As Cores Do Amor

56. Acertos

Um novo dia havia nascido, e como mágica parecia que tudo estava voltando a normalidade.

Ela adentrava ao escritório com toda calma e elegância possível, todos a olhavam e comentavam uns para os outros, ela seguia cumprimentando alguns de forma calma e tranquila enquanto percebia todos os olhares e comentários direcionados a ela que foi direto a sua sala, entrou, e a primeira surpresa do dia já estava pronta.

_ Grande empresário do ramo de tequilas é visto passeando com bela funcionária da famosa empresa de Publicidade e Propaganda Infante, veja fotos!

Ele a olhava de forma decepcionante e séria, enquanto passeava todas as fotos da revista de fofoca que mostravam fotos dela e de Miguel juntos, na praia e no iate, por fim e como se tivesse direitos sobre a vida dela  apenas finalizou jogando a revista sobre a mesa com raiva.

_ Vai me dizer algo ou apenas ficar parada me olhando? Era pra isso que você queria férias de tanto tempo, pra voltar com esse infeliz, queria viver essa aventura romântica e ridícula novamente? E essas fotos? Você não têm respeito pelo cargo e a empresa que ocupa? 

Ela respirou por alguns momentos e riu de modo disfarçado, mas lembrou que precisava ser profissional mesmo que a vontade fosse outra. 

_ Adolfo, aonde nas fotos estão a logo da empresa? Em que momento eu respondi como funcionária da sua empresa? Nenhum, e aonde e em que lugar está escrito no meu contrato que eu devo dá explicações da minha vida pessoal pra você? 

Adolfo foi ficando visivelmente envergonhado a cada palavra dela e percebia que havia passado dos limites e que havia feito uma cena de ciúmes sem o menor sentido, já que ele era apenas o chefe dela.

_Carol, eu... Me desculpe, eu perdi a cabeça, estou encíumado e não quis te ofender, você sabe dos meus sentimentos por você... Eu sou muito tranquilo, mas é que todos sabem dos meus sentimentos por você e estão rindo de mim agora, e que depois da nossa conversa eu achei que você me daria uma chance de te fazer feliz quando voltasse.

_ Ridículo, machista e escroto, isso é o que você é, e foi agora... Me deixe acrescentar IMATURO, e...

_ Carol, que isso? Não precisa me ofender, ficou doida?— Disse ficando nervoso e se levantando da cadeira mas parou ao perceber o gesto de pare que ela fez com a mão, e mais ainda porque ela sempre foi muito educada sempre,

_ Doida, não, cansada, cansada de Homens como você que se acham o tempo inteiro e que sempre esperam que uma mulher que lhes interessam vai corresponde-los mesmo quando já dizemos não de todas as formas possíveis, honestamente, vocês são ridículos!  E eu não tenho obrigação nenhuma de provar nada a você, porque eu fiz isso nesse último ano sendo a profissional que eu fui enquanto você só olhava pra minha bunda e não me dava uma boa oportunidade porque queria me manter por perto mesmo eu tendo talento e garra pra isso, e só o fez quando não teve outra opção por ter que demitir seu antigo relações públicas por roubo... Surpreso que eu sei disso? Pois, é eu sou mais que um par de saias e cara bonita, e não vou aceitar esse tratamento de você e nem de ninguém mais...

Adolfo a olhou surpreso, mas nada disse pois tudo era verdade, cada palavra e ele sabia disso. Mas seu orgulho jamais permitiria que ele assumisse isso a ela e desviou o assunto.

 Apenas sentou e tentou se recompor, mexeu em alguns papéis...

_ Tudo bem, Carol, já disse que o queria... Pode sair da minha sala, têm um novo projeto pra você, e quero que me de sua opinião sobre...

Ela pegou a bolsa, e se virou dizendo a ele de forma clara e tranquila.

_ Eu me demito, e pode pegar esse projeto e enfiar no meio do seu rabo...