47. Sim? parte 2

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A festa seguia solta, animada como qualquer festa de casamento. Os noivos se divertiam como nunca, afinal era um casamento esperado e planejado.

Amanda e Heitor estavam radiantes cumprimentavam os convidados, dançavam com eles e a cada momento que podiam juravam amor eterno, de longe eram observados por Carol e Adolfo.

_ Nunca vi ela tão feliz numa festa e olha que a minha amiga sabe o que é diversão e farra, viu? - Dizia Carol depôs de beber mais um gole de champanhe,  Adolfo a olhava profundamente.

_ Nunca pensou em se casar depois do que houve com Miguel? Sei lá, nada sério?

Ela tomou mais um gole e suspirou.

_ Não, eu tive pequenos encontros mas, nada sério... Essa ferida cicatrizou a pouco... E não vou entrar nessa sem estar pronta de novo.

_ Devia reconsiderar... Você merece! E ele não merece uma nova chance sua... Se teve culpa ou não estava lá, esteve com ela e podia nem ter ido...

Ela ficou em silêncio e não falou nada.

_ Desculpe Carol, eu não quis!

_ Eu não quero falar disso sim? É uma festa de casamento, da minha amiga... E só ela importa hoje. - Ela apenas saiu andando e pegou mais uma taça de champanhe do garçom que passava e foi em direção a janela e ficou por alguns segundos ali enquanto olhava o mar azul...

Flash back ( Capítulo 16)

" Eu não sei o que você fez comigo, desde de o 1° dia que eu vi você meu mundo mudou, e quando eu te vi entrando naquele restaurante eu sabia que você ia derrubar todas as minhas defesas, e derrubou.
Amor, carinho, inteligência, doçura, um jeito único de ser, e o melhor sexo da minha vida. - Os dois riram, junto com Heitor e Amanda. - e por isso, eu estou aqui agora diante de você, deusa da minha vida, e dos nossos melhores amigos, para pedir que você seja á mulher da minha vida, á minha esposa! Você aceitar se casar comigo? - Disse se ajoelhando, e tirando do bolso um lindo anel de brilhantes e com um belo diamante no meio.

Amanda estava emocionada, chorava, ria e não acreditava em nada daquilo.

_ Anda logo que ele não tem idade pra ficar se ajoelhando por muito tempo não, preta!- Amanda não perdia uma, e sempre soltava das suas.

Carolina riu junto a todos.

_ Sim, eu aceito ser sua esposa, sua mulher, sua amante, sua amiga tudo que você quiser. - Disse ela eufórica e pulando nos braços dele. Amanda e Heitor foram até eles darem os cumprimentos após ele ter colocada a aliança no dedo dela. "

Ela voltou a si e tomou mais um gole de champanhe.

Flash back (Capítulo 37)

"
_ Desde de o dia que eu supostamente dormi com a Cláudia eu me afastei por aquele final de semana, eu nunca entendi como fui parar na cama dela, eu estou sendo honesto, se eu estivesse lá meu amor, eu teria dito, mesmo que você me desse um pé na bunda depois ou você me matasse, eu não ia esconder aquilo de você. Jamais! E quanto a essa mensagem, ou seja qual for eu nunca a mandei, eu nunca escrevi. "

Ela tomou mais um gole que dessa vez desceu amargo, e em um acesso de raiva apertou a taça até o ponto de quebra-la e se agachou com raiva lentamente e escorregando as mãos pela grande, e com um choro misturado a raiva tentava segura-lo, por alguns segundos se arrependeu das tantas bebidas, e depois de vê a mão sangrando, ela tentou fecha-la  e se levantou disfarçadamente olhando se alguém havia visto.

_ Senhorita, precisa de ajuda? - Disse a  garçonete vendo ela passar e com a mão sangrando.

_ Obrigada, não! - Disse ela sem parar de andar.

_ Mas senhora, sua mão!

_ Eu já disse que não caramba. Me deixa! - Disse nervosa e alterada e continuou andando.

Adolfo que via a cena de longe foi até ela.

_ Carol, o que houve com a sua mão. Você tá bem?

_ Tô ótima Adolfo, vou colocar um curativo.

_ Pelo amor de deus olha isso, devia parar de beber pode se machucar

_ Porque você não me erra Adolfo, desgruda de mim! Pelo amor de deus, me deixa respirar... Porque todo mundo quer cuidar de mim? Eu não sou criança...

Adolfo ficou surpreso pois ela sempre foi educada e simpática com todos, inclusive com ele, mas ela não podia, não nesse momento... Ela continuou caminhando pra fora do salão segurando o choro quando deu de cara com Miguel que estava na porta ao celular e o desligou ao dá uma boa olhada na mão dela.

_ Você se machucou? - Disse tirando rápidamente a gravata borboleta que estava solta para colocá-la no ferimento.

_ Eu não quero sua ajuda e nem a de ninguém, ouviu? Eu não preciso de você, de nadaaa... De homem algum... Quando eu precisei você tava transando ou não com aquela vaca! Eu odeio você... Odeio Adolfo e todos... Todos! Sai da minha frente.- Disse em um acesso de fúria tentando passar por ele, mas ele se manteve ali pois entendeu que o ressentimento,a raiva e as lembranças de um casamento interrompidos e ela estando em um e junto a algumas taças de champanhe não eram um boa mistura e ele por experiência própria sabia disso.

_ Carol! Carol... Xinga, bate e faz o que quiser! Mas não vou te deixar com essa mão assim e essas taças de champanhe na cabeça sozinha.

_ Você é um estúpido... Você e essa sua família racista e fdp... Destruíram todo o meu sonho, o meu esforço, a minha felicidade... O nosso amor, eu te detesto, eu detesto todo mundooooo... Porque você subiu pra aquele quarto? Porque não foi embora? Pq? Olha só esse casamento!! Olhaaaa... Podíamos estar felizes agora, com o nosso filho ou filha! Eu podia ser sua mulher, sua esposa, eu te daria a família que você nunca teve com àquelas cobras que você cresceu... Eu te daria o mundooo inteiro... Um mundo que você nunca teve... O amor, o meu amor!!! Odeio você por ter me tirado isso, odeio eles, odeio! Odeio porque perdi o nosso filho por isso! O nosso bebê... - Ela apenas batia no peito dele com raiva enquanto ele apenas caminhava para trás pois sabia que ela precisava descarregar tudo aquilo, mesmo com frases desconexas ele entendia cada sentimento dela e sabia que ela tinha razão em muita coisa, mas não era o momento de falar nada.

_ Me diz porquê? Andaa fala.... Fala! - Ela segurava com raiva no colarinho dele com as duas mãos e com raiva ao mesmo tempo que manchava a roupa dele de sangue, ele apenas suspirava em silêncio e quando ela ficou mais calma ele segurou lentamente o rosto dela enquanto via o rosto dela em lágrimas e raiva.

_ Meu amor, olha nos meus olhos, dentro deles, vai encontrar a verdade e amor, muito amor por você... Acha mesmo que eu fui capaz disso? De mentir e enganar você?

Ela olhou por alguns segundos e viu uma pequena lágrima cair do rosto dele, ela teve sua resposta e se soltou dele correndo ao outro lado da rua de encontro a praia, jogando os sapatos para alto mas parou caída de joelhos na areia e gritou alto e forte, algo na garganta dela ainda precisava sair.

Ele foi atrás dela e se agachou a abraçando enquanto ela chorava compulsivamente, e ela fez o mesmo. Alguns minutos depois e mais calma ela olhava pra ele que com calma colocava a gravata no ferimento.

_ Você ainda me ama de verdade? - Perguntou ela enquanto ele terminava.

_ Mais do que tudo!

_ Não vai me perguntar se eu tbm te amo ainda? Ou pq eu fiz tudo isso agora?

Ele se levantou a ajudando tbm, e olhando para ela profundamente disse.

_ Não, porque eu já sei as duas respostas.

Ela o abraçou forte enquanto olhava pro mar e ficou ali por alguns minutos.

_ Eu só queria ser feliz com você, só isso...

_ E ainda podemos... Só me dá uma chance de consertar tudo.

E agora? Cheiro de reconciliação no ar?

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