57. Mal Súbito

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Ela passeava entre os corredores como uma rainha entre seus súditos; Sempre elegante e firme, ela apenas demostrava beleza, e audácia e embora não soubesse dirigir a empresa da mesma maneira que seu irmao, por ser mais nova que ele e por conta do machismo que impera sobre o meio empresarial do qual fazia parte, nunca pode ser vista como uma boa opção, afinal uma mulher não poderia dirigir bem uma empresa de grande porte como a Tequilas Allendes, por isso ela sempre se contentou com o cargo de ser apenas a filha que faria um bom casamento, que seria a esposa perfeita, a socialite, dentre entre esses e alguns outros papeis que eram esperados dela.

Assim era Mercedes Allende, que mesmo com todo o seu poder, dinheiro, status, fama e fortuna, ela ainda nao havia conseguindo aprende o básico sobre humildade, respeito e simplicidade, e não era berço ou condição social, e sim a forma como cada um é de verdade tendo nascido em berço de ouro ou não, o dinheiro não compra tudo na vida, prova disso eram seus dois filhos; Luísa e Lucas, seus dois únicos filhos, fruto de um casamento " mal pensado", dizia ela ao se referir a Javier, seu ex-marido que era de origem simples e humilde e que ela tentava enterrar de todas as formas possíveis. O casamento durou poucos meses, e ela rapidamente se casou com amigo de Miguel que era empresário, de berço, nome, família como ela gostava de falar, embora tenha se separado dele 2 anos depois, pois ele foi apenas um casamento de faixada para apagar o penúltimo.

- Carla, se sente direito e por favor arruma esse cabelo melhor que você mais parece uma lavadeira do que a secretária da presidência dessa empresa! Meu irmão, já chegou?  —  Disse ela autoritária e deixando Carla totalmente desconfortável, que apenas se ajeitou na cadeira e mexeu no cabelo.

- Sim, senhora! Ele já está na sala dele...

Ela apenas saiu andando e deixou Carla sem terminar a frase, e irritada fazendo gestos grosseiros com a mão. Alguns minutos depois ela adentrava a sala, e cumprimentava a todos que estavam lá, Alguns investidores de longa data da empresa, contadores, e acionistas estavam a postos, todos conversando alto e tranquilos, e a cumprimentavam de volta.

- Bom dia, Carlos, Orestes, Plutarco, Márcio... e finalmente meu bom irmão volta aonde nunca deveria ter saído, e fez bons negócios maninho?  —  Disse ela após cumprimentar a todos sem olhar aos lados e apenas com o olhar fixo na enorme cadeira que praticamente tampava quem estava sentado nela, por alguns segundos o mundo dela parou quando levemente a cadeira girou devagar revelando uma péssima visão a ela. 

- Os melhores possíveis, Cunhadinha!  —  Foi tudo que Carol disse cruzando as mãos a frente com uma olhar triunfante e único sobre Mercedes que ainda não havia recobrando a cor e muito menos a expressão petrificada. Nem em um milhão de anos ela imaginaria que isso seria possível, Carolina ali na sua frente, sentada na cadeira daquela que havia sido de várias gerações da familia dela, lugar esse que ela nem mesmo conseguiria alcançar.

- Bom dia, minha irmã! Vejo que já viu minha surpresa, assim como todos, e pela sua cara foi uma das melhores.  —  Disse Miguel entrando pela porta e vendo sua irmã parada a frente de Carolina.

Mercedes ainda tentava reformular seus pensamentos e gesticulava como se estivesse diante de uma equação matemática ou um fantasma.

- Com certeza, meu amor! O que foi Mercedes, parece que viu um fantasma...!  Ora, não faz tanto tempo assim, faz? Deixa eu ver, a última vez que te vi foi no apartamento do seu irmão quando descobriu que eu estava esperando o filho dele, não foi?

- Eu, eu não esperva você aqui... Eu, eu não me sinto bem!

- Calma, cunhadinha! Vou pedir pra pegarem um copo com água pra você... — Carolina entendia bem o que aquele fingido mal súbito era, e por dentro ela sorria vitoriosa, pois sabia que finalmente havia conseguido vê a pose de Mercedes ao chão com uma simples pergunta, embora o susto de ve-lá ali tenha contribuíndo muito para isso. Alguns minutos depois Carla entrava com o copo de água e entregava a ela, e Mercedes pode perceber o leve sorriso dela se esboçando.

- Porquê não me avisou que ela estava aqui?

- Bom, não deu tempo já que a senhora estava mais preocupada com o meu cabelo do que perguntar com quem seu irmão estava, Com licensa, vou preparar a sala de junta para a reunião. Precisa de algo mais, senhora Allende?

- Não, pode se retirar!

- Desculpe, Senhora mas falo com a outra Sra. Allende na sala! — Carla foi tão cirurgíca que Mercedes teve vontade de mata-la somente com o olhar dela sobre ela, o que a fez sorrir vitoriosa pois no tempo em que trabalha na empresa Allende, Mercedes nunca a havia tratado com a menor educação assim como todos os funcionários da empresa, e principalmente ela por ser secretária do irmão dela, e fora o fato de que ela simpatizou com Carolina no momento que a viu, pois de todos depois de Miguel, ela havia sido a mais educada e cordial.

- Claro, que sim! Muito obrigada, e por favor avise assim que os outros chegarem e peçam pra vir a nossa sala!

- Nossa sala? Essa sala é da presidencia, do meu irmão!

- Pequeno detalhe Mercedes, Foi... E essa sala será compartilhada com a Carol, até que a dela fique pronta!

Eitaaa... E agora? Eu tô quase infartando pela Mercedes haha

Apostam o que vai acontecer no próximo cápitulo?

Deixem o coração, a estrelinha e salvem a história pra poderem continuar acompahando.

As Cores Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora