14. Sonho

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O silêncio no carro era um tanto estranho. Ainda assim, eles estavam sentados e com uma das mãos dadas.

_ Desculpa, acredito que estraguei nossa noite. Não devia ter deixado Cássio marcar isso hoje!

_ Tem coisas que não tem como evitar, e nesse meio, o tempo é dinheiro.
Você fez certo! E esse projeto é essencial para vocês.— Disse ele mesmo sabendo que aquilo tudo foi uma desculpa de Cássio, mas resolveu colocar a situação de uma forma compreensiva para que ela sinta que ele entende a importância do trabalho dela e que jamais irá se chatear com isso.

Ele de repente começou a rir, e ela não entendia nada.

_ Porquê você ri?

_ De você. Desse seu jeito único de ser.

_ O que tem isso de mais? — Disse ela cruzando os braços.

Ele esperou alguns segundos e disse risonho.

_ "Eu não transo com o meu tio"—  Repetiu a frase dela. Os dois riram alto.

_ Eu não acredito que eu disse isso. Meu deus! Eu fiquei com muita raiva dele, fora o fato de ter me enchindo a paciência a noite toda, e essa pergunta estúpida.

_ É, e algo me diz que ele não gostou da resposta. Deve está lá até agora.
Mas não se preocupe, aquele moleque não conseguiu destruir a nossa noite. — Disse ele passando o braço pelo pescoço dela de forma que eles ficassem abraçados e mais juntos. — E com certeza essa vai ser a pergunta que mais vão nos fazer! — Disse depositando um beijo nos cabelos dela.

_ Imagino, mas vamos mudar de assunto. Você ainda não me contou para onde está me levando. — Disse ela se virando para ele e ficando menos de um palmo de distância.

_ Temos alguém curiosa, hum! — Disse ele dando leves beijos no rosto dela, e se perdendo naquele perfume que ela exalava. Hipnose, era o que ela fazia com ele, pois para ele não havia outra explicação lógica para aquela necessidade que ele tinha dela.

O beijo veio sem demora; calmo, doce, profundo e liberando de cada um deles um calor e uma vontade de que aquele momento nunca acabasse.
Se eles pudessem definir aquele momento seria: Amor! Mas nenhum deles se atreveria a isso, ainda não...

Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu

Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu

Vai mostrar essa saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu


_  Andei poucas vezes de barco, mas de iate é a 1° vez. — Disse ela encantada com tudo aquilo. Eles estavam em um luxuoso Iate, indo para algum lugar que parecia mais especial ainda.

Ela ainda estranhava todo aquele luxo, garçons, champanhe, motorista particular, um Iate luxuoso, esse parecia ser o mundo que Miguel havia nascido. Bem diferente do dela.

Para ela era algo que só acontecia em sonhos. Mas ela deixaria aquela conversa para depois.

Eles ficaram em silêncio, um deitado no colo do outro naquele sofá enorme, carinhos, toques, conforto, o mais puro afeto. As palavras não eram necessárias.

Era só isso que eles necessitavam um do outro naquela noite. Ela por fim adormeceu e ele a colocou na cama, e um novo dia nasceu.

_ Você me carregou ontem a noite, e agora também? Eu posso caminhar sabia? — Disse Carolina rindo. Os dois haviam sido deixados no pequeno píer da praia, e a mansão estava a poucos metros.

_ Ah, não me importa! E eu amo que você esteja em meus braços. — Disse olhando nos olhos dela e a segurando com firmeza. Ela o beijou.

_ Quando você for embora vai me deixar muito mal acostumada!

_ E quem disse que eu quero ir embora? Mas quando eu for levo você comigo. — Disse ele colocando ela no chão, e ajeitando algumas mechas do rosto dela que eram bagunçadas pelo vento, ele a olhava com uma ternura que ela nunca havia sentido na vida.

_ E eu iria com você!

Os dois se olharam e pensaram no peso daquela promessa. Ela se abraçou a ele e sentiu vontade de chorar, não podia ser verdade!

Que tipo de sentimento era esse que ela estava sentindo! Não era nada parecido com o que já havia sentido antes, e ele estava ali parado e pensando a mesma coisa. Foram interrompidos pela funcionária da casa. Uma senhora muito educada, aparentava uns 60 anos e se apresentou como Alice, a governanta.

Ela havia sido avisada que um casal de amigos de seu chefe passariam alguns dias na casa, ela amigavelmente se apresentou a eles e foi conduzindo os dois pelos  cômodos daquela bela mansão.

Quarto

Ela sentou na cama e por alguns segundos ficou admirando a paisagem.

_ Eu só posso estar em um sonho mesmo. 

Ela deitou na cama e admirou aquela paisagem, aquele luxo, e o restante do quarto que caberia todo o apartamento de Amanda dentro. Pensava também naquela pequena declaração na praia.

Ela continuou andando e foi abrir a mala dela. Ela começou a pegar os biquínis, 'lingeries', e as pequenas peças de roupas de praia.

Apenas sacudia a cabeça a cada peça vista e se arrependia de ter deixado a amiga arrumar a mala.

_ Amanda, eu vou te matar! — ela sentou na cama e lembrou dos conselhos da amiga para aproveitar e se deixar levar pelo momento. Ela pegou um dos biquínis, e foi a frente do espelho.

_ Que se dane tudo, eu vou me jogar! Ele que lute,  porque nunca mais vai achar uma mulher como eu.

Nesse momento chegou uma mensagem de Amanda como se tivesse adivinhado o pensamento dela:

Não pense muito, Se joga. Você merece! Faça esse homem querer beijar o chão que você pisa. E já sei que você deve ter me "xingado" pela mala, mas sei o que faço.
Agora vai enlouquecer esse homem e trepar MUITO com ele porque eu vou querer mais presentinhos dele!

Bjs, te amo.  Amanda.

Ela riu alto. E respondeu a mensagem.

_ Te amo, sua louca. Obrigada sempre!

Obrigada por assistirem. Comentem ou me mandem mensagens sobre a história.
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Ainda estou pelo celular então desculpem os erros.

💋❤️








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