse ela toda animada indo para porta.

_ Como assim? — Disse ela sem entender nada. — Não tô esperando nada! —

Amanda abre a porta e se depara com um ramo de rosas enorme e brancas, e dá pulinhos de animação.

_ Vêm Carol, vem!

_ O que foi? — Disse ela indo até à porta -.

_ Senhora Carolina Abranches? — Perguntou o entregador.

_ Eu mesma. — Ela estava impressionada com o tamanho do arranjo.

_ Me chamo Frank, eu trabalho com o senhor Allende, e ele me pediu que lhe entregasse pessoalmente às flores.
Tenha uma boa tarde! — E se retira.

_ Caramba!? aa.! — Disse Amanda fechando a porta enquanto á amiga levava o enorme buquê até a mesa. — Têm um cartão também disse ela chegando mais perto!

_ Ah, O coroa grandão! Óbvio, né?
Só velho para gostar de mandar flores.
Mais fácil mandar um zap, não?

_ Nossa, Amanda!
Que falta de romantismo! 
Têm gente que gosta de receber flores,  e isso nunca cai de moda.

_ Prefiro um pix — Disse ela rindo — Mas anda lê o cartão. O que diz aí?

_ É um poema. De Nerruda. Ele sabe que eu amo!  — Disse ela emocionada.

Tenho fome de tua boca

Tenho fome de tua boca, de tua voz, de teu pêlo
e por estas ruas me vou sem alimento, calado,
não me nutri o pão, a aurora me altera,
busco o som líquido de teus pés neste dia.

Estou faminto de teu riso resvalado,
de tuas mãos cor de furioso silo,
tenho fome da pálida pedra de tuas unhas,
quero comer teu pé como uma intacta amêndoa.

Quero comer o raio queimado em tua formosura,
o nariz soberano do arrogante rosto,
quero comer a sombra fugaz de tuas sobrancelhas.

E faminto venho e vou olfateando o crepúsculo
buscando-te, buscando teu coração quente
como uma puma na solidão de Quitratúe.

Carolina fechou os olhos e como boa romântica beijou o cartão e pode sentir o cheiro dele. Fechou os olhos e lembrou do perfume dele.

_ Nossa que brega. Coisa de velho mesmo — . Disse a amiga pegando uma rosa e sentando no sofá.

Carolina riu da amiga.

_ Um dia alguém vai balançar esse coraçãozinho nada romântico e você me diz, tá? — Disse ela pegando á rosa de volta e indo para o quarto.

Ela deitou na cama e com uma rosa na mão seu pensamento foi longe.

_ Alô — Disse ela ao atender seu telefone e ser tirada de seus pensamentos.

Ele começou a recitar o mesmo poema que havia mandado para ela no cartão, uma voz grave, firme e com muitos tons de paixão que faziam ela viajar mais ainda.

_ Porquê você faz isso comigo? Nerruda junto a sua voz é um golpe muito baixo.

_  Tenho às minhas armas para te seduzir mulher! Você gostou das flores? — Ele estava sentando e ao fundo alguns homens conversavam, Heitor o chamava com a mão. Ele parou como diariamente apenas para escutar á voz dela.
Aquela voz era um bálsamo diante de todo aquele estresse, e mesmo que fossem 5 minutos eles valiam á pena que fossem com ela.

_ São lindas, pensei que você tinha me esquecido — Disse ela passando uma rosa-branca pelo rosto.

_ Em nenhum momento, você está gravada em mim de uma maneira que não sai.
Eu não sei explicar!

_ Eu também não! — Disse ela fechando os olhos.

_  Eu estou finalizando á minha última reunião do dia. E sei que estou em dívida com você, preciosa! Por isso quero muito te ver e estar com você, quero que seja minha esse fim de semana. Somente eu e você.

_ O fim de semana inteiro? — Disse ela surpresa.

_ Totalmente! — Disse ele com um tom mais grave.

Carolina apenas fechou os olhos, se não estivesse deitada caíra.
Aquela voz era um de seus pontos fracos.  Ela apenas respirou fundo e disse.

_  Só se você me levar ao ápice do prazer! — Disse ela em um tom de voz mais grave, e mesmo segundos depois ela riu de si mesma. Não se reconhecia. Ele a afetava tanto que ela não podia controlar.

Miguel apenas respirou profundamente.

_  Meu único limite será o céu!

Carolina afastou um pouco o celular e gritou.

_ Pqp!! Esse homem vai acabar comigo, gente!

_ Minha deusa você tá aí? Não entendi.

_  Não, nada não, eu espirrei meu bem! Então te aguardo, só me manda a localização, sim?

_  Ah, Sim! Não se preocupe.
Estarei na sua porta, as 20:00 combinado? Vou desligar sim, até mais tarde minha deusa.

Ela encerrou a ligação e saiu dançando pelo quarto.

_ Sua deusa, sua linda, sua louca, sua santa
eu sou tudo que você quiser criatura! — Dizia ela chegando á sala.

_ Eita que hoje vamos ter sexo bom?

_ Pode apostar que sim.  Eu quero sua ajuda vêm. — Disse ela puxando á amiga pelo braço. — Sabe àquelas "lingeries" que você tem aí? Para momentos especiais como você sempre diz. Quero uma!

_ Meu Deus, quem tá aí? Saia do corpo da minha miga agora. — Disse Amanda sacudindo a amiga de forma engraçada.

_ Para palhaça, é sério! Me ajuda ?

_ Claro querida, hoje você fisga esse VELHO de vez. Se vai dá o golpe que seja bem feito.

_ Amanda, você é muito idiota. Eu só quero impressionar ele apenas isso.

_ E vai, vai ou eu não me chamo Amanda Santos!

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Um beijo 💋

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